segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ousar lutar, ousar vencer!

São inegáveis os avanços obtidos no último período a partir do fortalecimento da unidade da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e partidos progressistas, que se somam para pressionar por mudanças, construir uma nova sociedade e garantir a efetivação de um novo patamar de direitos.

De forma unitária, com marchas a Brasília, mobilizações e greves, as centrais sindicais conquistaram, entre outros importantes avanços, a política de valorização do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda, a ratificação da Convenção 151 da OIT - que estabelece a negociação coletiva no serviço público - e o seu próprio reconhecimento legal enquanto entidades representativas da classe.

No dia 1º de junho em Assembleia no Pacaembu, na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, as centrais apresentaram uma plataforma comum pelo fortalecimento do Estado, apontando propostas como a defesa das riquezas do pré-sal, da jornada de 40 horas semanais e a aprovação do projeto de combate à terceirização. Para a concretização desta pauta, será necessário envolver e mobilizar milhões de brasileiros, rompendo com o manto da invisibilidade da grande mídia, meio de contaminação da ideologia e dos mesquinhos interesses dos seus proprietários sobre os interesses da coletividade.

Prova disso é que, diariamente, os grandes jornais e as emissoras de rádio e televisão estampam sua contrariedade com a integração latino-americana, cujo êxito social e econômico se reflete na diversidade do nosso intercâmbio comercial e de uma maior independência frente aos EUA e à Europa. Caso o país seguisse o receituário tucano, ecoado por sua mídia, estaríamos mais vulneráveis à crise internacional, com menos condições de definir soberanamente o nosso próprio destino.

Recentemente, na busca incessante da paz, o governo brasileiro foi o pilar de um acordo com o Irã. Inconformado com tamanho protagonismo, esses mesmos jornais, rádios e tevês alinharam-se com os interesses belicistas dos Estados Unidos, afrontando o desejo de toda a Humanidade. Foi assim que passaram a reproduzir em seus editoriais, entrevistas e reportagens o complexo de inferioridade de quem não vê a grandiosidade de uma política externa independente, mas de quem quer o país de joelhos, subalterno, capacho das grandes potências imperialistas e de suas guerras de rapina.

O fato é que, ao longo de mais de uma década, resistimos, no Brasil e no mundo todo, à política neoliberal de entrega das nossas riquezas e privatização do patrimônio público, à perda de direitos, ao arrocho dos salários, à terceirização e à degradação das condições de vida e trabalho. Nos mantivemos de pé e, a partir da eleição do presidente Lula, começamos a virar aquela página sombria de traição ao povo e ao país, implementando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para dotar o país da infraestrutura necessária ao desenvolvimento, ampliando os espaços democráticos de participação popular com as inúmeras Conferências Nacionais de Educação, Cultura e Comunicação, abrindo a porta para os negros nas universidades públicas, combatendo a discriminação contra as mulheres com a Lei Maria da Penha, estimulando a participação da juventude e valorizando os aposentados e pensionistas, com reajustes superiores à inflação.

Agora é o momento de seguir em frente. Demos e tucanos se propõem a escrever com Serra, ministro de FHC, a reedição daquele desgoverno de triste memória, de criminalização dos movimentos sociais, que entregou a Vale do Rio Doce e tentou até privatizar a Petrobrás. Felizmente, o Brasil amadureceu e as forças políticas e sociais se encontram em melhores condições para fazer o enfrentamento político-eleitoral e derrotar os representantes do passado, construindo alianças para ir além das conquistas do presente rumo à efetiva emancipação nacional.

Ao lado da classe trabalhadora e de todo o povo brasileiro, vamos juntos descortinar um novo futuro de progresso, justiça e solidariedade.

APRESENTAÇÃO DO PÁSSARO TEM TEM

DIA 18: TEATRO DO CENTUR

DIA 19: MEMORIAL DOS POVOS IMIGRANTES

HORA: 19:00

ENTRADA FRANCA

Fundado por um grupo de amigos na praia do cruzeiro no Distrito de Icoaraci, Belém - Pará em 30 de Maio de 1930, O Pássaro Junino teve como seu 1º Guardião o Sr. Manoel da Silva (Peixe Frito). Após seu falecimento sua família transferiu a direção do Grupo para o Sr. Raul Almeida, também residente em Icoaraci, mais tarde mudou-se para Belém levando consigo o grupo.

