terça-feira, 29 de junho de 2010

Pará assina adesão de nove municípios ao PAC Cidades Históricas

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, o governo do estado do Pará assinam a adesão de nove municípios paraenses ao PAC Cidades Históricas. A solenidade será no próximo dia 29 de junho. O acordo prevê investimentos da ordem de R$ 575 milhões, das esferas federais, estadual e municipais, a serem aplicados em 315 ações, nos próximos quatro anos. A solenidade será às 20h, na Praça Santuário, em Belém, no encerramento da quadra junina, quando Pássaros e Quadrilhas sairão do Centur em uma caravana até a praça.

A superintendente do Iphan-PA, Dorotéa Lima, explica que entre os objetivos e as ações estratégicas previstas no PAC Cidades Históricas estão a requalificação urbanística dos sítios históricos, com embutimento de fiação elétrica, recuperação de espaços públicos, acessibilidade, instalação de mobiliário urbano, sinalização, iluminação e internet sem fio, para estimular usos que garantam o desenvolvimento econômico, social e cultural. As ações busca, ainda o investimento na infraestrutura urbana e social, com a inclusão das cidades históricas e seu entorno nas ações da agenda social do governo federal, o financiamento para a recuperação de imóveis privados, recuperação de monumentos e imóveis públicos para abrigar preferencialmente universidades, escolas, bibliotecas ou museus, o fomento ao desenvolvimento das cadeias produtivas locais, especialmente as tradicionais, incrementando a capacidade de geração de renda e a melhoria da qualidade de vida, além da promoção do patrimônio cultural, com o fortalecimento institucional.

O PAC Cidades Históricas foi lançado em outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Ouro Preto, Minas Gerais. O programa é uma ação voltada aos municípios com conjunto ou sítio protegido no âmbito federal e, ainda, cidades com Patrimônio Cultural registrados. Para integrar ao PAC Cidades Históricas o município, em conjunto com o estado e o Iphan, deve elaborar um Plano de Ação que defina um planejamento integrado, coerente com o Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, e com ações sobre o território pactuadas com os diferentes órgãos governamentais e a sociedade. Essa proposta reforça a estratégia do Iphan de buscar a convergência e a integração entre as políticas públicas nas três esferas de governo, para a gestão compartilhada do patrimônio cultural com a sociedade, ampliando as ações de proteção do patrimônio em todo o país, consolidando novas formas de desenvolvimento por meio da valorização do patrimônio cultural.

Ações previstas, dentro Plano de Ação das Cidades Históricas no Pará

Afuá
A previsão é de investimentos de R$ 9 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Construção da casa do artesão;
• Construção do Centro de Referência e Recepção do visitante de Afuá.
• Realização de seminário sobre o uso da madeira legalizada nas casas, passarelas e embarcações nas cidades ribeirinhas da Amazônia
• Inventário de edificações e características urbanas e paisagísticas do município

Aveiro (Fordlândia)
A previsão é de investimentos de R$ 17 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Recuperação e adequação do Antigo Refeitório de Fordlândia para abrigar o Centro de Referência e Recepção de visitante
• Restauração e adequação da Escola Princesa Isabel
• Restauração e adequação da antiga Casa de Força em ginásio de esportes.
• Recuperação e adequação da Antiga Serraria para o Centro de qualificação profissionalizante em Carpintaria e Marcenaria de Fordlândia
• Ações de preservação do patrimônio arqueológico na Vila de Pinhél
• Produção de documentário sobre o distrito de Fordlândia
• Criar e regulamentar leis e normatização especifica para proteção do patrimônio Arquitetônico e cultural para o Distrito de Fordlândia
• Produção de material didático e informativo sobre Fordlândia
• Restauração de antigo galpão de ferro e vidro para implantação de Mercado do Produtor;
• Implantação de terminal fluvial;
• Urbanização e tratamento paisagístico da orla
• Acessibilidade, Iluminação, pavimentação, sinalização urbana e turística

Belterra
A previsão é de investimentos de R$ 19 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Implantação da Casa do Patrimônio;
• Restauração e recuperação do antigo hotel da Companhia Ford, atual Secretaria de Educação;
• Restauração de edificação para implantação do Memorial da Borracha
• Restauração da edificação da antiga Secretaria de Saúde para implantação de centro de documentação.
• Pavimentação, drenagem e calçamento na área histórica de Belterra
• Criação do conselho municipal de proteção ao patrimônio cultural
• Promover estudos de arranjos produtivos locais
• Financiamento para restauração de imóveis privados
• Restauração das igrejas Católica e Batista

Belém
(Incluindo Icoaracy, Mosqueiro e Cotijuba)
A previsão é de investimentos de R$ 370 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Restauração do Mercado de Peixe
• Restauração do Solar da Beira para implantação de um Centro de Referência do Ver-o-peso e recepção de visitantes
• Restauração do Palácio Antonio Lemos
• Restauração e adequação do Cemitério da Soledade em cemitério parque
• Restauração da Estação Pinheiro – Icoaraci
• Restauração e Adequação do Educandário Nogueira Farias – Cotijuba em Eco Museu
• Implantação de arranjos produtivos locais na área de turismo, artesanato e patrimônio cultural
• Capacitação de professores na área de educação ambiental e patrimonial
• Normatização das áreas protegidas por tombamento

Bragança
A previsão é de investimentos de R$ 51 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Recuperação do Mercado de Carne
• Conservação do Pavilhão Senador Antônio Lemos
• Recuperação e Restauração do Palácio Antônio Corrêa para implantação do Centro de Referência e recepção do visitante (antiga sede da Prefeitura)
• Recuperação urbanística e paisagística do Complexo da Igreja de São Benedito
• Qualificar a produção da cerâmica caeteuara das comunidades de São Mateus, Fazendinha e Vila Que Era para assegurar a, transmissão do saber aliado à geração de renda
• Inventário e registro da marujada como patrimônio cultural brasileiro com implementação de plano de salvaguarda
• Valorização e qualificação das casas de farinha

Cametá
A previsão é de investimentos de R$ 34,7 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Revitalização da Praça Deodoro da Fonseca
• Recuperação do Muro de Arrimo da Orla da Cidade
• Conservação da Catedral de São João Batista
• Produzir mídias audiovisuais sobre os mestres da cultura de Cametá
• Fortalecimento institucional com criação e implementação do departamento de patrimônio histórico, artístico e cultural (DEPHAC) do município de Cametá
• Restauração da Capela de Bom Jesus para implantação de galeria de arte sacra
• Implantação do Cine Mais Cultura no antigo Círculo operário
• Implantação de arquivo público
• Construção de Centro cultural
• Normatização de áreas tombadas


Óbidos
A previsão é de investimentos de R$ 17 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Restauração e requalificação do Forte Pauxis para sediar Memorial da Cidade de Óbidos
• Restauração do Mercado Municipal de Óbidos
• Realização de embutimento da fiação aérea da área tombada
• Recuperação e complementação do Museu Contextual
• Promover cursos de qualificação para profissionais na área de gastronomia
• Implementar arranjos produtivos locais na área de turismo e patrimônio cultural
• Produção de material informativo sobre o patrimônio cultural do município com integração da cidade aos roteiros turísticos do Tapajós

Santarém
A previsão é de investimentos de R$ 24 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Requalificação e restauração do Centro Cultural João Fona para implantação do Centro da Memória de Santarém
• Centro da Cultura Indígena - Alter do Chão
• Implementar o Parque ambiental Vera Paz, como patrimônio ambiental, turístico e arqueológico do município.
• Realizar obras para embutimento de fiação elétrica nas áreas protegidas
• Implementar pontos de cultura nas áreas tombadas e com atividades vinculadas ao patrimônio cultural
• Fortalecimento institucional com criação do departamento e conselho de proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural do município
• Desapropriar e restaurar o Solar dos macambiras para implantação de Centro de Referência da Arqueologia do Tapajós/Casa do Patrimônio
• Inventariar o patrimônio cultural do município

Vigia
A previsão é de investimentos de R$ 33,6 milhões entre 2010 e 2013.
Principais ações:
• Conservação da Igreja Matriz Madre de Deus
• Revitalização da Orla
• Revitalização do Mercado Municipal (Mercado de Peixe)
• Revitalização do Mercado de Carne
• Construir vigilenga modelo (barco de pesca artesanal do município) para uso em passeios turísticos
• Qualificação de corpo técnico para atuar na área de preservação
• Identificação, delimitação e normatização de áreas protegidas
• Implantação de arranjos produtivos nas áreas de patrimônio cultural, turismo e artesanato
• Pesquisa e produção de material informativo sobre o patrimônio cultural de Vigia
• Restauração do antigo cinema para implantação do teatro municipal/auditório
• Inventário do patrimônio cultural do município
• Urbanização da orla
• Contratação de consultoria para elaboração de diagnóstico e plano de coleta, tratamento e destinação de lixo

a razão pela qual Saramago 'malgré lui' encantou-se em vida e virou "santo" depois da morte

isto me faz lembrar do ano de 1972. Recém casado, fui com Palmira, minha companheira e mãe de meus filhos; à antiga aldeia das Mangabeiras (berço indígena do município de Ponta de Pedras, na ilha do Marajó). Queria que ela soubesse daquela minha origem nativa que misturada à dela com raízes africanas na Guiné (escravos importados no Nordeste) e no Marrocos (judeus sefardistas emigrados no Pará) iamos começar a nossa prole...

eu e minha mulher temos herança comum em Portugal e Espanha (região da Galícia) com pé no Marajó desde a segunda metade do século 17... Uma teia de avós analfabetos, todavia sábios tantos quantos os lembrados avós do premio Nobel de Literatura português.

Fui a Ponta de Pedras apresentar minha cara metade aos parentes marajoaras e, naturalmente ao meu velho e querido mestre da história oral daquela aldeia, BRASILINO RODRIGUES...

Ele no reizado do coqueiral na beira da baia do Marajó com a família (está na cara, mestiça de índios e degredados lusos) nos oferecia doce água de coco quando, de repente, sem nenhuma provocação recente de minha parte (noves fora, em outros tempos quando deixei rastros na estrada a pé para convencer aquela gente a formar cooperativa de pescadores e explicar o que seria "reforma agrária": vem daí, em plena ditadura, minha modesta fama de comunista a que estava condenado a ser quando não mais por outra coisa, por ser sobrinho de DALCÍDIO JURANDIR filho daquele município...) saiu-se o velho caboco filósofo de ocasião me dizendo assim, à guisa de incentivo ao novo casal visitante:

-- Zé, eu sou um homem feliz...
Eu olhei a minha mulher, dizendo-lhe: "Viste? O homem mais feliz da terra não tem uma camisa pra vestir..."

De fato, na canícula do lugar mestre Brasilino não havia ar condicionado nem ventilador (nem precisava, com a brisa do mar tranzendo da baía canoas com o peixe nosso de cada dia), bastava tirar a camisa, sacudir fora o calor e toda má idéia consumista capaz de estragar o prazer de uma vida decente.

há que se não confundir a nobre e orgulhosa pobreza de uma gente invencível, com a miséria que acovarda e corrompe a HUMANIDADE dos já pobres de espírito deste o nascimento...

