segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cláudio Campos: “Construir um Estado efetivamente nacional”

O fundador da Hora do Povo, Cláudio Campos, completaria 63 anos no último dia 5 de maio.



Nós, que o conhecemos bem ao longo de anos, que sentimos a energia que colocava em tudo aquilo que fazia, sua poderosa inteligência que jamais se contentava com supostas verdades estabelecidas, ou com aquilo que já era sabido, sua imensa generosidade e capacidade de amar os seres humanos, sua indômita coragem que tanto desprezava o abjeto servilismo, não poderíamos deixar esta data sem um registro, sem uma singela homenagem a quem ajudou tantos a ver que valia a pena lutar pelo futuro.

Há um aspecto da obra e da grandeza de Cláudio, seu amor pelo Brasil, que o levou a formular o caminho estratégico que hoje ainda percorremos, que merece, nessas horas que antecedem mais uma batalha que o país travará por sua liberdade, por sua independência, por seu direito de ser uma grande nação, ser destacado – e por isso, este ano, o escolhemos para lembrar de Cláudio na data de seu aniversário.

Em agosto de 1982, vivíamos ainda sob a ditadura. Foi nesse momento, já depois da anistia, mas ainda em condições de clandestinidade para as organizações revolucionárias, que Cláudio pronuncia o Informe do Comitê Central ao III Congresso do Movimento Revolucionário Oito de Outubro.

Já se passaram quase 30 anos. No entanto, quem lá estava há de se lembrar – e lembrará para sempre – do impacto causado pelo informe de Cláudio, que condensava em algumas horas todos os meses anteriores de discussões, e, a rigor, décadas de debates sobre a estratégia da revolução brasileira. Porém, aos que lá não estiveram, basta ler o texto desse informe para perceber que as questões fundamentais ali apontadas são plenamente atuais – mais do que isso, Cláudio ali estabeleceu os fundamentos e resolveu os problemas estratégicos, permitindo a liberação das forças nacionais, democráticas e populares para o combate não somente contra a ditadura, mas para o que veio depois, para aquele combate que, hoje, muito depois do fim daquele malfadado regime, travamos por um país livre e justo.

“O que está em pauta neste Congresso é o assumimento preciso e completo do caráter mais profundo, central e determinante da atual revolução brasileira: o seu caráter nacional”, disse Cláudio no início de seu informe, definindo a questão da independência nacional, a questão da superação dos vínculos de dependência do país em relação ao imperialismo, como “o cerne e o centro da questão democrática”, do que decorria que “a tarefa democrática central é a constituição de um Estado efetivamente nacional”.

É um trecho desse informe que oferecemos aos nossos leitores, por ocasião do 5 de maio – data de nascimento, também, de Karl Marx, sobre quem, tantas vezes, Cláudio manifestou a sua imensa gratidão. No texto abaixo, retiramos algumas referências que eram específicas da época. Mas quase tudo está na íntegra.

CARLOS LOPES

CLÁUDIO CAMPOS

Em seu aspecto político, a questão nacional e a democrática são expressão, em níveis de abstração diferentes, exatamente de um mesmo fenômeno de fundo. Na verdade, no Brasil de hoje, a questão nacional é exatamente o cerne e o centro da questão democrática. A tarefa democrática central, é pois, exatamente a constituição de um Estado efetivamente nacional.

Creio que não há necessidade, entre nós, de nos atermos na demonstração do equívoco de quem julga que os conceitos de “povo” e “nação” eludem as contradições de classe. A contradição entre a Nação e o Imperialismo é uma contradição de classe. De um lado, colocam-se as classes e setores sociais objetivamente interessados na ruptura da dependência. Do outro, as classes e os setores de classe, fora e dentro da Nação, interessados na sua manutenção.

