quinta-feira, 26 de maio de 2011

ARTISTA CONSIDERA CANCELAMENTO DE EDITAIS DO MINC PREOCUPANTE

Para o representante do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura Geo Britto, o cancelamento pelo Ministério da Cultura (MinC) de editais de 2010 para o projeto Ponto de Cultura preocupa os artistas. “Os pontos de cultura não apenas garantem o acesso a cultura como permitem que a própria população mostre a sua arte”, afirmou. Os editais receberam pareceres contrários da Advocacia-Geral da União.

Britto participa de audiência pública da Comissão de Educação e Cultura sobre o do Projeto de Lei 757/11, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que torna o Cultura Viva um programa permanente do MinC.

Marcha

Ontem, na Câmara, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, recebeu cerca de 260 representantes da Marcha Nacional do Movimento Pontos de Cultura. Vindos de 17 estados, os manifestantes pediram a aprovação do PL 757/11.

Durante a reunião, integrantes da marcha relataram à ministra os problemas que têm enfrentado por conta de atrasos na liberação de verbas. Ana de Hollanda disse apoiar as reivindicações dos representantes dos pontos de cultura, mas afirmou que em relação às liberações orçamentárias é preciso seguir as normas estabelecidas pela Lei das Licitações (8.666/93).

Segundo Geo Britto, a fiscalização dos Pontos de Cultura deve ser diferenciada. “A lei tem que tratar de forma diferenciada os diferentes”, disse, ressaltando que os pontos de cultura não são grandes produtores, mas artistas populares muitas vezes com dificuldades de garantir sua sobrevivência por meio da arte. “Não são os Pontos de Cultura que têm problema com o marco legal; é o marco legal que tem problemas com os Pontos de Cultura”, complementou.

“A desnacionalização da economia no Brasil não encontra paralelo no planeta”

Nesta página, apresentamos aos nossos leitores uma conden- sação da palestra proferida pelo desembargador Pedro Vals Feu Rosa, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, aos membros da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG). O motivo, naturalmente, é sua justa análise do principal problema que hoje o nosso país enfrenta para encontrar-se firmemente plantado no terreno do desenvolvimento: a desnacionalização da sua econo- mia. Não é, sem dúvida, um problema difícil de superar, principalmente quando a crise dos EUA, Europa e Japão está longe de ter um fim à vista, se devidamente reconhecido como problema - e enfrentado. O principal obstáculo, desde os governos Collor e Fer- nando Henrique - que escancararam o país a essa praga - tem sido puramente ideológico: a concepção de alguns, que projetam sua própria inferioridade no país, de que desnacionalizar é um avanço, de que aquilo que é nacional é atraso, ou, na forma atual, de que a base do crescimento é o capital estrangeiro, vale dizer, o chamado “investimento direto estrangeiro”, que significa meramente a venda de nossas empresas para empresas externas. Como nota o desembargador, jamais houve país que se desenvolvesse com essa base, pela simples razão de que as empresas externas não vêm desenvolvê-lo, mas extrair lucros máximos e enviá-los para suas matrizes. Em suma, essas empresas fazem parte de outras economias, não da nossa, onde são tentáculos dessas outras economias. Sem dúvida, é possível conviver com empresas estran- geiras na economia nacional - o que não é possível, se quisermos nos desenvolver, é que elas determinem a dinâmica da economia, que destruam elos internos da cadeia produtiva em prol de seus próprios elos externos, ou, o que é outra forma de dizer o mesmo, que elas ocupem o papel central em todo e qualquer ramo da nossa economia. Não por acaso, quando o presidente Lula fez do crescimento o foco de seu segundo mandato, recorreu aos investimentos públicos que são o motor do Plano de Aceleração do Cres- cimento (PAC), apesar das vagas de “investimento direto estran- geiro” que invadiam o país desde o governo Fernando Henrique.


(C.L.)

PEDRO VALS FEU ROSA

Dia desses, meio que ao acaso, conversava eu com um amigo sobre um curioso aspecto da História, qual o de iludir as mentes mais desavisadas quanto a fatos ou processos contemporâneos. É realmente curioso verificarmos que, nos momentos mais agudos da história de países ou povos, muitos dos que os viveram sequer se deram conta da importância dos fatos que testemunharam.

Darei um exemplo: a queda do Império Romano. Eis aí um dos momentos cruciais da História. Curiosamente, no entanto, poucos romanos se deram conta disso! Recuso-me a acreditar na cena de alguém chegando em casa e comentando com a esposa: “Maria, acabei de saber ali na praça que o Império Romano acabou”, ou “Maria, já estamos na Idade Média! Acabaram de me falar isso ali na esquina”.