Esta é a questão! Tupy or not Tupy...

O Nobel lusíada que me não atendeu o convite [cf. "Novíssima Viagem Filosófica": Belém, 1999] para vir ao Marajó espiar o pisão iluminista do Diretório de Pombal, e, no entanto, levou consigo à Suécia nada menos que a parábola pastoril de parentes próximos do meu mestre Brasilino, os avós camponeses do Nobel da língua portuguesa.

quantos destes pobres avozinhos pastores de Portugal vieram cá enterrar seus ossos nas terras do Brasil procurado em sonhos no além mar? O imenso crime de lesa humanidade, praticado pelos ricos coloniais de lá e de cá, em nome de Deus e da Pátria contra os povos:

Divide e impera! (sentença romana), o povinho português e brasileiro jogados um contra o outro para glória de feitores dos monarcas usurpadores da felicidade alheia, infelizes e mesquinhos até o talo.

EIS QUE AINDA CARECE DESCOLONIZAR A LÍNGUA DE CAMÕES PARA FUNDAR DE FATO A LUSOFONIA INTERNACIONAL.

ave, Saramago no céu da memória lusitana!




Discurso de JOSÉ SARAMAGO na Academia Sueca
(ao receber o Prêmio Nobel de Literatura)


"O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida
não sabia ler nem escrever. As quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de
cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na província do Ribatejo.

Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animaizinhos do enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de bom caráter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem, para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável.


Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de ferro que acionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho, panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de Verão, depois da ceia, meu avô me disse: "José, hoje vamos dormir os dois debaixo da figueira". Havia outras duas figueiras, mas aquela, certamente por ser a maior, por ser a mais antiga, por ser a de sempre, era, para toda as pessoas da casa, a figueira.
Mais ou menos por antonomásia, palavra erudita que só muitos anos depois viria a conhecer e a saber o que significava... No meio da paz noturna, entre os ramos altos da árvore, uma estrela aparecia-me, e depois, lentamente, escondia-se por trás de uma folha, e, olhando eu noutra direção, tal como um rio correndo em silêncio pelo céu côncavo, surgia a claridade opalescente da Via Láctea, o Caminho de Santiago, como ainda lhe chamávamos na aldeia.

Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com as histórias e os casos que o meu avô ia contando: lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas, zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me acalentava. Nunca pude saber se ele se calava quando se apercebia de que eu tinha adormecido, ou se continuava a falar para não deixar em meio a resposta à pergunta que invariavelmente lhe fazia nas pausas mais demoradas que ele calculadamente metia no relato: "E depois?". Talvez repetisse as histórias para si próprio, quer fosse para não as esquecer, quer fosse para as enriquecer com peripécias novas.

Naquela idade minha e naquele tempo de nós todos, nem será preciso dizer que eu imaginava que o meu avô Jerónimo era senhor de toda a ciência do mundo. Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a outra onde se encontravam as pocilgas, ao lado da casa. Minha avó, já a pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me tranqüilizava: "Não faças caso, em sonhos não há firmeza".

Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada.
Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com porcos como se fossem os seus próprios filhos, gente que tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver."

Boi Voando... Se você está chegando recentemente ao Estado do Pará, talvez não fique surpre…


Se você está chegando recentemente ao Estado do Pará, talvez não fique surpreso com o início da campanha eleitoral, se for petista, eleitor de Jader ou ex-funcionário dos tucanos, ao certo vai pedir
para ser beliscado, pois vai ver muito boi voando nesta eleição.

Se for verdade que o PMDB, tal como o PT, possui militância, esta ao certo, estranhará a presença de Almir Gabriel no palanque eleitoral pedindo voto para Domingos Juvenil nesta eleição.

Eleito governador em 2004, Almir Gabriel orquestrou a cooptação de diversos quadros do PMDB, fazendo uma verdadeira varredura na ALEPA e prefeituras do partido de Jader pelo interior à fora.

Jader, à época, emputecido com os caciques tucanos teria declarado o PSDB um dos principais adversários do partido e 12 anos depois resolveu apoiar o PT, tendo inclusive articulado a intervenção do PT nacional no Pará para que
Mário Cardoso, candidato petista ungido democraticamente pelo partido, abrisse
mão de sua candidatura em favor da candidatura preferida da vontade de Jader, a
atual governadora Ana Júlia.

A escolha de Jader teria sido balizada pela perspectiva de que Ana Júlia ao vir de um pequeno grupo interno do PT, e sem muita projeção nacional, seria mais fácil de depender de Jader para obter
governabilidade na ALEPA, principalmente.

Trato feito, Jader empenhou todo seu arsenal comunicacional e influência política para aposentar o ex-governador Almir Gabriel que convencido de sua superioridade no interior do partido, impediu a reeleição do então governador
Simão Jatene, quem havia eleito 04 anos atrás.

O "corpo mole" de Jatene teria resultado na derrota de Almir para Ana Júlia em 2006 e provocado uma das maiores estórias de rancor já protagonizada em palco paraense.

Acusado de sercomplacente com a Vale do Rio Doce e até de ser uma espécie de funcionário da multinacional por
Almir Gabriel em entrevista no jornal de Jader (Diário do Pará), Simão Jatene,
pescador e músico e candidato nas horas extras, terá que enfrentar seu atual
algoz ao lado de Jader Barbalho, quem a militância pmdebista nunca imaginou
rearticulado.

Situação constrangedora também deverá ser difícil de se contornar no interior da militância histórica petista. Ao conseguir fechar o apóio político do PTB de Duciomar Costa, o PT deverá ter junto aos
seus quadros políticos, o prefeito de Belém pedindo votos no palanque de Ana
Júlia em Belém, onde ambos ao se enfrentarem nas eleições de 2004, deixaram
respingar sangue, com acusações sérias, principalmente contra o alcaide, tendo
seus 3 CPF´s exibidos nos programas televisivos do PT.

Jader Barbalho terá que convencer que Almir Gabriel agora é companheiro e Duciomar Costa que é companheiro de Ana Júlia e o pragmatismo de que boi voa
sim, e não é de hoje.

Lumumba: heroi da independência do Congo

No dia 30 de junho de 1960, sob a liderança de Patrice Lumumba, o Congo conquistava, a duras penas, a sua independência contra o colonialismo belga. Lumumba tornou-se o Primeiro Ministro do primeiro governo do Congo Livre, mas ficou poucos meses no poder. Um complô organizado pela CIA com total apoio e participação da Bélgica culminou com o covarde assassinato do líder maior do povo congolês e africano. O Congo se conflagrou com a morte de Lumumba. Mobuto assumiu o poder reprimindo violentamente e semeando a divisão e os conflitos étnicos, tornando a independência uma questão formal. O país, hoje, vive em luta contra as constantes invasões estrangeiras que os EUA continuam a patrocinar, e Lumumba continua vivo no coração do povo, guiando-o contra a escravidão do Congo e da África.

ROSANITA CAMPOS

Patrice Lumumba, maior líder popular do Congo, artífice da independência do país, tornou-se o patriarca da libertação dos povos africanos na luta contra o colonialismo.

Congolês de Onalua e de origem simples, Lumumba estudou em escolas de missionários religiosos e começou a lutar cedo contra o colonizador belga. Trabalhou em mineradoras no Kivu Sul até 1945 onde se bateu contra o separatismo até se tornar jornalista em Leopoldville, hoje Kinshasa, capital do Congo, e em Kisangani. Sua luta em defesa da unidade da nacionalidade congolesa o levou à prisão em 1956.

Lumumba foi líder sindical e fundou em 1958 o primeiro partido político do país, o Movimento Nacional Congolês – MNC em defesa do panafricanismo e da unidade nacional acima das diferenças étnicas e tribais contra o colonialismo belga. No mesmo ano foi mais uma vez preso, ao voltar da Conferência Panafricana realizada em Acra, Gana, na qual galvanizou a maioria dos países africanos contra o colonialismo.

Em 30 de Junho de 1960 conquistou-se, a duras penas, a independência. “A República Democrática do Congo foi proclamada e agora o Congo encontra-se nas mãos de seus próprios filhos. Vamos mostrar ao mundo o que o homem negro é capaz de fazer quando trabalha em liberdade. Conclamo-os a esquecer suas disputas tribais. Elas nos exaurem. Elas trazem o risco de sermos humilhados no exterior”, afirmou Lumumba em histórico discurso.

Foram proféticas as palavras do Primeiro Ministro do primeiro governo do Congo livre. Foram palavras acolhidas não apenas pelo povo congolês, mas por todos os povos africanos. E foi exatamente o separatismo que a Bélgica, com o entusiástico apoio dos EUA, usou para minar a independência da jovem República.

Menos de um mês depois da independência a Bélgica enviou soldados e armas para que Moisés Tshom Be Kapenda e Mobuto iniciassem uma revolta separatista no Katanga.

Já que o Congo tinha se libertado do colonialismo belga, a Bélgica tentava assim minimizar seu “prejuízo” tomando pela força das armas uma parte do território congolês para constituir um estado belga na África, na parte mais rica do Congo.

Lumumba ficou poucos meses no poder. Um complô organizado pela CIA com total apoio e participação da Bélgica culminou com o covarde assassinato do líder maior do povo congolês e africano.

A criminosa ação da CIA na morte de Lumumba foi comprovada pela comissão Church do senado norteamericano, presidida pelo senador Frank Church (material fartamente documentado na edição 2215 de 7 a 10 de novembro de 2003 do HP). “A remoção de Lumumba era um urgente e prioritário objetivo” do governo dos EUA.

Lumumba morreu em 17 de janeiro de 1961, vítima da barbárie e das torturas perpetradas contra ele durante quase um mês pelos mercenários comandados pelo belga Gat Verchure, que agia sob a supervisão direta da CIA.

Em meio às terríveis torturas, Lumumba ainda encontrou forças para escrever à sua mulher, Pauline Opangu: “Minha fé se mantém inquebrantável. Eu sei e sinto no fundo de mim mesmo que meu país, cedo ou tarde, se libertará de todos os seus inimigos internos e externos, que ele se levantará como um só homem para dizer não ao vergonhoso e degradante colonialismo e reassumir sua dignidade sob um sol puro”.

O Congo se conflagrou com a morte de Lumumba. Mobuto assumiu o poder reprimindo violentamente o povo e semeando a divisão e os conflitos étnicos, tornando a independência uma questão formal.

Laurent Kabila levantou os congoleses contra a ditadura de Mobuto e em 1997 assumiu o governo do país para recuperar a independência até ser ele também assassinado em 2001. Seu filho José Kabila foi eleito para a presidência da República e não tem encontrado facilidades para manter a unidade territorial do país contra as constantes invasões estrangeiras que os EUA continuam a patrocinar.

O dia 17 de janeiro, dia da morte de Lumumba, é feriado nacional no Congo. É dia de festejar a força da nacionalidade congolesa. Ele continua sendo o guia de seu povo. Sua âncora e inspiração anti-imperialista contra a escravidão do Congo e da África. Sua forte presença no coração do povo congolês mantém viva a luta pela unidade e pela independência do Congo. E essa é uma força que nunca morre.