É interessante lembrar que um salto qualitativo da democracia é a questão política chave em qualquer revolução verdadeira. Marx dizia, e com razão, que também na revolução socialista a questão política essencial é a “conquista da democracia”, no sentido de uma democracia proletária, da passagem da “democracia” burguesa à democracia proletária. Se tudo isso é verdade – e é – torna-se evidente que não avançamos muito quando afirmamos que o aspecto político central de tal ou qual revolução concreta – e não das revoluções em geral – é o aspecto democrático (geral). Isso é verdadeiro em todas as revoluções. O que distingue uma revolução concreta de outra é justamente qual a tarefa democrática que está na ordem do dia, qual o caráter central e o conteúdo de classe da democracia que se faz necessária. Na revolução democrática burguesa dos países centrais foi a ruptura com o autoritarismo feudal ou escravagista, e a constituição de um Estado democrático burguês, sob a hegemonia da burguesia ou da aliança operário-camponesa. Na revolução socialista, a constituição de uma democracia proletária. Na revolução nacional e democrática dos países dependentes – caso particular da revolução democrático-burguesa – a ruptura com Estados submissos aos interesses do imperialismo e a constituição de Estados efetivamente nacionais e democráticos.

Por outro lado, é evidente que mesmo esta democratização guarda um determinado nível de abstração: não se fazem, por exemplo, revoluções nacionais e democráticas “em geral”, mas revoluções nacionais e democráticas concretas, que mantêm diferenças acentuadas de país para país.

Muito bem, a nível político – superestrutural – o que está em causa em nossa revolução atual é, também, a “conquista da democracia”, mais concretamente, no nosso caso, a constituição de um Estado nacional e democrático.

Mas é preciso, sobretudo, caracterizar a revolução em seu aspecto de fundo, isto é, econômico e social. Não se pode, portanto, fugir à seguinte questão: quais são as transformações econômicas e sociais – infra-estruturais – que correspondem a essa “conquista de democracia”, no plano político?

Sabemos que, do ponto de vista objetivo, qualquer revolução só se torna possível e necessária quando as relações de produção existentes no país atrasam-se em relação ao desenvolvimento de suas forças produtivas, tornando-se um entrave ao avanço destas. Para responder à questão que acabamos de formular, é preciso, pois, apontar quais as principais características das relações de produção, no Brasil, que entravam o desenvolvimento atual de nossas forças produtivas. Será o fato de serem relações de produção capitalistas? Parece-nos claro que não. É evidente que, do ponto de vista econômico, não é o capitalismo em geral o que está centralmente em jogo em nossa revolução atual, nem tampouco a constituição já de uma economia socialista.

O principal entrave ao desenvolvimento das forças produtivas do Brasil de hoje não é o caráter capitalista das nossas relações de produção, é o caráter dependente dessas relações. É essa dependência o que é preciso, centralmente, romper agora. As imensas energias produtivas acumuladas no país, mesmo sob a dependência, estão hoje sendo sufocadas por um modelo de desenvolvimento que tem suas principais diretrizes e prioridades definidas a partir de interesses externos – mais concretamente, a partir dos interesses dos círculos financeiros internacionais e das grandes corporações multinacionais.

Com o objetivo de otimizar seus lucros e conseguir um máximo rendimento dos investimentos que fazem em tecnologia e bens de produção nos países centrais, tais corporações se empenham em exportar essa tecnologia e esses bens – ainda que em seus estágios mais atrasados e ultrapassados – para os países dependentes. Priorizam, dessa forma, no Brasil, a produção de bens de consumo de luxo – notadamente automóveis e eletrodomésticos sofisticados – com base nesses processos, em detrimento da produção de bens de produção, inclusive tecnologia, e de bens de consumo de massa. Em decorrência, o país fica cada vez mais na dependência dos altos preços cobrados no comércio internacional de máquinas, equipamentos e tecnologia, o que gera crescente dependência e sangria financeira. Além disso, os bens de consumo altamente sofisticados encontram um mercado consumidor restrito em países como o nosso, onde o quadro geral de pauperização das massas é exacerbado pelo violento arrocho salarial imposto com o objetivo de atrair os investimentos externos. A tecnologia importada empregada na produção desses bens, caríssimos e intensamente poupadora de mão-de-obra, restringe enormemente o emprego da força de trabalho – o que sufoca ainda mais o crescimento do mercado interno. Tudo isso acarreta um formidável bloqueio ao desenvolvimento da nossa economia.