Em Belém, após o falecimento do Sr. Raul, o grupo passou a ser dirigido por Feliciano, cujo sobrenome ignora-se. Sabe-se, porém, que o mesmo era organizador do Boi-Bumbá “Novo Querido” e do Parque de Diversões “Prado Novo” no bairro do Telégrafo (Rua Djalma Dutra). O Grupo ficou por pouco tempo com o Sr. Feliciano e que o esmo, chama o Sr. Aldifax de Campos Jordão, mais conhecido como seu Antonio, para que viesse tomar conta do Tem- Tem haja vista que, o Sr., Antonio era simpatizante e colaborador do grupo o mesmo aceitou o desafio e dirigiu o grupo até 1977.

Mais tarde devido uma grande enfermidade o Sr. Aldifax manda chamar o Sr. João Ramos, conhecido por João de Guapindaia, que além de ser brincante do Tem – Tem, seu João era também, Pai de Santo. Seu João aceitou o Convite, desse ano até o ano de 2.000 Seu João Guapindaia, conduziu o Pássaro. O mesmo ( João) tinha um grande zelo pelo grupo e seus brincantes. Já doente chama a Srta. Marilza Tavares que era brincante do grupo junto com sua irmã e seu irmão, para que viesse deixar o Tem – Tem a ensaiar em sua residência no bairro do Guamá, mais, com a seguinte condição que o Pássaro saísse de sua residência no Bairro da Pedreira e mesmo depois de seu falecimento ela ( Marilza) não deixasse o Grupo acabar. Marilza em conjunto com sua família aceitaram. No ano de 2003 seu João falece isso no mês de Maio, mês em que o Grupo estava preparando-se para sair, chega a noticia de seu falecimento. A Família do Sr. João manda chamar Marilza e seus familiares para que dessem continuidade com o Grupo, coisa que seu João também deixou escrito e, até os dias de hoje Marilza e sua família conduzem com recursos próprios o Tem – Tem. O Grupo participou de diversos Concursos realizados pela Prefeitura Municipal de Belém através da Fumbel, Secult em conjunto com a Associação dos Grupos de Folclore de Belém. Sendo Tri Campeão pela Secult e Campeão do último concurso realizado pela FUMBEL. Ganhou 2 Editais do Minc Mestre Duda 100 anos de Frevo e Mestra Dona Izabel, já no Governo do Estado Ganhou o Prêmio Culturas Populares Adelermo Matos e ainda foi selecionado no Edital de Pautas Unificados dos Teatros onde este Grupo apresentará o Espetáculo “ A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA” no Teatro da Paz no mês de Junho, de autoria do Sr. Raimundo Souza ( Casquinho) adaptado por Pedro da Conceição e readaptado pelo Mestre ( reconhecido pelo Minc em 2004) e Afro Religioso Antonio Ferreira. Participando do elenco 65 atores entre crianças, adolescentes, jovens e adultos tod@s do bairro do Guamá.