Ensino religioso no Brasil estimula o preconceito e a intolerância

Estudo liderado pela professora Débora Diniz afirma que livros didáticos mais aceitos pelas escolas públicas promovem a homofobia e pregam o cristianismo
João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Pesquisa da Universidade de Brasília conclui que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo é apresentado no livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, que será lançado às 16h desta terça-feira, 22 de junho, no auditório do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da UnB.

“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma uma das autoras do trabalho, a antropóloga e professora do Departamento de Serviço Social, Débora Diniz.

A pesquisa analisou os títulos mais aceitos pelas escolas do governo federal, segundo informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso - limitada a uma referência anônima e sem biografia -, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo (Calvino nem mesmo é citado).

O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.

A pesquisadora Débora Diniz alerta que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século XX. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.

LEI - Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. De número 9475, e em vigor desde 1997, a lei regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora Diniz. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasilieras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.

O estudo, realizado entre março e julho de 2009, ainda revela a tênue fronteira entre as editoras responsáveis pelas publicações e a pregação religiosa. A editora FTD, por exemplo, pertence aos irmãos Maristas, sociedade religiosa nascida em 1817, na França. O interesse comercial com o material escolar surge representado pelas editoras Ártica e Scipione, que formam a Abril de Educação, líder no mercado de livros didáticos no setor privado. “É esse contexto nebuloso de relações e interesses que envolve a pesquisa” diz Débora.

Ainda foram analisadas as editoras Saraiva, Moderna e Dimensão e as religiosas Vozes, Paulus Paulinas, Vida e Edições Loyola.

SEM REGULAMENTAÇÃO

Para a psicóloga e uma das autoras do livro, Tatiana Lionço, os problemas do ensino religioso no Brasil vem da falta de regulação por parte do Estado. Ela explica que, antes de ir parar nas mochilas de crianças e jovens, todo material didático passa por uma avaliação de uma banca de profissionais do Programa Nacional do Livro Didático, vinculado ao Ministério da Educação. Todos, menos os de Religião. “Não há qualquer tipo de controle. O resultado é a má formação dos alunos”, comenta a professora.

A especialista ainda questiona o modelo de ensino religioso nas escolas do país com base no princípio constitucional de que o Estado deveria ser laico (neutro em relação às religiões). “Se o Estado deveria ser laico, por que ensinar religião nas escolas?”, provoca. “Se a religião for tratada na sala de aula, tem de ser de forma responsável e diversificada”, acrescenta a psicóloga. As 112 páginas da publicação, lançada pelas editoras UnB e Letras Livres, ainda conta com a contribuição da assistente social Vanessa Carrião, do instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.

Brasil assume a presidência Pro-Tempore do Mercosul Cultura

Reunião de Ministros
Brasil assume a presidência Pro-Tempore do Mercosul Cultural
Nesta sexta-feira, 25 de junho, os ministros da Cultura dos países integrantes do Mercosul Cultural participam da 33ª Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, na Secretaria de Cultura da Nação Argentina, em Buenos Aires. Na ocasião, a Secretaria de Cultura da Argentina passará a Presidência Pro-Tempore da Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul para o Ministério da Cultura do Brasil.
O ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, será representado pelo secretário da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), Américo Córdula. O encontro reunirá Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela.
O Brasil assumirá a Presidência Pro-Tempore do Mercosul no segundo semestre deste ano, período em que exercerá a função de porta-voz do órgão, buscando contribuir nos planos econômico, comercial, social e político para a implementação das metas de integração regional traçadas pelo Tratado de Assunção, por meio do qual foi fundado o bloco Mercado Comum do Sul (Mercosul), em 1991.
Presidência Pro-TemporeÉ a Presidência do Conselho do Mercado Comum, órgão decisório do bloco, exercido por rotação dos Estados-Partes, e em ordem alfabética, por períodos de seis meses. Dentre outras funções, cabe ao país que ocupa a Presidência Pro-Tempore determinar, em coordenação com as demais delegações, a agenda dos encontros e organizar as reuniões dos órgãos do Mercosul.
Os encontros do Mercosul Cultural fazem parte do esforço dos países - que formam o bloco - de encontrarem novos pontos de convergência, que conduzam à consolidação da integração cultural dos países da região. Dentre os temas a serem tratados na Reunião de Ministros, estão a implementação do Selo Mercosul Cultural, circulação e comercialização de obras de arte, entre outros.
Reuniões preparatóriasO secretário Américo Córdula participa, de 23 a 24 de junho, da Reunião do Comitê Coordenador Regional do Mercosul Cultural e da III Reunião da Comissão do Patrimônio Cultural. A reunião desta quinta-feira ( 24) é preparatória para a 33ª Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, que ocorre nesta sexta-feira (25).
Durante esses dias de encontros, diversos temas foram abordados. No primeiro dia o tema em destaque foi sobre a criacão do Fundo Mercosul Cultural, que tem como finalidade financiar programas e projetos que fomentem a circulação, promoção, proteção e difusão de bens culturais para o fortalecimento do processo de integracão do Mercosul. Também foram discutidos os critérios de apoio institucional para projetos do Mercosul Cultural.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dilma lidera pesquisa pela 1ª vez com 40%

Em pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgada hoje, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, atingiu 40% das intenções de voto contra 35% do tucano José Serra. É a primeira vez que Dilma ultrapassa o candidato do PSDB. Marina Silva, do PV, segue em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto, segundo a pesquisa.


Num possível segundo turno, Dilma atingira 45% das intenções de voto contra 38% de Serra. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Brasil sem Homofobia é referência mundial

Em carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Comitê do Dia Internacional Contra a Homofobia (IDAHO Committee), Louis-Georges Tin, agradece ao governo Brasileiro pelo decreto publicado em 7 de junho, que institui a comemoração no país.

No documento, escrito em Paris, sede do comitê, Tin parabeniza o Brasil pelas inúmeras iniciativas no combate a discriminação sexual e diz que o programa Brasil sem Homofobia, criado pelo governo Lula, já é uma referência mundial de política pública sobre a temática.

Para o deputado Carlos Abicalil (PT-MT), que milita pelas causas LGBTs no Congresso, o reconhecimento da instituição internacional se deve ao amplo esforço do governo Lula no sentindo de dar cidadania à comunidade gay brasileira. "Essa é mais uma grande marca de respeito à cidadania, promoção de direitos e de pioneirismo das políticas públicas do governo Lula. Esse reconhecimento soma-se às inúmeras outras manifestações de reconhecimento às políticas públicas de proteção aos direitos humanos instituídas no Brasil pelo governo Lula", disse.

O Dia Internacional contra a Homofobia é reconhecido oficialmente em mais de 60 países, entre eles pela União Europeia, França, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo, México, Costa Rica, entre outros. "Como presidente do IDAHO Committee, a NGO que coordena mundialmente as atividades do Dia Internacional, tenho a satisfação e a honra de agradecer a Vossa Excelência. É um passo adiante não somente para gays e lésbicas no Brasil, como também para os direitos humanos de modo geral no mundo inteiro", diz a carta assinada por Tin.

PT move ação indenizatória por danos morais contra o tucano José Serra

O PT vai protocolar na Justiça, nesta quarta-feira (23), ação de indenização por danos morais contra o candidato tucano à Presidência da República, José Serra. O motivo são suas acusações de que um suposto dossiê contra ele teria sido montado pelo partido.

Há cerca duas semanas o PT interpelou Serra na Justiça Criminal de São Paulo para que confirmasse suas declarações. Ontem, o juiz entendeu que não havia dubiedade na fala de Serra e que, portanto, não cabia a interpelação.

“Se não há dubiedade, é porque a acusação está bem clara. Então decidimos entrar com essa ação”, esclareceu o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, durante coletiva à imprensa na noite desta terça-feira – da qual participou também o Secretário-Geral do partido, José Eduardo Cardozo.

Na avaliação de Dutra, as acusações de Serra são inaceitáveis. “Não vamos admitir que qualquer pessoa ataque dessa maneira nosso partido e nossa candidata”. Ele explicou ainda que o valor da indenização será definido pela Justiça. “Mas, independentemente disso, o que queremos é que nossa honra seja restabelecida”.

Cardozo, por sua vez, explicou que a ação não tem motivação nem objetivos eleitorais. “O PT foi rigorosamente atingido pelas declarações. E quando você é a tingido, você tem que reagir”, disse.

Para ele e Dutra, o Judiciário é a melhor esfera para tratar do assunto. “Não vamos fazer bate-boca dessa natureza no âmbito político.Queremos uma campanha com debate de idéias, propositiva, para que o eleitor possa escolher qual o melhor caminho para o Brasil. Num Estado de Direito, as questões relativas à honra tem de ser resolvidas na Justiça, justamente para não contaminar o debate político”, finalizou Dutra.

A ação será protocolada no Foro Regional de Pinheiros, em São Paulo, onde fica o domicílio eleitoral do réu.

Estatuto da Igualdade Racial é derrota para os escravocratas”


Professor Eduardo de Oliveira, líder histórico do movimento negro, ressaltou que texto que saiu do Senado é “ ponto de partida para nova fase de luta”

O professor Eduardo de Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), considerou a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, no dia 16 de junho, pelo Senado, como “o ponto de partida de uma nova fase da luta, porque agora temos algo sólido, que nos protege”. O Estatuto é o primeiro conjunto de normas e ordenamentos jurídicos em benefício da população negra, desde o fim da escravidão, há 122 anos.

O Estatuto, que visa o combate à discriminação racial e garante igualdade de oportunidades para a população negra, “é o 2º artigo da abolição da escravatura no Brasil”, ressaltou o professor Eduardo.

“O estatuto é um grande instrumento de luta dos negros, uma conquista importante, o nosso primeiro instrumento jurídico e institucional em que o Estado brasileiro oferece condições ao negro”, avaliou o professor, que acompanhou a votação no Congresso Nacional, assim como todas as discussões e propostas sobre o projeto nestes sete anos, desde sua apresentação pelo senador Paulo Paim (PT/RS), em 2003.

“Apesar de não ter sido aprovado conforme nós queríamos, a votação coroou a luta dos negros. Foi uma vitória contra os saudosistas da escravidão”, declarou em entrevista ao HP.

Vitória

Ao avaliar as mudanças do termo raça para etnia e a supressão das cotas nas universidades e empresas e de políticas de saúde para a população negra, feitas pelo relator do projeto no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), o professor Eduardo disse que, apesar das mudanças no projeto original, “eles foram derrotados”. “Os que tentaram impedir a aprovação do estatuto não têm força ética, moral, política e jurídica e foram derrotados”, disse. “Foram derrotados, porque não queriam de forma nenhuma que o estatuto fosse aprovado. As gerações que vêm vão continuar a luta, ainda há o que fazer, há o que criar, há o que realmente conquistar em termos de valores da contribuição dos negros na formação nacional”, afirmou.