Por outro lado, o país já desenvolveu forças produtivas mais que suficientes para um crescimento autocentrado e basicamente auto-sustentado, desde que rompa com a sangria financeira, promova a moratória da dívida externa, e invista os recursos assim poupados na reorientação da nossa economia, com prioridade para a produção de bens de produção e de consumo de massa. O rompimento do atraso das relações produtivas no campo, com o aumento da produtividade agrícola, a maior absorção da força de trabalho e o barateamento dos insumos agrícolas e dos alimentos – e, consequentemente, dos preços de produção na indústria – constitui a outra vertente das medidas capazes de liberar o pleno desenvolvimento de nossas forças produtivas.

A importância central e decisiva da ruptura da dependência externa no desenvolvimento de nossas forças produtivas comprova que a questão nacional, a superação da contradição entre a Nação e o imperialismo, é o problema central do atual estágio da revolução brasileira também em seu aspecto econômico. Nem poderia ser de forma diferente. Na verdade, é exatamente a partir da percepção e da identificação desta contradição fundamental em nossa base econômica que nós, marxistas, concluímos que a tarefa popular e democrática central, a nível político, é a constituição de um Estado efetivamente nacional, capaz de cumprir papel decisivo na ruptura da dependência e de inaugurar uma nova etapa na vida política do país.

Qual o caráter de classe desse Estado?

Como sabemos, nem mesmo um peso decisivo da classe operária na direção do Estado lhe retirará o caráter burguês, na medida em que as providências que ele implementar – por mais avançadas e revolucionárias que sejam – não estejam ainda em condições de promover a ruptura das bases fundamentais da sociedade burguesa. Ao contrário dos que tergiversam a respeito, nós devemos deixar claro que não há nenhuma transição revolucionária objetivamente colocada no Brasil de hoje que não implique exatamente num mais acelerado desenvolvimento capitalista. O Estado nacional e democrático não se constituirá num entrave ou num freio ao desenvolvimento do capitalismo. Pelo contrário, ele será chamado exatamente a remover os obstáculos que entravam esse desenvolvimento, hoje.

Tal verdade ainda se constitui numa verdadeira heresia para certos setores que professam um “socialismo” confuso, simplório e, este sim, populista. Tais setores não conseguem conceber como possa interessar à classe operária participar de um Estado burguês, e, menos ainda, aspirar à direção de um tal Estado. Sentem-se, aliás, frequentemente mais à vontade rotulando de “socialista” e “operário” o que nada tem nem de socialista nem de operário.

O que essas correntes ainda não conseguiram assimilar é que não há, em termos históricos gerais outro caminho para o avanço em direção ao socialismo. Sabemos que essa lei geral não impede que determinados países particularmente atrasados, onde predominam inclusive relações de produção pré-capitalistas, possam transitar diretamente para o socialismo, em função da presença e do apoio, a nível internacional, do campo socialista. Mas este, evidentemente, não é o caso do Brasil, nem tampouco da maioria dos países da América Latina. O Brasil é um país capitalista, possui já um importantíssimo parque industrial – o 8º do mundo – e está submetido às leis gerais do desenvolvimento capitalista. Estando ainda ausente as condições objetivas e subjetivas para a edificação da sociedade socialista, ele não tem outro caminho para amadurecê-las que não seja através do desenvolvimento nos marcos do capitalismo.

A ruptura da dependência, no Brasil, não viabilizará outra coisa senão um grande surto de desenvolvimento... capitalista. Isso não é do interesse da classe operária “apenas” porque, a prazo, aproxima a sociedade do socialismo. Tal coisa está de acordo também com seus interesses imediatos: rompe com a recessão, o desemprego e o esmagamento salarial, reforça o peso do proletariado na sociedade, cria as condições objetivas para o avanço da democracia política.