A JUSTIÇA DE PIAPOTIRA

SINOPSE

Em meados do século XVIII, existia na Amazônia uma família que era comandada por um marques Chamado Valério de Bolema que tinha duas filhas, Valquiria ( uma moça má, que sempre jogava toda sua família de contra o Pai) , Paulo e Frinéia essa era apaixonada por um caçador que também tinha um título nobiliárquico (Conde Eduardo de Luprê) e uma esposa cujo nome era Cláudia de Bolena. Esse mesmo Marques foi com um de seus empregados ( na época eram conhecidos como lacaio) era ambicioso ao ponto de preparar uma emboscada e atiçar os índios da aldeia de Agaiagnê, Essa emboscada era para acabar com uma família cujo seu líder era Ricardo Devalon ( Conde) que possuía uma esposa Ruth( Valério era apaixonado) Dyracy ( tinha 2 anos) e Diromar ( que estava com seus avós passando uns tempos). Nessa incitação os índios pensaram que Ricardo teria desrespeitado suas terras chegando agredir o Conde ao ponto da esposa ser morta ele, cego e levaram sua filha. Após 17 anos Ricardo volta as suas propriedades e relata tudo para sua filha ( Diromar) que por ter perdido sua mãe, seus avó, sua irmã e vendo seu pai cego, tornou-se uma mulher má ( Feiticeira). Ao término do relato, Diromar promete destruir Valério através de seu filho ( Paulo) conquistando o seu coração. Mais tarde Ricardo e Diromar são presos pelos índios que tinha uma índia favorita chamada de Piapotira, essa que deu ordem para que a prisão acontecesse pois, queria conversar com Ricardo, no meio de sua conversa ela relata que Ricardo era seu Pai o mesmo falou ( Eu sabia, eu sabia, o meu coração de Pai não me enganava, minha filha, minha querida dyracy como sofro em não poder expandir minha alegria neste momento sublime e venturoso em que a misericórdia de nosso Pai Celestial derrama seu amor como bálsamo nas chagas de um coração indolarado de um pobre. Minha filha!!Eu queria ter aventura de poder enxegár-te, mais não posso, por que a maldade do mundo roubou-me esse direito de Pai). Ao término dessas palavras Piapotira jura por Tupã ( seu Deus) que iria se vingar do maldito marques de são lourenço o verme púdrido que o mundo conhecia como Valério de Bolena. Feita essa jura Diromar disse-lhe que também participaria, as duas em conjuntos com os índios seqüestraram Cláudia e Frinéia. Cláudia foi morta na frente da sua filha enquanto Frinéia ficou cega ( Assim como o meu Pai tem vivido nas trevas, tu também irás viver – Palavras de Piapotira). Mais tarde vem a descoberta, Diromar, aparece para Valério e lhe diz que Ricardo Devalon era seu Pai, com esse esclarecimento Valério começa a apresentar sintomas de loucuras, Diromar manda Piapotira apresentar Frinéia ( Cega) que diz a Paulo, Eduardo, Valquiria, Eliana ( Dama de Companhia) que os Índios antes de a cegarem teriam matado Cláudia com essa informação, Piapotira manda Kayaganê apresentar para Valério sua esposa, o mesmo ao ver enlouquece de vez, ao ponto de falar com sua esposa morta. Paulo dia para Diromar o porquê disso tudo, pois ele acreditava em seu amor, a mesma relata que ela não o amava tudo foi uma encenação. Paulo com raiva atira em Diromar quando vai para matar Piapotira um dos índios o mata com uma flechada. E com isso Piapotira fez sua Justiça. Valério termina como louco e Valquiria com remoço e pena de seu Pai.

FICHA TÉCNICA

Guardiã: Marilza Tavares

Diretor Artístico e Produtor : Mestre Antonio Ferreira

Assistente de Direção: Raimundo Roldão.

Sonoplasta: Clayton Ferreira

Figurinista e Costureira : Maria Eliete e Raimunda Amaral

Bordadeiros/as : Carlos Alberto, Sandro, Madalena, Joice Gomes e Marilza Tavares

Assistente de Palco: Antonio Carlos Ferreira , José Luiz e Gilberto

ELENCO:

Valério de Bolena _______________________________________Raimundo Roldão

Cláudia de Bolena _______________________________________Creuza Santos

Paulo de Bolena _________________________________________Bruno

Valquiria de Bolena ______________________________________ Ana Lúcia

Frinéia _________________________________________________ Olinda Charone

Eliana (Dama de Companhia) _______________________________ Flávia

Eduardo de Luprê ( Caçador) ________________________________ Silvio Silva

Ricardo de Valon _________________________________________Antonio Ferreira

Ruth de Valon ___________________________________________ Joice Gomes

Diromar ( Feiticeira) ______________________________________ Tais Amaral

Mrian ( Fada) ____________________________________________ Karine Jansen

Eraldo ( Lacaio) __________________________________________ Lucas Mesquita

Tem Tem ( Porta Pássaro) ___________________________________Darlene Ramos

MATUTAGEM

Vidêncio ( Matuto Paraense) __________________________________ Valmir Santos

Chifornésia ( Esposa do Paraense) ______________________________ Graça

Mituca ( Filho do Casal ) _____________________________________ Adélcio

Demetério ( Cearense) _______________________________________ Evandro

Xerumbina ( Filha do Cearense) ________________________________ Michelle

Cabo Maravilha _____________________________________________ Alberto

MALOCA

Acaiganê ( Morubichaba) ____________________________________ Erivan

Piapotira ( Índia Favorita) ____________________________________ Daiana Santos

Tianubia ( 1º Guerreiro) _____________________________________ Carlos Alberto

Kirimauá ( 2º Guerreiro) ______________________________________ Sandro

Jandira ( Tuxaua) ____________________________________________ Sueli

E mais a maloca

Madalena, Socorro, Jarinete, Marlene

Corpo de Balé comandado por Lais Amaral e Edinaldo

SEPPIR faz acordo com DEM para votar Estatuto da Igualdade

Brasília - O senador Demóstenes Torres (DEM-Goiás), que em março passado tentou fazer a revisão da história negando um dos aspectos mais perversos do escravismo - o estupro das mulheres negras -, conseguiu o que parecia impossível: um acordo com a SEPPIR para votar o Estatuto da Igualdade Racial.