Segundo o professor, “a conveniência de se tirar raça do texto, nessa altura de nossa história, tem sua malícia, esse mecanismo maquiavélico: não tem corpo de delito, não tem crime”. Para eles, segundo o dirigente do CNAB, “o crime da brutalidade contra cada rosto negro, que representa hoje mais de 50% da população brasileira, não seria um crime pelo qual se deveria pagar restituindo a sua dignidade humana, restituindo a sua humanidade”.

Segundo o professor Eduardo, apesar das modificações no texto original, ele não compactuou com a retirada do projeto da pauta de votação, “porque isso sim seria fazer o jogo dos nossos adversários, dos racistas de hoje, escravocratas de ontem”, declarou.

Cotas

Segundo ele, as cotas para os negros nas universidades foram um avanço e a exclusão das cotas, neste momento, não compromete o estatuto que só vem fortalecer as “ações afirmativas no sentido de proporcionar a inclusão do negro na sociedade”. O Senado ainda vai apreciar o projeto 180/08, da deputada Nice Lobão (DEM-MA), que se encontra na Comissão de Constituição e Justiça, que trata das cotas raciais. A relatora do PLC 180/08 é a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

“Os que foram derrotados, foram eles, os racistas. Nós negros, nossos aliados, fomos vitoriosos”, afirmou o dirigente do CNAB. “Foi uma vitória irrefutável desde a luta vitoriosa dos Palmares”, declarou o autor do Hino à Negritude.

“Estou muito feliz, muito otimista com o resultado que virá, em breve, com a sanção do presidente Lula que sempre lutou pela valorização da comunidade negra na sociedade brasileira”, disse o professor. “No governo Lula, nos seus sete anos de administração, nunca houve tantas conquistas sociais, em favor da mulher, em favor da criança e em favor do negro, particularmente”, ressaltou o professor, destacando o fato de o presidente Lula “ter ido mais de 20 vezes na África para discutir e dialogar com nossos irmãos africanos. Não fomos lá para saquear, para sugar, para cobrar dívidas. Perdoamos as dívidas dos africanos”.

O professor Eduardo de Oliveira declarou estar muito otimista com a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência da República para “avançarmos e ampliarmos as nossas conquistas”.

Como torcedor - “há 83 anos, nasci corinthiano” - e ex-jogador amador de futebol, o professor elogia a realização da Copa do Mundo na África, “que projetou o continente internacionalmente”.

“A África está contribuindo com seus valores, sua história, suas virtudes e qualidades com os demais povos, ao sediar a Copa do Mundo”. E afirma que a vitória “será do Brasil trazendo o caneco para cá”. Ele também saudou a realização da Copa no Brasil em 2014 e criticou o fato de São Paulo ainda não ter um projeto de estádio à altura para sediar os jogos no Estado

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ana Júlia recebe apoio do PDT à reeleição

A governadora do Pará, Ana Júlia Cerepa (PT) recebeu o apoio do PDT à sua reeleição. A governadora agora conta com o apoio de nove partidos: PDT, PR, PP, PV, PSB, PC do B, PRB, PSC e PHS. Segundo o secretário executivo da campanha do PT no Estado, André Farias, o apoio do PDT foi “um reconhecimento” ao trabalho da governadora.

Em contrapartida, o PT se comprometeu em apoiar a candidatura do pedetista Giovanni Queiroz à Câmara Federal. “Quem me conhece sabe que eu saio aos finais de semana não é para pescar, não. É para levar maquinários aos municípios, para levar desenvolvimento”, disse a governadora em referência ao seu adversário, o ex-governador Simão Jatene (PSDB).

dialética e amazonidade

qual é a "sua"? Existem muitas Amazônias...

Na verdade, desde antes da invenção colonial do rios das "amazonas" eram diversas regiões... Aturdido com a imensidade do desafio da missão o célebre jesuíta Antônio Vieira sapecou o título catequista de "rio Babel" (recomenda-se a obra do professor da UERJ José Ribamar Freire Bessa com o mesmo tílulo)... Aí se vê como os tupis forneceram a cunha linguistica que os padres gramatizaram para reduzir a babel e enfiar mato adentro a língua geral amazônica, tipo de esperanto conhecido como "Nheengatu" (a língua boa).

A língua boa não apenas apagou a más linguas amazônicas, reduzidas drásticamente pelos mesmos tupis num paneiro só; em "Nheengaíba", como também serviu de cavalo de batalha da língua de Camões...

Explicação do milagre dos brasileiros falarem português do Oiapoque ao Chuí. Para isto precisou um genocídio enormíssimo em nome de Deus e do trono de Portugal. O Império do Brazil não agradeceu aos colonizadores e ainda acrescentou o peso até que os escravos, os sitiantes ribeirinhos e a pequena burguesia das vilas próximas de Belém levantaram-se na única revolução brasileira onde o povo chegou ao poder (1835-1836), dita (como sempre) de fora para dentro de "Cabanagem" e pintada como parecia aos donos do poder...

de fato, os chamados "cabanos" nunca se trataram como tal: eram apenas Paraenses desesperados e em armas! Foram "vencidos" a custo de mais um genocídio entre tantos: agora, 40 mil mortos numa população de 100 mil almas...

a liderança autofágica da Cabanagem expôs ao vivo suas contradições: o primeiro presidente, o fazendeiro Félix Malcher; ao primeiro arrobo de mando foi logo assassinado pelos combatentes; o segundo Francisco Vinagre, mais moderado pretendeu negociar com o Império e depor as armas... foi miseravelmente traído e feito refém pelo presidente legal (sic)... Antônio Vinagre retira-se para o interior e retorna com mais força, morre em combate; dos revoltosos surge um jovem cearense - Eduardo Angelim - que retoma a capital e expulsa o governo legal... Assediado pelos ingleses a proclamar independência da província repele o agente estrangeiro, mas reincide no erro de Francisco Vinagre de conciliar com os neocolialistas... Desta vez mais grave pois que para conquistar a confiança dos senhores mandou fuzilar os negros mais exaltados na luta...

vendo os escravos que não podiam confiar nos brancos, nem mesmo no campo dos rebeldes; desertaram em tropelia rio acima e foram formar Mocambos (quilombos) no Curuá e Trombetas fugindo às tropas escavagistas até os confins das Guianas...

é importante que o mundo exterior às Amazônias (brasileira, boliviana, peruana, equatoriana, colombiana, guianense, surinamente e franco-guianense) procurem as descobrir, conservar ou desenvolver corretamente. Melhor ainda escutar o que 25 milhões de amazônidas tem a dizer sobre tudo isto...

a memória da Amazônia

A Amazônia, além da já conhecida e sempre citada riqueza biológica e cultural, é um ambiente heterogêneo. Seria um equívoco pensar a região de modo generalizante, a ponto de estudiosos tão díspares como a pesquisadora alemã Maritta Koch-Wesser e o General Eduardo Dias da Costa Villas Boas, ambos palestrantes convidados do projeto Repórter do Futuro, concordarem com a existência de várias amazônias. È justamente a partir desse entendimento que Maritta vem trabalhando no projeto “Amazônia em transformação: História e perspectivas”, no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP).

A produção acadêmica sobre a região amazônica é imensa. O interesse de estudiosos de várias áreas do conhecimento, como geografia, biologia, antropologia e outras, gerou uma riqueza de estudos tanto sobre os aspectos físicos e biológicos, quanto sobre a historiografia e as sociedades da Amazônia. Mas o conhecimento que se têm hoje não á restrito ao ambiente acadêmico. Estudos de impacto ambiental de grandes obras como Carajás e Tucuruí também podem ser vistos como fonte importante de informação, apesar de todos os interesses políticos e econômicos envolvidos nesses empreendimentos.

O projeto do IEA, iniciado no final de 2009 e coordenado por Maritta, tem como intuito agregar essas produções, sejam elas de fins acadêmicos, econômicos, ou até burocráticos, como os arquivos de órgão públicos, a exemplo da SUDAM. Ele prevê também a criação de uma rede para reunir acervos raros e não publicados sobre a Amazônia. A pesquisadora propõe a criação de uma plataforma interativa, a exemplo da Wikipedia e um sistema de busca que chama de provisoriamente de “Google Amazon”.

O projeto tenta agrupar pesquisas dos últimos 50 anos sobre a região. Para Maritta, essa foi uma época caracterizada pela evolução das pesquisas. “Esses 50 anos de transformação da Amazônia são uma época de aprendizagem que deve alimentar estratégias futuras”. Ela diz ainda que “Muitas pesquisas boas [foram feitas]”, e que já conseguiu permissão para usar o acervo de Aziz Ab’Saber e Betty Mindlin, dois grandes intelectuais e estudiosos sobre a região. Vai mais longe ao atribuir aos estudos os resultados que geraram políticas públicas de preservação, pelo menos no âmbito legal, reconhecidas como modelo em todo o mundo. Hoje a Amazônia tem 20% de suas terras em reservas.

Pensando nos benefícios práticos que os estudos podem gerar os objetivos do projeto são: resgatar a memória dos projetos de transformação; viabilizar um futuro enraizado na aprendizagem e disponibilizar as informações sobre a Amazônia, tendo em vista as divisões sub-regionais. “Isso é importante, não falar da Amazônia em termos gerais”, destaca. Sobre os propósitos do programa, a pesquisadora, que já trabalhou em diversas organizações voltadas ao meio ambiente, como a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), diz ser “importante registrar de uma forma fria o que aconteceu com cada um dos atuantes. Para futuramente continuar nessa progressão do desenvolvimento ambiental, é importante entender essas raízes”. Maritta afirma que o interesse é saber como e porque as estratégias de atuação foram pensadas em sua época. “Você tinha estratégias muito divergentes. O que vemos é que hoje há uma integração muito maior em termos de planos regionais”.

sábado, 19 de junho de 2010

EU SOU EXU.

NÃO SOU PRETO, BRANCO OU VERMELHO

TENHO AS CORES E FORMAS QUE QUISER.

NÃO SOU DIABO NEM SANTO, SOU EXU!

MANDO E DESMANDO,

TRAÇO E RISCO

FAÇO E DESFAÇO.

ESTOU E NÃO VOU

TIRO E NÃO DOU.

SOU EXU.

PASSO E CRUZO

TRAÇO, MISTURO E ARRASTO O PÉ

SOU REBOLIÇO E ALEGRIA

RODO, TIRO E BOTO,

JOGO E FAÇO FÉ.

SOU NUVEM, VENTO E POEIRA

QUANDO QUERO, HOMEM E MULHER

SOU DAS PRAIAS, E DA MARÉ.

OCUPO TODOS OS CANTOS.

SOU MENINO, AVÔ, MALUCO ATÉ

POSSO SER JOÃO, MARIA OU JOSÉ

SOU O PONTO DO CRUZAMENTO.

DURMO ACORDADO E RONCO FALANDO

CORRO, GRITO E PULO

FAÇO FILHO ASSOBIANDO

SOU ARGAMASSA

DE SONHO CARNE E AREIA.

SOU A GENTE SEM BANDEIRA,

O ESPETO, MEU BASTÃO.

O ASSENTO? O VENTO!..

SOU DO MUNDO,NEM DO CAMPO

NEM DA CIDADE,

NÃO TENHO IDADE.