Pelos mesmos motivos, não nos passa pela cabeça que algum arauto, em uma das praças de Florença, tenha anunciado, com a voz solene características das grandes ocasiões, a aurora do Renascimento. E quanto à época das grandes navegações? É inimaginável alguma eventual convocação de marinheiros em termos como “está aberta a temporada das grandes navegações. Aliste-se na Marinha e venha participar deste momento histórico”.

Há também a Revolução Industrial. Seria até pitoresco imaginarmos um inglês daqueles dias comentando com amigos que iria abrir alguma fábrica, pois o governo anunciara no dia anterior o início de uma nova era na História.

Todos estes exemplos nos remetem a uma constatação inevitável: a maioria dos processos históricos, principalmente aqueles que independem de um marco notório, simplesmente passa desapercebida aos olhos dos que os testemunham! Só muito depois, no cotejo com a integralidade da trajetória humana, é que eles ganham certidão de nascimento e batismo!

E é assim que a História, através de uma sua faceta até curiosa e pitoresca, nos ensina sobre a importância de avaliarmos o momento presente sob pontos de vista mais amplos, que englobem não somente o passado mas também o futuro - em uma expressão, que situem o presente com a maior precisão possível dentro dos processos que o tempo enseja. Está aí, perfeito e acabado, o que se exige de um povo que se pretenda vencedor: a sensibilidade que o leve a perceber a intensidade do momento presente, e a sabedoria de orientar-se conforme as lições do passado e as aspirações do futuro.

Estas reflexões, aplicadas ao Brasil, nos permitem concluir, e sem maiores dificuldades, estarmos diante de uma das “encruzilhadas da História”. Sim, o nosso país tem estado, ao longo das gerações contemporâneas, em um momento decisivo - e não temos percebido isso enquanto elite de um país!

Das decisões lançadas sobre os ombros de nossa geração, talvez como em poucas vezes ao longo de nossa História, sairá um Brasil moderno e preparado para os desafios do amanhã, ou então um país enfraquecido e dividido.

[Entre os Brics] Rússia, Índia e China trataram de fortalecer seus respectivos parques industriais e tecnológicos nacionais, enquanto que nós fizemos o oposto, vendendo para estrangeiros algumas de nossas melhores empresas.

Em verdade, o processo de desnacionalização da economia que se promoveu no nosso país, até onde pesquisei, não encontra paralelo no planeta!

Citarei um pequeno exemplo: há coisa de um ou dois anos planejou-se vender uma das maiores empresas privadas da França a um grupo norte-americano - um negócio absolutamente lícito. Mas eis que os Poderes constituídos daquele país, de forma aberta e frontal, anunciaram ser aquela empresa uma joia do país, que não poderia ser vendida, e que tudo fariam para impedir o avanço das negociações. O resultado: a empresa continua francesa, e agora revitalizada.

Em nosso país o processo histórico contemporâneo foi diferente: venda-se! Entregue-se! Nos últimos anos, incríveis 60% das empresas brasileiras negociadas foram parar nas mãos de estrangeiros. Foi assim que chegamos no insólito país cujos habitantes compram o leite de suas próprias vacas, a água mineral de suas próprias nascentes e a maioria dos produtos de sua própria terra de empresas estrangeiras aqui instaladas.

Da indústria alimentícia à mineração, da comunicação à siderurgia, dos transportes à energia, o que o Brasil possuía de melhor foi vendido a grupos estrangeiros. Um país não pode se desenvolver verdadeiramente sob tais condições.

Em verdade, vejo sustentando nossa aparente pujança o remeter para fora, a preços aviltantes, riquezas as mais preciosas que temos, a maioria delas de natureza não-renovável. A conta desta cegueira já começará a ser paga pela próxima geração - no ritmo atual de extrativismo, que só aumenta a cada dia, daqui a 82 anos não teremos mais minério de ferro para exportar. Nosso níquel só durará mais 116 anos, o chumbo 96, o nióbio apenas mais 35 anos, o estanho 80, os diamantes 123 e o ouro míseros 43. Sim, o Brasil da Serra Pelada será importador de ouro daqui a mínimos 43 anos!

Permito-me, concluindo este raciocínio, apontar o exemplo do parque agrícola do sul do Brasil. Éramos grandes e poderosos plantadores e exportadores de soja, trigo etc. E eis que, dentro da nossa macropolítica histórica de internacionalização da economia, abrimos nossas fronteiras aos concorrentes argentinos. Ganharam eles, que praticamente levaram à miséria os agricultores dos estados do sul. A quem disser que “em compensação passamos a exportar mais para lá”, e que graças a isto crescemos, responderia que, após consultar a pauta de nossas exportações, constatei que a maior parte dela é de produtos fabricados por empresas estrangeiras aqui instaladas. Em uma frase: sacrificamos nossa agricultura a troco de enriquecermos empresas estrangeiras. Ouso perguntar: isto é crescimento real, sólido e consistente?

