quarta-feira, 24 de novembro de 2010

OS RITUAIS DE UMBANDA EM DIFERENTES CASAS


Inicialmente, cumpre esclarecer sobre a origem do Ritual de Umbanda, tal fundamento confunde-se com a própria base teológica da religião e é importante o seu conhecimento ao médium praticante, pois que dá a noção e a compreensão basilar da estrutura da Umbanda.

A Umbanda sofre influência litúrgica e ritual de algumas tradições filosofo-religiosas, o catolicismo e o espiritismo, por exemplo, são fontes para a Umbanda, algumas das tradições e conhecimentos dos indígenas também estão presentes, bem como a influência dos Orixás, Encantos e encantarias, danças e demais fundamentos que foram herdados dos escravos africanos. Logo, em essência, a Umbanda deriva dessas quatro bases filósofo religiosas.

Os rituais seguirão conforme a doutrina aprendida pelo dirigente da Casa. Certamente serão perpetuados pelos adeptos do culto naquele Templo e isso será diferente de Casa para Casa. Portanto, é importante ao médium em desenvolvimento obter conhecimento destas filosofias e religiões que influenciam a Umbanda, para fincar as bases sólidas dos entendimentos acerca do que será possível ou não em termos de rituais.

Visto isso, observe que a Umbanda é uma religião que individualiza seus rituais de Casa para Casa, e a prova disso é que não existe, nem existirá jamais, em lugar algum um Congá igual a outro, uma Casa de Umbanda igual a outra em rituais, em nada serão iguais os Templos Umbandistas, as Regências serão distintas, os pontos cantados, os dias de homenagem, até a quantidade de Orixás cultuados será diferente. Já observou? Por que será assim? Será que o Centro Espírita que frequento é o certo, ou será ele o errado?

Todas estas indagações tem um fim quando o médium entende que cada Casa de Umbanda é projetada pelo plano espiritual para atender determinada demanda de adeptos em diferentes graus evolutivos, porém alinhados na mesma faixa vibratória de entendimento. Ou seja, cada Templo está adaptado ao seu público e ,como nada acontece por acaso, somente chegarão para permanecer naquela corrente de rituais aqueles aptos e no mesmo nível vibratório. Logo, cada Umbanda é única e serve para seus adeptos, ou frequentadores esporádicos, que estão na mesma sintonia e que combinam e são afins para com a egrégora.

Aprofundando o assunto, veremos que o certo e o errado em termos de liturgia ritual não existe, o que haverá é o conhecimento do dirigente acerca dos fundamentos que permitirão o acréscimo de materiais e outros apetrechos ao ritual.

Aprendamos então a respeitar e a não julgar sem conhecimento de causa a diversidade de rituais de Centro para Centro. Em melhores palavras, cada médium precisa da Casa de Umbanda que tem, com o dirigente que tem, não existindo a casa certa ou a casa errada, e sim a casa que melhor funciona e apresenta melhor resultado prático ao desenvolvimento espiritual ou ao problema que se quer resolver.

E, por favor, quando se tratar de Umbanda não julgue fazendo críticas à sua própria religião, não sejamos hipócritas! Tentem entender, estudar, buscar as bases e as influências que inspiraram o trabalho, o ritual, a oferenda, e ao invés de criticar, permitam-se entender o novo.