RECEBO E RESPONDO PELAS PONTAS,

PELOS CHIFRES DA NAÇÃO

SOU EXU.

SOU AGITO, VIDA, AÇÃO

SOU OS CORNOS DA LUA NOVA

A BARRIGA DA RUA CHEIA!...

QUER MAIS? NÃO DOU,

NÃO TOU MAIS AQUI

Edital de seleção para o Programa Oi Novos Brasis 2010. Oi Futuro abre seleção para projetos de desenvolvimento de tecnologia social em todo o país.

O Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, lança hoje o edital de seleção para o Programa Oi Novos Brasis 2010. O programa de apoio técnico e financeiro para projetos sociais busca viabilizar idéias inovadoras de todo país que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.

A seleção terá como foco o desenvolvimento de tecnologias sociais que possam ser reaplicadas em grupos sociais semelhantes. Os projetos inscritos devem atender a um dos seguintes campos de atuação: ações educacionais complementares ao sistema de educação formal, qualificação profissional voltada para geração de trabalho e renda e ampliação do acesso aos direitos humanos, econômicos, sociais ou ambientais. Serão valorizados critérios como criatividade, inovação, capacidade de apresentação de diagnóstico da comunidade atendida e de monitoramento do trabalho realizado.

Cada organização poderá inscrever até quatro projetos, mas apenas um deles poderá ser selecionado. O processo de seleção dos projetos sociais ainda levará em consideração os seguintes temas transversais:

O Oi Novos Brasis é um dos principais programas do Oi Futuro. No ano passado, o instituto investiu só neste programa cerca de R$ 2,3 milhões e desde o lançamento do programa, em 2004, já beneficiou mais de 40 mil pessoas em mais de 70 projetos. “Além de ampliar a dimensão nacional, em 2010, o Oi Novos Brasis prioriza os campos de atuação em ações educacionais, qualificação profissional e acesso aos direitos humanos, econômicos, sociais ou ambientais”, diz Wellington Silva, Diretor de Comunicação do Oi Futuro.

O edital é voltado para organizações sem fins lucrativos e devidamente legalizadas. Após a seleção dos projetos, que será realizada por um grupo de especialistas, o Oi Futuro acompanhará a implantação de cada iniciativa, auxiliando na gestão e na avaliação do impacto das atividades.

O Zelous - Telemedicina Preventiva a Favor das Crianças e Adolescentes Diabéticos Insulino-dependentes, em São Paulo, Sertão.Net na Escola, realizado pela Associação de Policultores de Cafarnaum, que promove encontros com crianças do interior e capital da Bahia através de videoconferências,. Inclusão Digital e Profissional de Jovens em Comunidades Rurais do Tocantins e Educação Inclusiva, que é realizado em Sergipe pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação_IPTI são algumas das iniciativas selecionadas pelo Oi Novos Brasis no ano passado.

Por apostar no desenvolvimento de soluções sociais, o Oi Novos Brasis dispõe ainda de uma rede virtual de relacionamento para troca de experiência entre os parceiros. Também são realizados encontros anuais, onde os integrantes das organizações parceiras se conhecem pessoalmente e iniciam conversas para parcerias concretas.

As inscrições, assim como o regulamento de participação, estarão disponíveis no site de 25 de maio a 26 de julho.

Os projetos deverão ser inscritos exclusivamente pelo site www.oifuturo.org.br/oinovosbrasis2010 , através do preenchimento do formulário de inscrição. Antes de iniciar este processo, recomendamos que você faça o download do formulário de inscrição em pdf aqui.


Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro tem a missão de desenvolver, apoiar e reconhecer ações educacionais e culturais inovadoras, que promovam o desenvolvimento humano, utilizando tecnologia de comunicação e informação. O principal foco das ações do instituto de responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para a juventude brasileira, reduzindo distâncias geográficas e sociais.

Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens. O Oi Conecta, um programa em parceria com o Governo Federal, leva banda larga a mais de 37 mil escolas públicas, beneficiando cerca de 24 milhões de alunos.

Na área cultural, o Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apóia, ainda, projetos aprovados pelo FIA – Fundo para Infância e Adolescência - FIA e pela Lei de Incentivo ao Esporte. A Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-esportivos inseridos na nova Lei.

Mais informações
Alice Abbud
Oi – Comunicação Corporativa / www.oifuturo.org.br
(61) 3415-1191
(61) 8401-8095
alice@oi.net.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sem políticas de cotas para negros na educação ou no mercado de trabalho, o Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado por unanimidade nesta quarta-fei

Sem políticas de cotas para negros na educação ou no mercado de trabalho, o Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira pela CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do Senado, depois de dez anos de tramitação no Congresso.

Apesar de os senadores admitirem que a proposta "não é perfeita nem a ideal", existe acordo entre os partidos para que o texto seja votado ainda hoje no plenário da Casa, para depois seguir à sanção presidencial.

"O acesso à universidade e ao programa de pós-graduação, por expressa determinação constitucional, deve se fazer de acordo com o princípio do mérito e do acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo a capacidade de cada um", argumenta o relator do projeto, Demóstenes Torres (DEM-GO), em seu parecer.

Ele defendeu a agilidade na apreciação do projeto sobre cotas na educação que já tramita no Senado. Afirmou, porém, que as cotas devem ser sociais, e não raciais.

Caíram também os incentivos fiscais a empresas com mais de 20 empregados que mantenham uma cota mínima de 20% de trabalhadores negros, porque seriam uma discriminação reversa contra os brancos pobres, segundo entendimento dos senadores.

A exclusão das cotas provocou reação da plateia --formada principalmente por integrantes de movimentos-- que gritou em coro: "Os traidores serão lembrados, senadores".

Representantes de movimentos de afrodescendentes que acompanharam a votação se disseram frustrados com o esvaziamento do projeto, mas afirmaram que a aprovação é uma vitória para a população negra.

"Identificamos que a não aprovação do estatuto constituiria um entrave à efetiva emancipação e desenvolvimento dos negros deste país", afirmou Nuno Coelho, coordenador nacional do Movimento dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil.

Segundo Coelho, o texto é um ponto de partida para que o governo e o Congresso passem a discutir políticas destinadas aos negros. Ele disse que os movimentos já estão articulando com congressistas propostas para cada um dos trechos suprimidos do texto inicial.

Como o projeto é do Senado e já foi alterado e aprovado pela Câmara, os senadores só puderam suprimir artigos e trechos e fazer emendas de redação.

Raça

O relator retirou todas as menções a "raça" do texto, apesar de o termo estar presente no nome do projeto. Demóstenes afirma que a idealização do estatuto partiu do mito da raça, mas "geneticamente, raças não existem".

"Deste modo, em vez de incentivar na sociedade a desconstrução da falsa ideia de que raças existem, por meio do estatuto, o Estado passa a fomentá-la, institucionalizando um conceito que deve ser combatido, para acabar com o preconceito e com a discriminação."

Na mesma linha, a proposta aprovada pela comissão rejeita a expressão "derivadas da escravidão", em artigo que trata da implementação de programas de ação afirmativa destinados a reparar distorções e desigualdades sociais.

A justificativa é que o estatuto deve "olhar para o futuro", buscando a justiça social para todos os injustiçados, sem limitação a descendentes de escravos.

Os senadores também suprimiram do texto o termo "fortalecer a identidade negra", sob o argumento de que não existe no país uma identidade negra paralela a uma identidade branca.

"O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada", defende o relatório de Demóstenes Torres.

A população negra não será alvo de políticas de saúde específicas porque, para o relator, é um "total equívoco" acreditar que ela é predisposta a doenças exclusivas. "Mesmo doenças ditas raciais, como a anemia falciforme, decorrem de estratégias evolucionárias de populações expostas a agentes infecciosos específicos. Nada tem a ver com a cor da pele."

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) votou em favor do estatuto, mas fez ressalva a esse ponto. "Morrem seis vezes mais mulheres negras no parto do que brancas. Existem, sim, especificidades na população negra."

"Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar".

Hino Nacional Brasileiro (em língua tupi).


Embeyba Ypiranga sui, pitúua,
Ocendu kirimbáua sacemossú
Cuaracy picirungára, cendyua,
Retama yuakaupé, berabussú.
Cepy quá iauessáua sui ramé,
Itayiuá irumo, iraporepy,
Mumutara sáua, ne pyá upé,
I manossáua oiko iané cepy.


Iassalssú ndê,
Oh moetéua
Auê, Auê !


Brasil ker pi upé, cuaracyáua,
Caissú í saarússáua sui ouié,
Marecê, ne yuakaupé, poranga.
Ocenipuca Curussa iepê !
Turussú reikô, ara rupí, teen,
Ndê poranga, i santáua, ticikyié
Ndê cury quá mbaé-ussú omeen.


Yby moetéua,
Ndê remundú,
Reikô Brasil,
Ndê, iyaissú !


Mira quá yuy sui sy catú,
Ndê, ixaissú, Brasil !
Ienotyua catú pupé reicô,
Memê, paráteapú, quá ara upé,
Ndê recendy, potyr America sui.
I Cuaracy omucebdy iané !
Inti orecó puranguáua pyré,
Ndê nhu soryssára omeen potyra pyré,
ÌCicué pyré orecó iané caaussúî.
Iané cicué, ìndê pyá upé, saissú pyréî


Iassalsú ndê,
Oh moetéua
Auê, Auê !


Brasil, ndê pana iacy-tatá-uára
Toicô rangáua quá caissú retê,
I quá-pana iakyra-tauá tonhee
Cuire catuama, ieorobiára kuecê.
Supi tacape repuama remé
Ne mira apgáua omaramunhã,
Iamoetê ndê, inti iacekyé.






Yby moetéua,
Ndê remundú,
Reicô Brasil,
Ndê, iyaissú !






Mira quá yuy sui sy catú,
Ndê, ixaissú,
Brasil !



Hino Nacional Brasileiro

Música: Francisco Manuel da Silva
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!

Brasil de um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza,

Terra adorada!
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos tem mais flores,
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida no teu seio mais amores

Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte,

Terra adorada!
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada

Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!

editais de seleção pública para apoiar projetos e premiar iniciativas culturais





segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ousar lutar, ousar vencer!

São inegáveis os avanços obtidos no último período a partir do fortalecimento da unidade da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e partidos progressistas, que se somam para pressionar por mudanças, construir uma nova sociedade e garantir a efetivação de um novo patamar de direitos.

De forma unitária, com marchas a Brasília, mobilizações e greves, as centrais sindicais conquistaram, entre outros importantes avanços, a política de valorização do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda, a ratificação da Convenção 151 da OIT - que estabelece a negociação coletiva no serviço público - e o seu próprio reconhecimento legal enquanto entidades representativas da classe.

No dia 1º de junho em Assembleia no Pacaembu, na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, as centrais apresentaram uma plataforma comum pelo fortalecimento do Estado, apontando propostas como a defesa das riquezas do pré-sal, da jornada de 40 horas semanais e a aprovação do projeto de combate à terceirização. Para a concretização desta pauta, será necessário envolver e mobilizar milhões de brasileiros, rompendo com o manto da invisibilidade da grande mídia, meio de contaminação da ideologia e dos mesquinhos interesses dos seus proprietários sobre os interesses da coletividade.