Parece incrível, mas vergonhosamente empresas estrangeiras já são responsáveis por 70% de nossas exportações de soja, 15% das de laranja, 13% de frango, 6,5% de açúcar e álcool e 30% das de café! Isto já sangra o Brasil em mais de US$ 12 bilhões a cada ano só a título de remessa de lucros.

Diante desta vergonha fico a pensar nos grandes vultos que, com sacrifício, nos entregaram o Brasil grande que recebemos se contorcendo em suas tumbas, rubros de indignação e revolta com nossa fraqueza e mediocridade. E fico a temer pela cobrança das gerações seguintes, que estão por receber de nossas mãos um país loteado, retalhado, quase que vendido.

Não se diga, cinicamente, em nossa defesa, que a culpa foi do povo. Jamais. Este está lá, padecendo nas íngremes encostas dos nossos morros, trabalhando de sol a sol, semeando e colhendo quase sempre sem apoio algum. Este povo humilde, se algo der errado, terá sido vítima, jamais culpado. A culpa tem sido, é e será nossa. Nós, autoridades, empresários e formadores de opinião somos os responsáveis.

Aliás, não somos. Fomos. Digo isto porque já não vejo condições de o Brasil sair de uma era que talvez no futuro seja batizada por algum historiador de “Período de Internacionalização”, “Era da Alienação”, ou seja lá o que for, para nosso desdouro.

É fato: sem que tenhamos percebido, acabamos de passar por uma das “encruzilhadas da História”. De toda sorte, uma outra está por vir - aquela prevista pelos estudiosos norte-americanos, que nos colocam a partir de 2020 como grandes exportadores de petróleo e alimentos.

Dado o nosso malogro na “encruzilhada anterior”, já estaremos chegando mal a este novo período de riqueza que se avizinha - será ele, em sua maioria, explorado por empresas transnacionais aqui instaladas. Não por acaso, e cito um pequeno exemplo, há poucos dias negociou-se um campo de petróleo situado próximo ao nosso litoral por robustos US$ 7 bilhões!

Estarei exagerando? Não. Olhem em volta. Vão a uma festa qualquer, seja no quintal de um barraco ou nos mais finos salões, e constatem a verdade simples de que ‘quanto mais bandido, mais aplaudido’.

Nossa sociedade já passa a diferenciar os pequenos corruptos dos grandes - aqueles, “normais”, merecedores até de apoio e voto, e estes apenas do nosso servil e respeitoso cumprimento. Como se isto fosse possível!

Este tem sido, lamentavelmente, um comportamento normal e socialmente aceitável. Respirem fundo, fechem os olhos, isolem-se por alguns momentos que seja da rotina frenética deste início de milênio, e experimentem ver a realidade a partir de um ponto de vista só um pouquinho mais alto.

Percebam com que clareza alguns poucos maus semeiam a desgraça pelo mundo - tudo às claras, sob as vistas de todos. Nós - cada um de nós - sabemos seus nomes e o que fazem. Constatem o quanto perdemos em tempo e qualidade de vida por conta deles. Ouçam os gritos dos miseráveis que sofrem abandonados pelas prisões e corredores de hospitais. Escutem, por um instante que seja, o choro das crianças devoradas por ratos em nossas favelas. Vejam - ou melhor, não vejam - os nossos irmãos soterrados pelos deslizamentos de terra, sobre uma terra tão rica como é a do Brasil. E subitamente Pilatos vai nos parecendo mais e mais familiar, diante dos nossos tenebrosos silêncio e passividade.

Cumprir leis em um país nestas condições é tarefa árdua, quase que impossível. E tanto pior quando este debate tem passado ao largo da vida nacional, quase sempre às voltas com simpósios, congressos e conferências sobre “A Importância da Taturana de Peito Rosado no Carnaval do Casaquistão”, “A Influência do Espirro do Urubu na Formação das Correntes Aéreas” ou outros temas de igual jaez, retrato de uma Sociedade que está a dormitar em berço esplêndido.

Não se entenda, com estas palavras, estar eu a sugerir que de uma hora para outra nos transformemos em um Dom Quixote ou coisa do gênero. Jamais. Somos imperfeitos demais para isso. Nossa tão falha natureza humana, em meio aos percalços da vida, jamais deixará de nos dar momentos de Pilatos. Sim, não podemos nós pregar a perfeição ou atirar pedras. Absolutamente. Em verdade, que o Criador compreenda nossas fraquezas humanas é o que esperamos.