Por outro lado, o fato de estarmos diante de uma revolução que se coloca dentro dos marcos burgueses, não significa de forma alguma que a classe operária deva inibir-se à margem da luta, nem, igualmente, - ao contrário do que afirmam, e, mais do que isso, praticam, os setores “direitistas” do movimento comunista – que a classe operária deva atribuir, necessariamente , a direção da luta à burguesia nacional. Quem dirige é a capacidade, o acúmulo e o peso político de cada classe que decidirá, a cada momento. O nosso proletariado não entra sem perspectivas nessa disputa. Exemplo disso é o papel que sabidamente o nosso partido tem cumprido na definição dos rumos e na política de construção da unidade nacional e democrática.

É preciso ter em conta que afirmar que a revolução é burguesa, e o desenvolvimento, capitalista, é lembrar apenas uma preliminar inelutável.

Dentro de tais marcos, várias são as direções possíveis. Embora não seja do que se trata no Brasil de hoje, até mesmo o determinado “capitalismo de Estado” chamado por Lênin de “ante-sala do socialismo” é ainda capitalismo. Em que direção interessa objetivamente aos trabalhadores impulsionar esse desenvolvimento? É claro que em direção ao socialismo. Será que por causa disso eles estão menos interessados do que a burguesia nacional em promover o desenvolvimento mais completo e acelerado possível do capitalismo? Muito pelo contrário. A direção operária e popular na nossa revolução nacional é justamente a mais interessada num rápido amadurecimento do capitalismo, de maneira a poder passar, então, às tarefas da construção socialista. A direção burguesa na revolução nacional é a menos comprometida com a completa remoção dos escolhos da dependência que tolhem o desenvolvimento capitalista, exatamente porque ela vacila em romper o cordão umbilical com o imperialismo. Não falamos em romper as relações com os países capitalistas centrais. Falamos em romper as relações imperialistas que os países capitalistas centrais mantêm em relação ao Brasil. Nós seremos capazes de fazer valer relações em pé de igualdade.

Afirmar que o desenvolvimento será capitalista, e que nos interessa que ele seja o mais completo e acelerado possível, além de não implicar necessariamente em que a burguesia seja a classe mais capacitada a dirigir a luta de forma consequente, não significa tampouco que se deva inutilmente tentar imitar no Brasil os caminhos “clássicos” do desenvolvimento capitalista nos países centrais, ocorrido em condições históricas inteiramente diferentes. Em presença de um campo e de relações internacionais intensamente monopolizadas, uma tal tentativa não tem o menor espaço para vingar. A livre concorrência e outros preceitos do capitalismo “clássico” vão ficando cada vez mais para trás. Será indispensável que a sociedade – e notadamente o proletariado – desempenhe um progressivo papel orientador da economia, inclusive para combater a sua crescente e precoce monopolização. Será preciso também que as empresas estatais cumpram crescentemente o papel de fazer frente aos monopólios imperialistas e de abrir espaço para as empresas nacionais, e não, como ocorre hoje, o de se aliarem aos monopólios imperialistas para esmagar a pequena e média empresa nacional – indubitavelmente a base, hoje e ainda durante muito tempo, de toda a nossa atividade econômica.

Interessa à classe operária, durante a revolução nacional e democrática, conquistar as melhores posições possíveis, tanto a nível político, quanto a nível econômico. Evidentemente, não se alcançará esse objetivo deblaterando a cada instante contra a burguesia nacional e os “burgueses”, mas principalmente demonstrando a toda a sociedade a maior consequência de suas propostas e de sua orientação na luta comum contra a dependência e contra o imperialismo, pela democracia e pela soberania nacional.