Prova disso é que, diariamente, os grandes jornais e as emissoras de rádio e televisão estampam sua contrariedade com a integração latino-americana, cujo êxito social e econômico se reflete na diversidade do nosso intercâmbio comercial e de uma maior independência frente aos EUA e à Europa. Caso o país seguisse o receituário tucano, ecoado por sua mídia, estaríamos mais vulneráveis à crise internacional, com menos condições de definir soberanamente o nosso próprio destino.

Recentemente, na busca incessante da paz, o governo brasileiro foi o pilar de um acordo com o Irã. Inconformado com tamanho protagonismo, esses mesmos jornais, rádios e tevês alinharam-se com os interesses belicistas dos Estados Unidos, afrontando o desejo de toda a Humanidade. Foi assim que passaram a reproduzir em seus editoriais, entrevistas e reportagens o complexo de inferioridade de quem não vê a grandiosidade de uma política externa independente, mas de quem quer o país de joelhos, subalterno, capacho das grandes potências imperialistas e de suas guerras de rapina.

O fato é que, ao longo de mais de uma década, resistimos, no Brasil e no mundo todo, à política neoliberal de entrega das nossas riquezas e privatização do patrimônio público, à perda de direitos, ao arrocho dos salários, à terceirização e à degradação das condições de vida e trabalho. Nos mantivemos de pé e, a partir da eleição do presidente Lula, começamos a virar aquela página sombria de traição ao povo e ao país, implementando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para dotar o país da infraestrutura necessária ao desenvolvimento, ampliando os espaços democráticos de participação popular com as inúmeras Conferências Nacionais de Educação, Cultura e Comunicação, abrindo a porta para os negros nas universidades públicas, combatendo a discriminação contra as mulheres com a Lei Maria da Penha, estimulando a participação da juventude e valorizando os aposentados e pensionistas, com reajustes superiores à inflação.

Agora é o momento de seguir em frente. Demos e tucanos se propõem a escrever com Serra, ministro de FHC, a reedição daquele desgoverno de triste memória, de criminalização dos movimentos sociais, que entregou a Vale do Rio Doce e tentou até privatizar a Petrobrás. Felizmente, o Brasil amadureceu e as forças políticas e sociais se encontram em melhores condições para fazer o enfrentamento político-eleitoral e derrotar os representantes do passado, construindo alianças para ir além das conquistas do presente rumo à efetiva emancipação nacional.

Ao lado da classe trabalhadora e de todo o povo brasileiro, vamos juntos descortinar um novo futuro de progresso, justiça e solidariedade.

APRESENTAÇÃO DO PÁSSARO TEM TEM

DIA 18: TEATRO DO CENTUR

DIA 19: MEMORIAL DOS POVOS IMIGRANTES

HORA: 19:00

ENTRADA FRANCA

Fundado por um grupo de amigos na praia do cruzeiro no Distrito de Icoaraci, Belém - Pará em 30 de Maio de 1930, O Pássaro Junino teve como seu 1º Guardião o Sr. Manoel da Silva (Peixe Frito). Após seu falecimento sua família transferiu a direção do Grupo para o Sr. Raul Almeida, também residente em Icoaraci, mais tarde mudou-se para Belém levando consigo o grupo.

Em Belém, após o falecimento do Sr. Raul, o grupo passou a ser dirigido por Feliciano, cujo sobrenome ignora-se. Sabe-se, porém, que o mesmo era organizador do Boi-Bumbá “Novo Querido” e do Parque de Diversões “Prado Novo” no bairro do Telégrafo (Rua Djalma Dutra). O Grupo ficou por pouco tempo com o Sr. Feliciano e que o esmo, chama o Sr. Aldifax de Campos Jordão, mais conhecido como seu Antonio, para que viesse tomar conta do Tem- Tem haja vista que, o Sr., Antonio era simpatizante e colaborador do grupo o mesmo aceitou o desafio e dirigiu o grupo até 1977.

Mais tarde devido uma grande enfermidade o Sr. Aldifax manda chamar o Sr. João Ramos, conhecido por João de Guapindaia, que além de ser brincante do Tem – Tem, seu João era também, Pai de Santo. Seu João aceitou o Convite, desse ano até o ano de 2.000 Seu João Guapindaia, conduziu o Pássaro. O mesmo ( João) tinha um grande zelo pelo grupo e seus brincantes. Já doente chama a Srta. Marilza Tavares que era brincante do grupo junto com sua irmã e seu irmão, para que viesse deixar o Tem – Tem a ensaiar em sua residência no bairro do Guamá, mais, com a seguinte condição que o Pássaro saísse de sua residência no Bairro da Pedreira e mesmo depois de seu falecimento ela ( Marilza) não deixasse o Grupo acabar. Marilza em conjunto com sua família aceitaram. No ano de 2003 seu João falece isso no mês de Maio, mês em que o Grupo estava preparando-se para sair, chega a noticia de seu falecimento. A Família do Sr. João manda chamar Marilza e seus familiares para que dessem continuidade com o Grupo, coisa que seu João também deixou escrito e, até os dias de hoje Marilza e sua família conduzem com recursos próprios o Tem – Tem. O Grupo participou de diversos Concursos realizados pela Prefeitura Municipal de Belém através da Fumbel, Secult em conjunto com a Associação dos Grupos de Folclore de Belém. Sendo Tri Campeão pela Secult e Campeão do último concurso realizado pela FUMBEL. Ganhou 2 Editais do Minc Mestre Duda 100 anos de Frevo e Mestra Dona Izabel, já no Governo do Estado Ganhou o Prêmio Culturas Populares Adelermo Matos e ainda foi selecionado no Edital de Pautas Unificados dos Teatros onde este Grupo apresentará o Espetáculo “ A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA” no Teatro da Paz no mês de Junho, de autoria do Sr. Raimundo Souza ( Casquinho) adaptado por Pedro da Conceição e readaptado pelo Mestre ( reconhecido pelo Minc em 2004) e Afro Religioso Antonio Ferreira. Participando do elenco 65 atores entre crianças, adolescentes, jovens e adultos tod@s do bairro do Guamá.

A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA

SINOPSE

Em meados do século XVIII, existia na Amazônia uma família que era comandada por um marques Chamado Valério de Bolema que tinha duas filhas, Valquiria ( uma moça má, que sempre jogava toda sua família de contra o Pai) , Paulo e Frinéia essa era apaixonada por um caçador que também tinha um título nobiliárquico (Conde Eduardo de Luprê) e uma esposa cujo nome era Cláudia de Bolena. Esse mesmo Marques foi com um de seus empregados ( na época eram conhecidos como lacaio) era ambicioso ao ponto de preparar uma emboscada e atiçar os índios da aldeia de Agaiagnê, Essa emboscada era para acabar com uma família cujo seu líder era Ricardo Devalon ( Conde) que possuía uma esposa Ruth( Valério era apaixonado) Dyracy ( tinha 2 anos) e Diromar ( que estava com seus avós passando uns tempos). Nessa incitação os índios pensaram que Ricardo teria desrespeitado suas terras chegando agredir o Conde ao ponto da esposa ser morta ele, cego e levaram sua filha. Após 17 anos Ricardo volta as suas propriedades e relata tudo para sua filha ( Diromar) que por ter perdido sua mãe, seus avó, sua irmã e vendo seu pai cego, tornou-se uma mulher má ( Feiticeira). Ao término do relato, Diromar promete destruir Valério através de seu filho ( Paulo) conquistando o seu coração. Mais tarde Ricardo e Diromar são presos pelos índios que tinha uma índia favorita chamada de Piapotira, essa que deu ordem para que a prisão acontecesse pois, queria conversar com Ricardo, no meio de sua conversa ela relata que Ricardo era seu Pai o mesmo falou ( Eu sabia, eu sabia, o meu coração de Pai não me enganava, minha filha, minha querida dyracy como sofro em não poder expandir minha alegria neste momento sublime e venturoso em que a misericórdia de nosso Pai Celestial derrama seu amor como bálsamo nas chagas de um coração indolarado de um pobre. Minha filha!!Eu queria ter aventura de poder enxegár-te, mais não posso, por que a maldade do mundo roubou-me esse direito de Pai). Ao término dessas palavras Piapotira jura por Tupã ( seu Deus) que iria se vingar do maldito marques de são lourenço o verme púdrido que o mundo conhecia como Valério de Bolena. Feita essa jura Diromar disse-lhe que também participaria, as duas em conjuntos com os índios seqüestraram Cláudia e Frinéia. Cláudia foi morta na frente da sua filha enquanto Frinéia ficou cega ( Assim como o meu Pai tem vivido nas trevas, tu também irás viver – Palavras de Piapotira). Mais tarde vem a descoberta, Diromar, aparece para Valério e lhe diz que Ricardo Devalon era seu Pai, com esse esclarecimento Valério começa a apresentar sintomas de loucuras, Diromar manda Piapotira apresentar Frinéia ( Cega) que diz a Paulo, Eduardo, Valquiria, Eliana ( Dama de Companhia) que os Índios antes de a cegarem teriam matado Cláudia com essa informação, Piapotira manda Kayaganê apresentar para Valério sua esposa, o mesmo ao ver enlouquece de vez, ao ponto de falar com sua esposa morta. Paulo dia para Diromar o porquê disso tudo, pois ele acreditava em seu amor, a mesma relata que ela não o amava tudo foi uma encenação. Paulo com raiva atira em Diromar quando vai para matar Piapotira um dos índios o mata com uma flechada. E com isso Piapotira fez sua Justiça. Valério termina como louco e Valquiria com remoço e pena de seu Pai.

FICHA TÉCNICA

Guardiã: Marilza Tavares

Diretor Artístico e Produtor : Mestre Antonio Ferreira

Assistente de Direção: Raimundo Roldão.

Sonoplasta: Clayton Ferreira

Figurinista e Costureira : Maria Eliete e Raimunda Amaral

Bordadeiros/as : Carlos Alberto, Sandro, Madalena, Joice Gomes e Marilza Tavares

Assistente de Palco: Antonio Carlos Ferreira , José Luiz e Gilberto

ELENCO:

Valério de Bolena _______________________________________Raimundo Roldão

Cláudia de Bolena _______________________________________Creuza Santos

Paulo de Bolena _________________________________________Bruno

Valquiria de Bolena ______________________________________ Ana Lúcia

Frinéia _________________________________________________ Olinda Charone

Eliana (Dama de Companhia) _______________________________ Flávia

Eduardo de Luprê ( Caçador) ________________________________ Silvio Silva

Ricardo de Valon _________________________________________Antonio Ferreira

Ruth de Valon ___________________________________________ Joice Gomes

Diromar ( Feiticeira) ______________________________________ Tais Amaral

Mrian ( Fada) ____________________________________________ Karine Jansen

Eraldo ( Lacaio) __________________________________________ Lucas Mesquita

Tem Tem ( Porta Pássaro) ___________________________________Darlene Ramos

MATUTAGEM

Vidêncio ( Matuto Paraense) __________________________________ Valmir Santos

Chifornésia ( Esposa do Paraense) ______________________________ Graça

Mituca ( Filho do Casal ) _____________________________________ Adélcio

Demetério ( Cearense) _______________________________________ Evandro

Xerumbina ( Filha do Cearense) ________________________________ Michelle

Cabo Maravilha _____________________________________________ Alberto

MALOCA

Acaiganê ( Morubichaba) ____________________________________ Erivan

Piapotira ( Índia Favorita) ____________________________________ Daiana Santos

Tianubia ( 1º Guerreiro) _____________________________________ Carlos Alberto

Kirimauá ( 2º Guerreiro) ______________________________________ Sandro

Jandira ( Tuxaua) ____________________________________________ Sueli

E mais a maloca

Madalena, Socorro, Jarinete, Marlene

Corpo de Balé comandado por Lais Amaral e Edinaldo

SEPPIR faz acordo com DEM para votar Estatuto da Igualdade

Brasília - O senador Demóstenes Torres (DEM-Goiás), que em março passado tentou fazer a revisão da história negando um dos aspectos mais perversos do escravismo - o estupro das mulheres negras -, conseguiu o que parecia impossível: um acordo com a SEPPIR para votar o Estatuto da Igualdade Racial.

