São 250 bolsas de pós-graduação para alunos negros ou pardos e um aumento de 200 bolsas do Programa de Iniciação Científica
Agência Brasil | 13/05/2010 12:42
No Dia em que se comemora os 122 anos da Lei Áurea, o ministro da Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira,
anunciou a criação de 250 bolsas de pós-graduação para alunos negros ou pardos e
um aumento de 200 bolsas do Programa de Iniciação Científica (Pibic), que
passarão de 600 para 800.
O ministro destacou que, apesar de o sistema de cotas não ser obrigatório no Brasil, 91 universidades públicas adotam a reserva
de vagas no vestibular para alunos negros.
Ele também anunciou o lançamento de um selo para identificar as instituições de ensino que promovem a Lei nº
10.639, de 2003. O texto tornou obrigatória a inclusão da história do povo negro
e suas contribuições culturais, econômicas e sociais para o país no currículo de
ensino infantil, fundamental e médio. A entrega dos selos ocorrerá em 20 de
novembro, Dia da Consciência Negra.
Para Eloi Ferreira, as ações divulgadas nesta quinta-feira ajudam a corrigir injustiças e distorções históricas. “A
promulgação da Lei Áurea não foi acompanhada de uma inclusão educacional,
habitacional e isso faz com que até hoje o negro continue na base da pirâmide
social”, afirmou.
O ministro defendeu também a criação do Estatuto de Igualdade Racial, que já foi aprovado pela Câmara e aguarda votação no Senado.
“Essa lei será como um segundo artigo da Lei Áurea. Ela garante o respeito às
religiões de matriz africana e garante a possibilidade de acesso à terra aos
remanescentes quilombolas”, destacou.
Quem é de Axé diz que é!
No Censo de 2010 declare seu amor ao seu Orixá
Diga que é do Santo, diga que é do Axé
Pois quem é de Umbanda, quem é de Candomblé
Não pode ter vergonha, tem que dizer que é!!!
Sou Bàbá Kytalamy, Afro - Religioso da Nação Vodun Jeje ( Tambor de Mina) Filho do Grandioso João de Guapindaia ( Afro - Religioso, Folclorista) Neto de Manoel Colaço, Filho de Oxóssy com Iansã ( Toy Vondereji com Fina Jóia). Tenho 26 anos de Santo, defensor da Liberdade de Cultos, luta contra intolerância de uma sociedade que não conhece suas raízes afro. Também sou Mestre em Cultura Popular ( Pássaro Junino - Reconhecido pelo Minc)
sábado, 15 de maio de 2010
13 de maio é dia de reafirmação da luta identitária.
Liberdade é força-motriz que nos possibilita a autonomia de ser pessoa, ter uma identidade própria.
A menina que tomou água sanitária para ficar branca e igual às outras, até hoje enfrenta dores gástricas. Porque a menina tomou água-cloro?
Pergunte a turma que tem 11 anos, como ela. Não, ainda não somos livres!
Estaremos em uma silenciosa guerra civil que nos restringe a mobilidade de ser pessoa?
A hierarquia de valores alimenta a ferocidade do racismo,categorizando,seccionando o corpo social. Tia porque dói tanto ser negro? A dor do menino da escola ainda transborda como uma violação a auto-estima da infância no Brasil. O racismo é cruel!
A Lei Federal nº 10.639/03 ainda enfrenta o quadro neutro em uma contundente e cotidiana batalha por uma igualdade essencial. Não, ainda não somos livres!
Liberdade é ter alternativas, um caminho de escolhas e possibilidades, sem as fronteiras punitivas e limitantes.
Mariazinha que um dia sonhou em ter seu “baile” de formatura descobriu (Eureka!) que era negra, feia e tinha cabelo ruim. Os sonhos de Mariazinha tropeçaram no batente da intolerância alheia: Dá licença !
Não, ainda, não somos livres!
Estaremos nós condenados a essa abstração de liberdade ou a esses lugares do nada ser?