Nós gostaríamos de lembrar que a principal tarefa “anticapitalista” que a nossa revolução nacional e democrática desempenhará será precisamente a de desenvolver o capitalismo. A única coisa realmente fatal para o capitalismo é o seu próprio desenvolvimento, é o desenvolvimento das forças produtivas sociais nos marcos das relações de produção capitalistas. É isso o que nos permitirá passar às tarefas (transformações) socialistas, as únicas verdadeiramente “anticapitalistas”. Rejeitar a direção burguesa conservadora está ainda longe de ser uma “tarefa anticapitalista”...

Como vemos, não têm também a menor pertinência os protestos de que “não é mais possível, hoje, um capitalismo auto-determinado”. O que vai ser “auto-determinado” no Brasil, não é o capitalismo, é o povo e a Nação brasileira. Não é porque não existem ainda condições objetivas e subjetivas para o socialismo que nós estamos condenados à dependência. Tal raciocínio, aparentemente tão “radical”, não passa, na verdade, de completo esmagamento ideológico diante do imperialismo. É claro que uma autodeterminação verdadeiramente completa é um processo longo, que continuará inclusive depois da revolução socialista. Mas o que se trata agora é de saber se, como tantos outros povos do mundo, temos condições ou não de que o aspecto principal, aquele que dá a qualidade das nossas relações internacionais, seja o da independência e não o da dependência. Muito em breve, será difícil encontrar quem deixe de dar uma resposta positiva a essa questão.

Governo brasileiro condena lei xenófoba aprovada no Arizona

O Ministério das Relações Exteriores classificou como violação aos direitos humanos a lei em vigor no estado do Arizona (EUA) que criminaliza imigrantes em situação irregular. “O governo brasileiro tem-se pronunciado firme e reiteradamente, em negociações bilaterais e nos foros internacionais, contra a associação indevida entre migração irregular e criminalidade. No caso da nova lei do Arizona, o poder discricionário conferido aos agentes policiais para verificação da situação migratória e prisão de estrangeiros virá ao sacrifício dos direitos humanos dos migrantes”, diz trecho da nota do Itamaraty.

De acordo com o Ministério, “o governo brasileiro considera que conceder o mesmo tratamento a indocumentados e criminosos subverte noções elementares de humanidade e justiça. Julga que o caminho a seguir não é o da criminalização, mas o da regularização migratória, de que é exemplo a aprovação da Lei brasileira nº 11.961, de julho de 2009, que promoveu ampla regularização da situação migratória dos estrangeiros no Brasil”.

A violação aos direitos humanos do Arizona também foi condenada por presidentes da Unasul, que se reuniram em Buenos Aires. Tais manifestações foram apoiadas pelo Itamaraty: “O governo brasileiro se une às manifestações contrárias à lei anti-imigratória do Arizona. Espera que tal legislação seja revista, de modo a evitar a violação de direitos de milhões de estrangeiros que vivem e trabalham pacificamente nos Estados Unidos, como os brasileiros que se encontram naquele país”.

Telebrás: meta é internet rápida e barata a 40 milhões de domicílios

Governo comunica que estatal será a gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)

O Plano Nacional deBanda Larga (PNBL) anunciado na quarta-feira (5) estabelece a Telebrás como gestora, investimentos de R$ 13,2 bilhões e meta de atingir 40 milhões de domicílios conectados à internet em alta velocidade até 2014. “Efetivamente, a Telebrás está sendo reativada. É claro que dentro de uma modelagem própria, voltada e focada na questão da gestão da banda larga”, afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, em entrevista coletiva.

Na noite de terça-feira (4), a estatal divulgou fato relevante, encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informando que integrará o PNBL com as seguintes funções: implementar a rede privativa de comunicação da Administração Pública Federal; prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público; prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos; e prestar serviço de conexão à internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços.

Além de Erenice Guerra, o PNBL foi apresentado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; pelo coordenador dos Programas de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez; e pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna.