O texto do relator que irá à votação suprime pontos como as cotas – já implantadas em mais de 90 universidades brasileiras – rejeita qualquer menção as desigualdades “derivadas da escravidão”, nega a existência de uma identidade negra no país e repõe os pressupostos do mito da democracia racial, que negam os efeitos do racismo.

Com o acordo o projeto do Estatuto na versão Demóstenes, será votado na sessão da próxima quarta-feira, dia 16 de junho, a partir das 10h, um dia depois da estréia do Brasil na Copa do Mundo e às vésperas do recesso parlamentar de julho.

Aval do ministro

A Afropress apurou que o acordo teve o aval do ministro chefe da SEPPIR, Elói Ferreira de Araújo (foto). O senador Paulo Paim – autor do projeto do Estatuto apresentado em 2003 -, também participou das negociações. Paim, porém, mostrou-se resistente as alterações feitas por Demóstenes e evitou, até o momento, fazer declaração pública defendendo o acordo.

A jornalista Sandra Almada, da Assessoria de Comunicação da SEPPIR, não quis falar sobre os termos do acordo, mas adiantou que nesta sexta-feira (11/05) será distribuído documento com a posição da Secretaria defendendo o entendimento para aprovação do projeto como um primeiro passo.

A SEPPIR defende que o texto de Demóstenes mantém uma série de avanços e ao mesmo tempo abre espaço para negociações futuras. O entendimento é de que “se trata de um passo, um ponta-pé inicial que terá vários desdobramentos .

Retrocesso

O senador Demóstenes Torres mantém na sua versão do Estatuto as posições defendidas na Audiência Pública, promovida em março deste ano pelo Supremo Tribunal Federal para discutir as ações afirmativas e cotas na Universidade de Brasília (UnB).

O senador demista tornou-se o pivô de uma polêmica e despertou a indignação, especialmente das mulheres, ao propor a revisão da história, fazendo a defesa de que as mulheres negras teriam consentido nos estupros em massa de que foram vítimas no período do escravismo.

No texto, o senador goiano é enfático na defesa do mito da democracia racial. “Geneticamente, raças não existem. Na medida em que o Estado brasileiro institui o Estatuto da Igualdade Racial, parte-se do mito da raça. Deste modo, em vez de incentivar na sociedade brasileira a desconstrução da falsa idéia de que raças existem, por meio do Estatuto referido o Estado passa a fomentá-la, institucionalizando um conceito que deve ser combatido, para fins de acabar com o preconceito e com a discriminação“, afirma.

Ele também nega os efeitos do racismo – que aparece em todos os indicadores sócio-econômicos -, rejeita qualquer menção a raça no Estatuto, nega-se a reconhecer a existência de uma identidade negra no Brasil (“o que existe é uma identidade brasileira”) e minimiza os efeitos da cultura da discriminação que atinge predominantemente negros.

“Não existe no Brasil uma “identidade negra”, paralela a uma “identidade branca. O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no País não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada, na qual os valores nacionais são vivenciados pelos negros e pelos brancos”, conclui.

O senador goiano do Democratas vai além. “Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro tenta construir, seja na imagem do País difundida no exterior, como samba, carnaval, futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo.

Desse modo, acrescenta, existem valores nacionais brasileiros que são comuns a todos os tipos e cores que formam o povo. Por nunca ter havido a segregação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da cultura dos negros”.

Estranheza

Por enquanto, apenas os APNs – Agentes Pastorais Negros, organização com origens na Igreja Católica -, assumiram publicamente a defesa do acordo com Demóstenes. Segundo o coordenador nacional dos APNs, Nuno Coelho, “não é o momento de discutirmos os pontos frágeis do projeto e nem criarmos embate com os contrários a versão final do Estatuto, mas sim de garantirmos a imediata aprovação deste documento que será objeto de emendas no futuro”.

Coelho está mobilizando os Agentes pastorais negros para estarem em Brasília e o movimento negro para lotar as galerias do Senado para pressionar os parlamentares. Não explica o porque haveria a necessidade de pressão se já houve um acordo, inclusive avalizado pela SEPPIR.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Presidente institui 17 de maio como Dia Nacional de Combate à Homofobia

Presidente institui 17 de maio como Dia Nacional de Combate à Homofobia
Segmento apoiado pela SID/MinC comemora em todo o país

comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) está comemorando em todo o país a instituição, por meio de decreto presidencial, do dia 17 de maio como o Dia Nacional de Combate à Homofobia. O Decreto de 4 de junho de 2010 foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, dia 7, na Seção I, Página 5. O documento foi assinado, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas da realização da 14ª Parada de Orgulho Gay que aconteceu no domingo, dia 6, em São Paulo, reunindo cerca de 3,2 milhões de pessoas.

Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o decreto presidencial é o reconhecimento governamental de que a homofobia existe no Brasil e que é preciso ter ações concretas para diminuir ou acabar com o preconceito, a discriminação e o estigma contra a comunidade LGBT. Ele informa que a ABGLT encaminhou ofício ao presidente da república pedindo a instituição da data no dia 29 de março de 2010.

“Esperamos que o exemplo do Brasil seja seguido pelos 75 país que criminalizam a homossexualidade e pelos 7 países em que há pena de morte para os homossexuais”, comentou Reis. Segundo ele, o segmento foi informado da assinatura do Decreto criando a data ainda na sexta-feira durante a realização do 10º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, promovido na capital paulista pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo.

Reis parabenizou o governo Lula, sobretudo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República pelo empenho em aprovar o Decreto. “Ele (o decreto) vem para coroar a continuidade do Programa Brasil Sem Homofobia; a realização da 1ª Conferência Nacional LGBT; a criação da Coordenação Nacional LGBT, do Conselho Nacional LGBT e do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT”, observa o presidente da ABGLT.

O dia 17 de maio de 1990 foi o dia em que a Assembleia Mundial da Saúde, órgão máximo da Organização Mundial da Saúde (OMS), retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Desde então, a data é celebrada internacionalmente como o Dia de combate à Homofobia.

O movimento LGBT conseguiu, no final de maio, mais duas vitórias junto ao Governo Federal na sua luta em defesa dos direitos dos integrantes do segmento. A primeira dá direito aos companheiros homoafetivos dos homossexuais que são servidores do Ministério das Relações Exteriores de terem passaportes oficiais ou diplomáticos. A outra vitória trata da permissão de uso para os servidores, no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, do nome social adotados por aqueles que são travestis ou transexuais.

Para o secretário da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, que representou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, na 14ª Parada de Orgulho Gay, o combate à homofobia, que já fazia parte do Programa Brasil sem Homofobia, é fundamental na luta pelo direito à dignidade e o respeito à diferença no Brasil. “A SID criou, em 2004, um Grupo de Trabalho para fomentar as manifestações culturais do segmento LGBT em todo o país”, informa Córdula. Segundo ele, a SID/MinC apoia, desde 2005, a realização das Paradas de Orgulho LGBT e já realizou dois concursos culturais voltados para o segmento, além de dois prêmios culturais (2008 e 2009) que contemplaram 60 projetos culturais desenvolvidos por pessoas da comunidade LGBT.

terça-feira, 8 de junho de 2010

“SISTEMA NACIONAL DE CULTURA JÁ: um direito cidadão”

O artigo 215 da Constituição Federal institui que o “Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais”, o acesso a cultura como direito cidadão. Ao longo da nossa história esse direito não está sendo exercitado: a maior parte da população não tem garantido o acesso a teatros, museus, cinemas, apresentações de dança, teatro, circo, entre outros bens culturais, bem como a classe artística, a continuidade de sua produção cultural e sua circulação.

É preciso conquistá-lo. Nesse momento há um conjunto de Propostas de Emendas Constitucionais e Projetos de Lei transitando no Legislativo que pretende transformar essa realidade implantando o Sistema Nacional de Cultura. A proposta é criar uma adesão nacional solicitando URGENTE aprovação pelo legislativo através do movimento “SISTEMA NACIONAL DE CULTURA JÁ: um direito cidadão”.

Apelamos a todos a enviar mensagens para deputados, senadores e poder executivo para que aprovem as leis:

Sugerimos que seja feito de maneira individual através de assinatura eletrônica no documento anexo e também o envio desse mesmo texto, através de seus Fóruns, Movimentos, coletivos, grupos, instituições, ONGs, OSCIPs e outras organizações.

VAMOS ENCHER A CAIXA DE MENSAGENS DOS POLÍTICOS PARA APROVAREM JÁ A NOSSA LEI DA CULTURA E COMPARECER AO CONGRESSO NACIONAL, SE POSSÍVEL.

MOVIMENTO “SISTEMA NACIONAL DE CULTURA JÁ: um direito cidadão”

A favor da aprovação imediata nas diferentes instâncias do Congresso Nacional, do Sistema Nacional de Cultura integrado pelas seguintes Propostas de Emendas Constitucionais e Projetos de Lei:

PEC No. 416/2005, que institui o Sistema Nacional de Cultura;

PEC No.150/2003, para destinação de recursos à cultura;

PEC No. 236/2008, para inserção da cultura no rol dos direitos sociais no Art. 6º da Constituição Federal;

Projeto de Lei que institui o Plano Nacional de Cultura;

Projeto de Lei que institui o Programa de Fomento e Incentivo à Cultura – PROCULTURA;

Projeto de Lei de Regulamentação do Sistema Nacional de Cultura;

E a Lei Nacional da Cultura

POR QUÊ UM SISTEMA NACIONAL DE CULTURA?

Garantir o acesso, a proteção, e promoção da diversidade cultural brasileira;

Legitimar o Sistema Nacional de Cultura como instrumento de articulação e promoção de políticas publicas de cultura com participação e controle da sociedade civil, envolvendo todos os entes federados (instâncias municipal, estadual e distrital).