Apenas se espera de nós, em um momento tão sério, no qual está sendo definido o destino do nosso país, que, inspirados na divisa de Barroso, cumpramos com o nosso dever. E não temos muito tempo para isso - em mais uma ou duas décadas também este processo histórico estará encerrado, e o Brasil terá ido rumo a um futuro de desigualdade, conflitos sociais e talvez até cisão, ou para um outro de ordem e respeito básico às leis que o conduzirá a uma era de estabilidade e progresso duradouros.

Esta a lição que nos lega a história: um povo corretamente esclarecido é um povo unido, cujo país dificilmente será vencido!

Os meios para isso, a universalização das telecomunicações nos proporciona a cada dia com maior intensidade. É hora, assim, de que cada um de nós vá às ruas, criticar o que tem que ser criticado e defender o que tem que ser defendido. Nossos conhecimentos e recursos já não podem ficar restritos, pois sério o momento presente.

Estejamos, pois, à altura das exigências do momento histórico de nosso país e de suas instituições. Este o chamado da Pátria. Este o nosso dever.

Sou um otimista. Acredito no Brasil. Tenho orgulho do meu país. Quero vê-lo grande. Acima de tudo, quero entregá-lo à próxima geração do mesmo tamanho que este tinha quando me foi confiado. Posso ser apenas um, e insignificante. Mas o Brasil, lutando um novo “Riachuelo” contra o atraso, a miséria e, ouso asseverar, a segregação, espera que cada um cumpra com o seu dever – até mesmo os mais insignificantes.

Seja o maior de nossos receios não a dor do descobrir ou do discutir a verdade, ou mesmo do ser perseguido por causa dela, mas, antes, temamos o julgamento de nossas consciências e a posteridade, dedo acusador em riste, a indagar os motivos de uma timidez que tantos bichos desprotegeu,
“Bichos como o que vi ontem,
Na imundície do pátio,
Catando comida entre os detritos.
Quando encontrava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava.
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
O bicho não era um gato,
O bicho não era um rato.
O bicho, meu Deus,
Era um homem”
(Manuel Bandeira)

Muito obrigado.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

NÃO A DIVISÃO DO ESTADO


Saudações!!
Não deixaria de postar aqui neste espaço o meu posicionamento em relação a discussão exposta:
Conheço o Interior do Estado, assim como conheço também a realidade dessa região. Uma Região muito explorada e cheia de Imigrantes, que chegaram sem nada e muitos são até PREFEITOS. " Concordo" que o Governo Estadual " as Vezes" não chega por completo nessas duas regiões " AS VEZES" mas..Observe o que tem em Santarém implantado pelo Governo Estadual? ( nada?), Em Marabá?, Até mesmo em Itaituba, irei mas adiante, Curionópolis e etc..Após essa análise. Me reporto aos Governos Municipais, será que os problemas que existem nesses Municípios e Regiões são de responsabilidade do Estado?
Cadê a responsabilidade social dos Gestores Municipais e da Sociedade? Observo que todos o Municípios menor que seja tem arrecadação pois tod@s pagam impostos e ai?
Meu amigo Paulo Oliveira, Geovani Queiroz e LIra Maia estão com mandatos a muito tempo então pergunto o que esses Senhores destinaram para essas Regiões? Independente de Prefeito (a) ser de Sigla Partidária A, B ou C?
Fica a pergunta Jonilson, você conhece todos os Municípios das duas Regiões? eu conheço!!
2- Sou contra a DIVISÃO, por entender que o Estado do PARÁ, é lindo na sua diversidade, na sua linguagem e na sua geografia territorial, defendo o nosso égua, pai d' égua. E que tod@s os Imigrantes deveriam ter orgulho pois foi aqui nesse lugar que conheceram suas esposas, seus filhos nasceram.
Enfim,
Eu sou de um País que se chama Pará!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