O texto do relator que irá à votação suprime pontos como as cotas – já implantadas em mais de 90 universidades brasileiras – rejeita qualquer menção as desigualdades “derivadas da escravidão”, nega a existência de uma identidade negra no país e repõe os pressupostos do mito da democracia racial, que negam os efeitos do racismo.

Com o acordo o projeto do Estatuto na versão Demóstenes, será votado na sessão da próxima quarta-feira, dia 16 de junho, a partir das 10h, um dia depois da estréia do Brasil na Copa do Mundo e às vésperas do recesso parlamentar de julho.

Aval do ministro

A Afropress apurou que o acordo teve o aval do ministro chefe da SEPPIR, Elói Ferreira de Araújo (foto). O senador Paulo Paim – autor do projeto do Estatuto apresentado em 2003 -, também participou das negociações. Paim, porém, mostrou-se resistente as alterações feitas por Demóstenes e evitou, até o momento, fazer declaração pública defendendo o acordo.

A jornalista Sandra Almada, da Assessoria de Comunicação da SEPPIR, não quis falar sobre os termos do acordo, mas adiantou que nesta sexta-feira (11/05) será distribuído documento com a posição da Secretaria defendendo o entendimento para aprovação do projeto como um primeiro passo.

A SEPPIR defende que o texto de Demóstenes mantém uma série de avanços e ao mesmo tempo abre espaço para negociações futuras. O entendimento é de que “se trata de um passo, um ponta-pé inicial que terá vários desdobramentos .

Retrocesso

O senador Demóstenes Torres mantém na sua versão do Estatuto as posições defendidas na Audiência Pública, promovida em março deste ano pelo Supremo Tribunal Federal para discutir as ações afirmativas e cotas na Universidade de Brasília (UnB).

O senador demista tornou-se o pivô de uma polêmica e despertou a indignação, especialmente das mulheres, ao propor a revisão da história, fazendo a defesa de que as mulheres negras teriam consentido nos estupros em massa de que foram vítimas no período do escravismo.

No texto, o senador goiano é enfático na defesa do mito da democracia racial. “Geneticamente, raças não existem. Na medida em que o Estado brasileiro institui o Estatuto da Igualdade Racial, parte-se do mito da raça. Deste modo, em vez de incentivar na sociedade brasileira a desconstrução da falsa idéia de que raças existem, por meio do Estatuto referido o Estado passa a fomentá-la, institucionalizando um conceito que deve ser combatido, para fins de acabar com o preconceito e com a discriminação“, afirma.

Ele também nega os efeitos do racismo – que aparece em todos os indicadores sócio-econômicos -, rejeita qualquer menção a raça no Estatuto, nega-se a reconhecer a existência de uma identidade negra no Brasil (“o que existe é uma identidade brasileira”) e minimiza os efeitos da cultura da discriminação que atinge predominantemente negros.

“Não existe no Brasil uma “identidade negra”, paralela a uma “identidade branca. O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação no País não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada, na qual os valores nacionais são vivenciados pelos negros e pelos brancos”, conclui.

O senador goiano do Democratas vai além. “Encontram-se elementos da cultura africana em praticamente todos os ícones do orgulho nacional, seja na identidade que o brasileiro tenta construir, seja na imagem do País difundida no exterior, como samba, carnaval, futebol, capoeira, pagode, chorinho, mulata e molejo.

Desse modo, acrescenta, existem valores nacionais brasileiros que são comuns a todos os tipos e cores que formam o povo. Por nunca ter havido a segregação das pessoas por causa da cor, foi possível criar um sentimento de nação que não distingue a cultura própria dos brancos da cultura dos negros”.

Estranheza

Por enquanto, apenas os APNs – Agentes Pastorais Negros, organização com origens na Igreja Católica -, assumiram publicamente a defesa do acordo com Demóstenes. Segundo o coordenador nacional dos APNs, Nuno Coelho, “não é o momento de discutirmos os pontos frágeis do projeto e nem criarmos embate com os contrários a versão final do Estatuto, mas sim de garantirmos a imediata aprovação deste documento que será objeto de emendas no futuro”.

Coelho está mobilizando os Agentes pastorais negros para estarem em Brasília e o movimento negro para lotar as galerias do Senado para pressionar os parlamentares. Não explica o porque haveria a necessidade de pressão se já houve um acordo, inclusive avalizado pela SEPPIR.