O menino de guias no pescoço que um dia incorporou sua ancestralidade foi banido por códigos de valores distintos e exclusivos da escola. Encarceraram a alma do menino em territórios com atalhos para a fórmula do descarte étnico. Estado laico? As escolas ensinam religião. E hierarquizam o reino dos céus.
A polícia mata moto boy negros como represália por eles serem negros. Afinal,é preciso agir de acordo com a cartilha que ensina que negro, até prova ao contrario, é “elemento suspeito”.
Mataram meu filho porque ele era negro, diz a mãe, Elza Pinheiro dos Santos, pedagoga, 62 anos, em uma difícil travessia de sentimentos. E continua: “Acho que, sem dúvida nenhuma, existe aí a questão da cor da pele. Sabemos que o nosso Brasil é preconceituoso. Já conseguiu alguns avanços. Mas o preconceito parece uma erva daninha que, se você não arrancar bem a raiz, ela brota. E brotou. Acho que teve preconceito”.
Hoje não somos mais elementos suspeitos estamos nos transformando em cadáveres.
122 anos após a abolição inconclusa ser negro no Brasil é transgressão.
E nós ainda nos permitimos calar como cúmplices de uma chacina cotidiana.
Vivemos aprisionados em nossos valores de cargos e tradições. Não, ainda não somos livres!
13 de maio é dia de reafirmação da luta identitária.
A menina que tomou água sanitária para ficar branca e igual às outras, até hoje enfrenta dores gástricas. Porque a menina tomou água-cloro?
Pergunte a turma que tem 11 anos, como ela. Não, ainda não somos livres!
Estaremos em uma silenciosa guerra civil que nos restringe a mobilidade de ser pessoa?
A hierarquia de valores alimenta a ferocidade do racismo,categorizando,seccionando o corpo social. Tia porque dói tanto ser negro? A dor do menino da escola ainda transborda como uma violação a auto-estima da infância no Brasil. O racismo é cruel!
A Lei Federal nº 10.639/03 ainda enfrenta o quadro neutro em uma contundente e cotidiana batalha por uma igualdade essencial. Não, ainda não somos livres!
Liberdade é ter alternativas, um caminho de escolhas e possibilidades, sem as fronteiras punitivas e limitantes.
Mariazinha que um dia sonhou em ter seu “baile” de formatura descobriu (Eureka!) que era negra, feia e tinha cabelo ruim. Os sonhos de Mariazinha tropeçaram no batente da intolerância alheia: Dá licença !
Não, ainda, não somos livres!
Estaremos nós condenados a essa abstração de liberdade ou a esses lugares do nada ser?
O menino de guias no pescoço que um dia incorporou sua ancestralidade foi banido por códigos de valores distintos e exclusivos da escola. Encarceraram a alma do menino em territórios com atalhos para a fórmula do descarte étnico. Estado laico? As escolas ensinam religião. E hierarquizam o reino dos céus.
A polícia mata moto boy negros como represália por eles serem negros. Afinal,é preciso agir de acordo com a cartilha que ensina que negro, até prova ao contrario, é “elemento suspeito”.
Mataram meu filho porque ele era negro, diz a mãe, Elza Pinheiro dos Santos, pedagoga, 62 anos, em uma difícil travessia de sentimentos. E continua: “Acho que, sem dúvida nenhuma, existe aí a questão da cor da pele. Sabemos que o nosso Brasil é preconceituoso. Já conseguiu alguns avanços. Mas o preconceito parece uma erva daninha que, se você não arrancar bem a raiz, ela brota. E brotou. Acho que teve preconceito”.
Hoje não somos mais elementos suspeitos estamos nos transformando em cadáveres.
122 anos após a abolição inconclusa ser negro no Brasil é transgressão.
E nós ainda nos permitimos calar como cúmplices de uma chacina cotidiana.
Vivemos aprisionados em nossos valores de cargos e tradições. Não, ainda não somos livres!
13 de maio é dia de reafirmação da luta identitária.
Assinar:
Postagens (Atom)