SER DO SANTO OU ESTAR NO SANTO

Ponho neste momento uma pequena reflexão sobre um assunto que a tempo paira em locais de disussão como Fóruns. Congressos, Seminários, Casas de Santo,Ilês, Roças, Searas e Templos.Com o título ou sub- título: SER DO SANTO OU ENTRAR NO SANTO.
No dia 13 Maio próximo completo 48 anos de vida em que ao nascer neste Mundo Eclético, Transversal, Diversificado " Laico" e " Humano", sempre convivi com esses conceitos, aompanhando minha mãe ( genitora) e minha avó todas duas sendo rodantes. Em casa de santo, vendo vodum, encantados, exús, pretos velhos, êrês e orixás. Senti a minha primeira tontura religiosa aos 05 anos de idade em uma sala de aula, mesmo assim..quano eu mecei a entender esse mundo, não dizia EU SOU DO SANTO, e observem que vnho dês de que nasci...em que minha mãe dançando com seu pequenino mata zombanda, dançava grávida.
Após esse pequeno relato de descendência religiosame paira:
1- Eu posso dizer sou do Santo e não, estou no Santo;
2- Respeito a tod@s as pessoas que entraram no santo através de diversas questões como:
a) Tratamento espiritual;
b) Acompahamento Familiar e;
C) Conhecer novas formas de chegar a um ponto de equlibrio.
Mas..essas pessoaas não podem dizer sou do Santo, elas tem que falar estou no Santo,por esse ou aquele outro motivo, existe casos que a espiritualidade aparece anos após o nascimento para uns com 05, 07 e 09 anos, outros 11,13 e 15 epor ai vai..mas..existe também aquelas pessoas que sentem já na idade adulta. Como também aquelas que deiam uma religiãoe se indetificm com a de Matriz através de sua diversidade de nações, onde quero chegar com essa análise é que essas pessoas que estão no Santo teriam que aprender a respeitar que é do santo ( nasceu ou tem descendência comprovada. Não quero dizer que, ninguém sabe de nada, ninguém aprendeu nada.
Ma..fico feliz quendo muitos dizem SOU DO AXÉ E DAI!!
É com essa visão que termnino..ser do Santo não é pra qualquer pessoa mas..estar no Santo é livre para tod@s..mas...tod@s aprendemos , Respeitar os mais velhos e respeitar as suas coisas..pois nem um axé, ashé ou ásé é igual ado outr, á não ser quando se é da mesma familía.


c)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MinC apresentou aos conselheiros os pontos que devem ser aperfeiçoados na revisão da LDA


A ministra Ana de Hollanda afirmou ontem (04) que o governo decidiu revisar o anteprojeto da Lei de Direitos de Autorais (LDA), antes de encaminhá-lo à apreciação do Congresso Nacional, “para contemplar setores que ainda não se consideravam atendidos”. De acordo com a ministra, que participou da abertura dos trabalhos da 1ª Reunião Extraordinária de 2011 do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) que acontece até hoje (05) em Brasília, “o objetivo é apenas um ajuste para aprimoramento da proposta” .

Márcia Barbosa, diretora de Direitos Intelectuais do MinC, complementou a explanação da ministra afirmando que o anteprojeto não está sendo submetido novamente à consulta pública, mas sim, tendo o seu texto aprimorado, principalmente nas áreas do direito autoral sobre obras digitais e cópias reprográficas. “ Não estamos desautorizando a ampla consulta pública que já foi feita sobre o tema. O que propomos são apenas ajustes finais ”, comentou.

Ela disse que a equipe técnica da DDI identificou a necessidade de aprimoramento em sete eixos temáticos, que são: Limitações ao Direito de Autor; Uso de Obras na Internet; Reprografia de Obras Literárias; Direito de Autor nas Obras decorrentes de Vínculo Laboral; Gestão Coletiva de Direitos Autorais; Supervisão Estatal das entidades de Cobrança e Distribuição de Direitos e Unificação do Registro de Obras.

Segundo o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura e coordenador do CNPC, João Roberto Peixe, os pedidos de revisão vieram principalmente das áreas da música e das artes visuais.

No cronograma apresentado pelo MinC aos conselheiros do CNPC, a previsão da entrega do texto final do anteprojeto da Lei dos Direitos Autorais à Casa Civil é para meados do mês de julho deste ano. Até o final de maio o MinC pretende realizar um evento público para a apresentação e apreciação das contribuições da sociedade na revisão do documento.

Grupo de Trabalho

Foi criado um Grupo de Trabalho, no âmbito do CNPC, para avaliar o texto do anteprojeto, apresentado pela primeira vez aos conselheiros, que já haviam participado das discussões que subsidiaram a elaboração do documento. O anteprojeto foi apresentado pela diretora de Direitos Intelectuais do MinC, Márcia Barbosa. O secretário Executivo do ministério, Vitor Ortiz, fez os comentários sobre os primeiros meses da administração de Ana de Hollanda.