De acordo com Erenice Guerra, a Telebrás atuará prioritariamente no atacado, “fornecendo insumo para que tanto empresas pequenas quanto empresas grandes possam prestar o serviço ao usuário final”. Contudo, a estatal poderá atuar em áreas em que o setor privado não tenha interesse ou ainda onde as teles já estejam, mas cobrando um preço muito alto.

O PNBL prevê a capitalização da Telebrás pelo Tesouro Nacional em 3,22 bilhões. “Esse valor será utilizado nos três primeiros anos de funcionamento e, depois, a ideia é que a empresa consiga se autogerir”, disse Rogério Santanna.

Segundo ele, as receitas da Telebrás serão advindas de venda no atacado da capacidade da rede que irá compor o backbone (núcleo principal da rede de fibra óptica) para provedores ao preço de R$ 230,00 e da venda da infraestrutura para as redes corporativas do governo federal (Serpro, Dataprev, Datasus, ECT e RNP), que deixarão de contratar os links das teles e passarão a contratar da Telebrás.

Para que a Telebrás possa iniciar suas atividades como gestora do PNBL, o presidente Lula irá assinar um decreto dentro de 15 dias apontando as novas atribuições da estatal. O decreto trará ainda a relação de 20 medidas regulatórias que terão que ser implementadas pela Anatel ainda este ano.

Para custear os R$ 13,2 bilhões necessários para a implantação do PNBL, além da capitalização da Telebrás, haverá desonerações (R$ 785,11 milhões), incentivos (R$ 1,75 bilhão para pesquisa e desenvolvimento tecnológico) e linha de crédito do BNDES para aquisição de equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional, na ordem de R$ 6,5 bilhões. O BNDES disponibilizará ainda R$ 1 bilhão em financiamentos para micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses. Apenas as pequenas e médias empresas optantes pelo Simples poderão usufruir da desoneração do Fust e do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).

Na estimativa do governo, os serviços podem chegar ao usuário final a um preço entre R$ 15 e R$ 35. Alvarez observou que no final de 2009 havia cerca de 12 milhões de domicílios conectados. A um valor de R$ 35, se atingiria a 35,2 milhões de domicílios, até 2014. O número de domicílios chegaria a 40 milhões de conexões, com produtos mais populares, a um preço de R$ 15. Para o plano de R$ 35, a velocidade de conexão ficará entre 512 quilobits por segundo (kbps) e 784 kbps. Para o plano de R$ 15, a velocidade máxima será de 512 kbps.

O campo não é prioridade

O campo não é prioridade



José Batista G. Afonso e Airton dos Reis Pereira.

Embora o III PNDH reconheça que o modelo do agronegócio é potencialmente responsável por desrespeito aos direitos humanos dos pequenos e médios agricultores, comunidades locais e povos tradicionais, ele não contém nenhuma proposta que altere de fato as causas das violações