O Movimento emergiu a partir da realização do SEMINÁRIO NACIONAL DE DANÇA: sociedade civil, organizações e os espaços de participação que contou com a participação:

Fórum de Dança da Bahia

Fórum de Dança de Curitiba

APRODANÇA/SC

ASGADAN/RS

Contacto Associação Cultural/ PR

Emovimento Consultoria e Produção/PR

Universidade Estadual de Santa Catarina

Grupo de Dança da Faculdade de Artes do Paraná/ PR

Muovere Cia de Dança Contemporânea/ RS

Secretaria Municipal de Cultura de Votorantim/SP

Academia Romani/ Guarapuava

José Maria de Almeida Júnior - Conselheiro Municipal de Cultura da cidade de Londrina

Danieli Pereira - Diretora de Produção do Ballet de Londrina e Coordenadora do Festival de Dança de Londrina

Entrando em Contato/SC

Ronda Grupo de Dança e Teatro/SC

Ana Maria Alonso Krishcke/ SC

MDC Mobilização Dança Contemporânea de Curitiba

Hany Lissa Morgenstern/Curitiba-PR

TrirA Centro de Artes & Aprimoramento Humano/PR

Projeto Dentro da Dança – Lisa Jaworski Produções

5inco Dança Cênica – Jaraguá do Sul/SC

Entretantas Produções - movimentando ideias /PR

Fórum de Artes Visuais - Paraná

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Indígenas elegem liderança Pankararu para conselheira

Culturas Indígenas
Indígenas elegem liderança Pankararu para conselheira do CNPC
A liderança indígena Pankararu Maria das Dores do Prado é a nova conselheira do Colegiado de Culturas Indígenas junto ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). Ela foi eleita pelos membros do Colegiado do segmento durante encontro nos últimos dias 31 de maio e 1º de junho, no Hotel St. Paul em Brasília. Além da titular Dora Pankararu, o Colegiado de Culturas Indígenas elegeu ainda, como suplente, Sérgio dos Santos, da etnia Galibi Marworno, do Amapá.
Nascida em uma aldeia Pankararu do interior do Pernambuco, Maria das Dores lidera uma comunidade da etnia, formada por cerca de 2 mil pessoas, que está situada no estado de São Paulo desde a década de 50. A nova conselheira do CNPC começou a atuar na defesa dos Pankararu a partir de 1997 e, em 2004, passou a integrar também o Conselho Estadual dos Povos Indígenas.
“Agora terei um desafio maior que é representar, politicamente, toda a diversidade dos povos étnicos existentes no nosso país. Terei oportunidade de trabalhar pelo coletivo do segmento, levando em conta toda a complexidade das nossas comunidades indígenas”, declarou a pedagoga Dora Pankararu depois de eleita como representante do Colegiado no CNPC. Ela acredita que a sua eleição foi um reconhecimento do grupo pelo seu trabalho em defesa da cultura dos povos indígenas.
Plano Nacional e Fundo Setorial do segmento
Os novos membros do Colegiado, eleitos na etapa setorial da II Conferência Nacional de Cultura, no início de março, em Brasília, discutiram também minuta de propostas para a elaboração do Plano Nacional de Culturas Indígenas, além dos projetos prioritários do segmento que terão investimentos dos recursos do Fundo Setorial de Culturas Indígenas.
O segmento de Culturas Indígenas será um dos beneficiados com a criação do Fundo da Diversidade que integra o Procultura, projeto de lei que substituirá a Lei Rouanet e que está em tramitação no Congresso Nacional. O Fundo da Diversidade será aplicado em projetos e Editais desenvolvidos no âmbito das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural e da Cidadania Cultural, e da Fundação Cultural Palmares.
Para acompanhar as discussões do Comitê Gestor do Fundo, o Colegiado de Culturas Indígenas escolheu ainda dois representantes do setor para integrar o Comitê Gestor do Fundo. Maurício Fonseca, representante da sociedade civil e Farney Tourinho de Souza, da etnia Kambeba, situada na região do Alto Solimões, no Amazonas, foram os eleitos para representar o segmento nas discussões sobre o Fundo da Diversidade.
Foi criado também um Grupo de Trabalho para elaborar o documento final do Plano Nacional de Culturas Indígenas. Os integrantes do Colegiado elegeram quatro representantes sendo que João Pacheco e Maurício Fonseca ficaram como titulares e Luiz Donizete e Vanda Macuxi como suplentes.
(Heli Espíndola - Comunicação/SID)

GRUPO JUNINO TEM TEM

Fundado por um grupo de amigos na praia do cruzeiro no Distrito de Icoaraci, Belém - Pará em 30 de Maio de 1930, O Pássaro Junino teve como seu 1º Guardião o Sr. Manoel da Silva (Peixe Frito). Após seu falecimento sua família transferiu a direção do Grupo para o Sr. Raul Almeida, também residente em Icoaraci, mais tarde mudou-se para Belém levando consigo o grupo.
Em Belém, após o falecimento do Sr. Raul, o grupo passou a ser dirigido por Feliciano, cujo sobrenome ignora-se. Sabe-se, porém, que o mesmo era organizador do Boi-Bumbá “Novo Querido” e do Parque de Diversões “Prado Novo” no bairro do Telégrafo (Rua Djalma Dutra). O Grupo ficou por pouco tempo com o Sr. Feliciano e que o esmo, chama o Sr. Aldifax de Campos Jordão, mais conhecido como seu Antonio, para que viesse tomar conta do Tem- Tem haja vista que, o Sr., Antonio era simpatizante e colaborador do grupo o mesmo aceitou o desafio e dirigiu o grupo até 1977.
Mais tarde devido uma grande enfermidade o Sr. Aldifax manda chamar o Sr. João Ramos, conhecido por João de Guapindaia, que além de ser brincante do Tem – Tem, seu João era também, Pai de Santo. Seu João aceitou o Convite, desse ano até o ano de 2.000 Seu João Guapindaia, conduziu o Pássaro. O mesmo ( João) tinha um grande zelo pelo grupo e seus brincantes. Já doente chama a Srta. Marilza Tavares que era brincante do grupo junto com sua irmã e seu irmão, para que viesse deixar o Tem – Tem a ensaiar em sua residência no bairro do Guamá, mais, com a seguinte condição que o Pássaro saísse de sua residência no Bairro da Pedreira e mesmo depois de seu falecimento ela ( Marilza) não deixasse o Grupo acabar. Marilza em conjunto com sua família aceitaram. No ano de 2003 seu João falece isso no mês de Maio, mês em que o Grupo estava preparando-se para sair, chega a noticia de seu falecimento. A Família do Sr. João manda chamar Marilza e seus familiares para que dessem continuidade com o Grupo, coisa que seu João também deixou escrito e, até os dias de hoje Marilza e sua família conduzem com recursos próprios o Tem – Tem. O Grupo participou de diversos Concursos realizados pela Prefeitura Municipal de Belém através da Fumbel, Secult em conjunto com a Associação dos Grupos de Folclore de Belém. Sendo Tri Campeão pela Secult e Campeão do último concurso realizado pela FUMBEL. Ganhou 2 Editais do Minc Mestre Duda 100 anos de Frevo e Mestra Dona Izabel, já no Governo do Estado Ganhou o Prêmio Culturas Populares Adelermo Matos e ainda foi selecionado no Edital de Pautas Unificados dos Teatros onde este Grupo apresentará o Espetáculo “ A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA” no Teatro da Paz no mês de Junho, de autoria do Sr. Raimundo Souza ( Casquinho) adaptado por Pedro da Conceição e readaptado pelo Mestre ( reconhecido pelo Minc em 2004) e Afro Religioso Antonio Ferreira. Participando do elenco 65 atores entre crianças, adolescentes, jovens e adultos tod@s do bairro do Guamá.
A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA
SINOPSE
Em meados do século XVIII, existia na Amazônia uma família que era comandada por um marques Chamado Valério de Bolema que tinha duas filhas, Valquiria ( uma moça má, que sempre jogava toda sua família de contra o Pai) , Paulo e Frinéia essa era apaixonada por um caçador que também tinha um título nobiliárquico (Conde Eduardo de Luprê) e uma esposa cujo nome era Cláudia de Bolena. Esse mesmo Marques foi com um de seus empregados ( na época eram conhecidos como lacaio) era ambicioso ao ponto de preparar uma emboscada e atiçar os índios da aldeia de Agaiagnê, Essa emboscada era para acabar com uma família cujo seu líder era Ricardo Devalon ( Conde) que possuía uma esposa Ruth( Valério era apaixonado) Dyracy ( tinha 2 anos) e Diromar ( que estava com seus avós passando uns tempos). Nessa incitação os índios pensaram que Ricardo teria desrespeitado suas terras chegando agredir o Conde ao ponto da esposa ser morta ele, cego e levaram sua filha. Após 17 anos Ricardo volta as suas propriedades e relata tudo para sua filha ( Diromar) que por ter perdido sua mãe, seus avó, sua irmã e vendo seu pai cego, tornou-se uma mulher má ( Feiticeira). Ao término do relato, Diromar promete destruir Valério através de seu filho ( Paulo) conquistando o seu coração. Mais tarde Ricardo e Diromar são presos pelos índios que tinha uma índia favorita chamada de Piapotira, essa que deu ordem para que a prisão acontecesse pois, queria conversar com Ricardo, no meio de sua conversa ela relata que Ricardo era seu Pai o mesmo falou ( Eu sabia, eu sabia, o meu coração de Pai não me enganava, minha filha, minha querida dyracy como sofro em não poder expandir minha alegria neste momento sublime e venturoso em que a misericórdia de nosso Pai Celestial derrama seu amor como bálsamo nas chagas de um coração indolarado de um pobre. Minha filha!!Eu queria ter aventura de poder enxegár-te, mais não posso, por que a maldade do mundo roubou-me esse direito de Pai). Ao término dessas palavras Piapotira jura por Tupã ( seu Deus) que iria se vingar do maldito marques de são lourenço o verme púdrido que o mundo conhecia como Valério de Bolena. Feita essa jura Diromar disse-lhe que também participaria, as duas em conjuntos com os índios seqüestraram Cláudia e Frinéia. Cláudia foi morta na frente da sua filha enquanto Frinéia ficou cega ( Assim como o meu Pai tem vivido nas trevas, tu também irás viver – Palavras de Piapotira). Mais tarde vem a descoberta, Diromar, aparece para Valério e lhe diz que Ricardo Devalon era seu Pai, com esse esclarecimento Valério começa a apresentar sintomas de loucuras, Diromar manda Piapotira apresentar Frinéia ( Cega) que diz a Paulo, Eduardo, Valquiria, Eliana ( Dama de Companhia) que os Índios antes de a cegarem teriam matado Cláudia com essa informação, Piapotira manda Kayaganê apresentar para Valério sua esposa, o mesmo ao ver enlouquece de vez, ao ponto de falar com sua esposa morta. Paulo dia para Diromar o porquê disso tudo, pois ele acreditava em seu amor, a mesma relata que ela não o amava tudo foi uma encenação. Paulo com raiva atira em Diromar quando vai para matar Piapotira um dos índios o mata com uma flechada. E com isso Piapotira fez sua Justiça. Valério termina como louco e Valquiria com remoço e pena de seu Pai.