(Texto: Patrícia Saldanha, Ascom/MinC)
(F

HABEMUS SENADOR


Saiu a fumaça branca do Supremo Tribunal Federal anunciando que o Pará já tem um novo senador.
O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o recurso extraordinário apresentado pelo candidato ao Senado pelo Pará nas eleições de 2010, Paulo Rocha (PT).
A decisão individual do ministro Dias Toffoli foi dada no dia 27 de abril. Como não houve publicação da decisão, somente as partes interessadas haviam sido informadas. O STF deve divulgar somente hoje (5) a decisão.
Com a decisão Paulo Rocha assume a vaga de senador pelo Pará, como o blogueiro já havia antecipado no blogue. Aliás, foi o primeiro a levantar essa possibilidade.
A senadora temporária volta pra casa e o Senado Federal ganha um senador com trânsito no Congresso Nacional, experiência comprovada e capacidade de defender os interesses do estado do Pará em Brasília.
Parabéns, Senador do Povo!!!!!

Roldós e Torrijos no relato deum assassino econômico

John Perkins, em seu livro “Confessions of an Economic Hit Man”, traduzido no Brasil como “Confissões de um Assassino Econômico”, define os “assassinos econômicos” (AEs – no original, EHMs, “economic hit men”) como “profissionais altamente pagos que fraudam países em trilhões de dólares ao redor do globo. (…) Suas ferramentas incluem relatórios financeiros fraudulentos, eleições falseadas, subornos, extorsão, sexo, e assassinato. Eles jogam um jogo tão velho quanto os impérios, mas que tem assumido novas e aterrorizantes dimensões durante esta época de globalização”.
Perkins, que foi membro do “Corpo da Paz” do exército norte-americano no Equador, trabalhava para uma empresa de consultoria, a Chas. T. Main, Inc. (MAIN), que se dedicava a essas funções, tendo ligações com uma das principais agências de espionagem dos EUA, a National Security Agency (NSA), geralmente considerada mais eficiente (não é difícil imaginar a espécie de eficiência) que a CIA.
Os trechos que reproduzimos hoje e na próxima edição são referentes às mortes do presidente equatoriano Jaime Roldós e do líder panamenho Omar Torrijos. Utilizamos - com exceção do trecho acima, traduzido do original em inglês - a edição brasileira, da Editora Cultrix, com tradução de Henrique Amat Rêgo Monteiro.
Nesses casos, diz Perkins, “nós, os AEs, fracassamos em cooptar Roldós e Torrijos, e os outros tipos de matadores, os chacais a serviço da CIA que vinham imediatamente depois de nós, entraram em ação”.

(C.L.)

JOHN PERKINS

Sair da MAIN não foi fácil; Paul Priddy recusou-se a acreditar em mim. “Dia da Mentira”, ele piscou para mim.

Eu garanti para ele que era sério. Lembrando-me do conselho de Paula de que não devia fazer nada para contrariar ninguém ou dar causa para suspeita que pudesse expor o meu trabalho como AE, enfatizei que agradecia por tudo o que a MAIN havia feito por mim mas que precisava seguir a minha vida. Sempre quisera escrever sobre as pessoas que a MAIN me apresentara ao redor do mundo, mas nada de cunho político. Disse que queria ser um colaborador eventual da National Geographic e de outras revistas e continuar a viajar. Declarei a minha lealdade à MAIN e jurei elogiá-la em todas as oportunidades. Finalmente, Paul desistiu.

Depois disso, todo mundo tentou me convencer a não sair. Lembravam-me de como eu era bom naquele trabalho e cheguei mesmo a ser acusado de insanidade. Cheguei à conclusão de que ninguém queria aceitar o fato de que eu estava saindo voluntariamente, ao menos em parte, porque isso forçava que olhassem para si mesmos. Se eu não estivesse louco para sair, então ele podia ter de considerar a própria sanidade por ficar. Era mais fácil me considerar uma pessoa que perdera o juízo.

Particularmente perturbadoras foram as reações entre o meu pessoal. Aos olhos deles, eu os estava abandonando, e aparentemente não havia um sucessor forte. No entanto, eu tinha me convencido. Depois de todos aqueles anos de vacilação, agora eu estava determinado a fazer uma limpeza.

Infelizmente, as coisas não se resolveram daquela maneira. Na verdade, eu nem tinha mais um trabalho, mas uma vez que estava longe de ser um verdadeiro sócio na acepção da palavra, a venda das minhas ações não era suficiente para minha aposentadoria. Se eu tivesse ficado na MAIN por mais alguns anos, podia ter-me tornado o milionário de 40 anos de idade que imaginara; no entanto, aos 35 eu tinha um longo caminho para atingir o meu objetivo. Era um frio e melancólico abril em Boston.

Então um dia Paul Priddy me telefonou e implorou para que eu fosse ao seu escritório. “Um dos nossos clientes ameaça nos deixar”, informou ele. “Eles nos contrataram porque queriam que você os representasse num julgamento na posição de testemunha especializada”.

Pensei bastante no assunto. No momento em que me sentei em frente à mesa de Paul, já tinha tomado a minha decisão. Estabeleci o meu preço – um adiantamento que era mais de três vezes o meu salário anterior na MAIN. Para minha surpresa, ele concordou, e aquilo foi para mim o começo de uma nova carreira.

Durante os vários anos seguintes, eu estava empregado como uma testemunha especializada altamente remunerada – basicamente por empresas de serviços públicos de fornecimento de energia elétrica americanas querendo ter novas usinas aprovadas para construção por comissões de serviços públicos. Um dos meus clientes era a Public Service Company de New Hampshire. O meu trabalho foi justificar, sob juramento, a viabilidade econômica da altamente controvertida usina nuclear de energia Seabrook.

Embora eu não estivesse mais diretamente envolvido com a América Latina, continuei a acompanhar os acontecimentos por lá. Como uma testemunha especializada, sobrava-me muito tempo entre um aparecimento e outro num julgamento. Continuei em contato com Paula e renovei antigas amizades dos meus tempos do Corpo de Paz no Equador – um país que de repente saltara para o centro das atenções no mundo da política internacional do petróleo.

Jaime Roldós estava avançando. Ele levou a sério as promessas de campanha e estava lançando um ataque generalizado contra as companhias petrolíferas. Ele parecia ver com clareza as coisas que os outros em ambos os lados do Canal do Panamá não percebiam ou preferiam ignorar. Ele entendeu as correntes ocultas que ameaçavam converter o mundo num império mundial e a relegar os cidadãos do seu país a um papel muito secundário, beirando a escravidão. Conforme li em artigos de jornal sobre ele, ficava impressionado não só pelo empenho que ele demonstrava, mas também pela sua capacidade de perceber as questões mais profundas. E as questões mais profundas apontavam para o fato de que estávamos entrando numa nova era da política mundial.

Em novembro de 1980, Carter perdeu a eleição presidencial americana para Ronald Reagan. O Tratado do Canal do Panamá que ele havia negociado com Torrijos, e a situação no Irã, especialmente os reféns mantidos na Embaixada americana e a fracassada tentativa de resgate, foram os fatores mais importantes. No entanto, algo mais sutil estava acontecendo. Um presidente cuja maior meta era a paz mundial e que estava dedicado a reduzir a dependência americana do petróleo era substituído por um homem que acreditava que o lugar de direito dos Estados Unidos era no topo de uma pirâmide mundial mantido pela força militar, e que controlar os campos de petróleo onde quer que eles existissem era parte do nosso Destino Manifesto. Um presidente que instalara painéis solares nos salões da Casa Branca era substituído por outro que, imediatamente depois de ocupar o Salão Oval, mandou retirar todos.

Carter pode ter sido um político ineficaz, mas tinha uma visão para os Estados Unidos que era coerente com aquela definida na nossa Declaração de Independência. Olhando para trás, agora ele parece ingenuamente arcaico, um retorno aos ideais que moldaram esse país e atraíram tantos dos nossos avós para as suas praias. Quando o comparamos com os seus predecessores e sucessores imediatos, ele é uma anomalia. A visão de mundo dele era incoerente com a dos AEs.

Reagan, por outro lado, era mais definitivamente um construtor do império mundial, um escravo da corporatocracia. Na época da eleição dele, eu a achei bem de acordo com o que ele era: um ator de Hollywood, um homem que seguia ordens baixadas por magnatas, que sabia que direção seguir. Essa seria a assinatura dele. Ele iria satisfazer os homens que entravam e saíam de escritórios de CEO corporativos para diretorias de bancos e para dentro dos salões do governo – homens como o vice-presidente George H. W. Bush, o secretário de Estado George Shultz, o secretário da Defesa Caspar Weinberger, Richard Cheney, Richard Helms e Robert McNamara. Ele defenderia o que aqueles homens quisessem: os Estados Unidos que controlassem o mundo e todos os seus recursos, um mundo que respondesse aos comandos dos Estados Unidos, um país militarista que cumpriria as leis como elas estavam escritas pelos Estados Unidos, e um sistema internacional de comércio e bancário que apoiasse os Estados Unidos como o CEO do império mundial.

Quando olhei para o futuro, parecia que estávamos entrando num período que seria muito bom para os AEs. Era outra distorção do fato de que eu escolhera esse momento da história para cair fora. Quanto mais eu refletia a respeito, no entanto, melhor me sentia. Sabia que o meu senso de oportunidade estava certo.

A respeito do que poderia significar a longo prazo, eu não tinha bola de cristal; no entanto, sabia pela história que os impérios não duram para sempre e que o pêndulo sempre oscila em ambas as direções. Do meu ponto de vista, homens como Roldós ofereciam esperança. Eu estava certo de que o novo presidente do Equador compreendia muitas das sutilezas da situação corrente. Eu sabia que ele fora um admirador de Torrijos e aplaudira Carter pela sua posição corajosa na questão do Canal do Panamá. Eu tinha certeza de que Roldós não iria titubear. Só podia esperar que a fortaleza dele acendesse uma vela pelos líderes dos outros países, que precisavam do tipo de inspiração que ele e Torrijos podiam oferecer.

No início de 1981, a administração Roldós apresentou formalmente a sua nova lei dos hidrocarbonetos ao Congresso Equatoriano. Se fosse implementada, ela reformaria a relação do país com as companhias petrolíferas. Sob muitos pontos de vista, ela era considerada revolucionária e até mesmo radical. Ela certamente visava mudar a maneira como os negócios eram conduzidos. A sua influência se estenderia para além do Equador, para muito além da América Latina e para todo o mundo. (1)

As companhias petrolíferas reagiram como previsível – lançaram mão de todos os recursos disponíveis. O seu pessoal de relações públicas começou a trabalhar para aviltar Jaime Roldós e os seus lobistas esquadrinharam Quito e Washington, as pastas cheias de ameaças e subornos. Eles tentaram pintar o primeiro presidente democraticamente eleito do Equador nos tempos modernos como outro Castro. Mas Roldós não se deixaria intimidar. Ele reagiu denunciando a conspiração entre a política e o petróleo – e a religião. Ele acusou abertamente o Summer Institute of Linguistics de conluio com as companhias petrolíferas e então, em um gesto de extrema coragem – talvez temeridade – ordenou que o SIL deixasse o país . (2)

Apenas algumas semanas depois de enviar o seu pacote legislativo para o Congresso, e uns dois dias depois de expulsar os missionários do SIL, Roldós advertiu todos os interesses externos, incluindo mas não limitado às companhias petrolíferas, de que, a menos que implementassem planos que ajudassem o povo do Equador, seriam forçados a deixar o país. Ele fez um importante discurso no Estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito, e então se encaminhou para uma pequena comunidade no sul do Equador.

Ele morreu ali na queda e explosão do seu helicóptero, em 24 de maio de 1981. (3)

O mundo ficou chocado. Os latino-americanos sentiram-se ultrajados. Os jornais de todo o hemisfério verberavam: “Assassínio da CIA!” Além do fato de que Washington e as companhias petrolíferas o odiassem, muitas circunstâncias pareciam sustentar essas afirmações e tais suspeitas foram intensificadas à medida que mais fatos se tornaram conhecidos. Nada jamais ficou provado, mas as testemunhas afirmaram que Roldós, advertido sobre uma tentativa contra a sua vida, tomara precauções, incluindo viajar em dois helicópteros. No último momento, um dos seus funcionários da segurança convenceu-o a embarcar no helicóptero usado como engodo. Foi o que explodiu.

Apesar da reação mundial, as notícias mal repercutiram na imprensa americana.

Osvaldo Hurtado assumiu como o presidente do Equador. Ele reintegrou o Summer Institute of Linguistics e as companhias petrolíferas que o patrocinavam. No fim do ano, ele já lançava um programa ambicioso para aumentar a prospecção de petróleo pela Texaco e outras companhias estrangeiras no golfo de Guayaquil e na bacia Amazônica. (4)

Omar Torrijos, num panegírico a Roldós, referiu-se a ele como “irmão”. Ele também confessou ter pesadelos sobre o seu próprio assassínio; ele se via caindo do céu numa gigantesca bola de fogo. Foi uma visão profética.


Notas:


1 – John D. Martz, Politics and Petroleum in Ecuador (New Brunswick e Oxford: Transaction Books, 1987), p. 272

2 – Gerard Colby e Charlotte Dennet: Thy Will Be Done, The Conquest of the Amazon: Nelson Rockefeller and Evangelism in the Age of Oil (Nova York, HarperCollins, 1995), p. 813.

3 – John D. Martz, Politics and Petroleum in Ecuador (New Brunswick e Oxford: Transaction Books, 1987), p. 303.

4 - John D. Martz, Politics and Petroleum in Ecuador (New Brunswick e Oxford: Transaction Books, 1987), pp. 381, 400.