O Brasil é considerado um dos países que mais avançou na codificação de normas relativas aos direitos humanos. Além da legislação constitucional e infraconstitucional, o país é signatário dos principais pactos e convenções internacionais que versam sobre o assunto. No entanto, a sociedade brasileira não tem muito que comemorar. Saímos de uma situação de violações sistemáticas e generalizadas dos direitos humanos, dirigidas diretamente pelo Estado durante o regime militar, e entramos numa situação mais recente onde, em consequência da ofensiva de várias frentes do capital no campo, se promove uma crescente exclusão social, igualmente impetuosa e desumana. Temos que considerar, infelizmente, que os avanços aconteceram mais no campo formal do que no campo prático. O descompasso entre a norma e sua aplicação é enorme.
Assim, passaram-se os anos e mudaram-se formas de governo, mas a concentração da terra nas mãos de poucos continuou quase intocável. Nem as históricas lutas dos trabalhadores em defesa da reforma agrária conseguiram acabar com o latifúndio. Segundo o Censo Agropecuário 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 5.175.489 estabelecimentos agrícolas, ocupando uma área de 329.941.393 hectares. Os minifúndios e as propriedades com menos de 100 hectares representam 85% deles e apenas 21% da área total. Já as grandes propriedades, acima de mil hectares, são 1% do total de imóveis e ocupam 45% da área.
Ao mesmo tempo, a reforma agrária continua fora da pauta de prioridades dos sucessivos governantes. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em 2006 foram assentadas 45 mil famílias, em 2007, 31 mil e 2008, apenas 20 mil. Os números expressam o grau de importância desse assunto para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva: quase nenhuma.
Essa situação tem sido a principal causa dos conflitos no campo e das variadas formas de violação de direitos dos camponeses no Brasil. De acordo com os dados divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), na última década, ocorreram no Brasil 5.335 conflitos no campo envolvendo 6.387.210 pessoas e 352 trabalhadores rurais foram assassinados.
E como se não bastasse, permanece a prática do trabalho escravo no campo. A situação continua grave e sem grandes alterações em função das tímidas ações governamentais. Nos últimos dez anos, a CPT registrou o envolvimento de 63.757 trabalhadores em situações de escravidão no Brasil. E desse total, o Ministério do Trabalho conseguiu libertar somente 38.003 pessoas. Isso significa que as políticas públicas adotadas têm se mostrado ineficazes à medida que não combatem as causas geradoras dessa prática criminosa, restringindo-se ao campo repressivo.
Envolvidas nesse processo estão também as populações indígenas. Conforme o último relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 2008, 41 povos indígenas sofreram alguma forma de violência (invasão de suas terras, exploração ilegal de recursos naturais, danos diversos ao patrimônio e violência física). Ocorreram 16 conflitos relativos a direitos territoriais, 60 indígenas foram assassinados, 29 sofreram tentativa de assassinato, 12 sofreram ameaças de morte e 34 foram vítimas de suicídio.
O que se vê é que, mesmo diante das garantias constitucionais asseguradas a partir de muita mobilização e lutas dos povos indígenas e da sociedade de modo geral, o poder público tem se negado, sistematicamente, a garantir a proteção de seus direitos, principalmente, no que concerne à defesa de seus territórios e suas vidas. Constata-se que a maioria dos casos advém da invasão de suas terras. Enquanto isso, a demarcação e homologação dos territórios indígenas andam a passos lentos.
Outra situação grave é com relação às comunidades de remanescentes de quilombos. Até 2008, existiam no Brasil, 3.524 comunidades quilombolas registradas pelo governo federal. Porém, dados mostram que, até 2007, apenas 58 áreas, pertencentes a 112 comunidades, foram tituladas, beneficiando 5.221 famílias. A situação não tem sido diferente para outras categorias do campesinato, como posseiros, ribeirinhos e assentados, entre outros.
Se por um lado a violência no campo assusta, a impunidade choca muito mais. Quem sempre se utilizou da “lei do gatilho” e da pistolagem para garantir seus interesses tem se beneficiado da impunidade para acobertar os crimes contra os trabalhadores rurais ou ao meio ambiente. No Pará, que concentra praticamente 2/3 dos assassinatos no campo, no Brasil, não há um mandante cumprindo pena em razão de ter encomendado a morte de trabalhadores e suas lideranças. Um exemplo é o massacre de Eldorado de Carajás. Passados 14 anos, os dois únicos comandantes condenados continuam livres, beneficiados pelos intermináveis recursos nos tribunais superiores. No Brasil a impunidade parece ser a regra para os casos de crimes no campo e funciona como uma espécie de “licença para matar”.
Desconstrução de conquistas
Como o Estado brasileiro tem se negado a garantir o direito à terra àqueles que o reclamam, a estratégia dos trabalhadores tem sido a ocupação de imóveis que não cumprem a função social, exigindo a demarcação de áreas indígenas, de quilombolas, de ribeirinhos, áreas de proteção ambiental, reservas extrativistas etc. como forma legítima de defesa de pressão para forçar o governo a cumprir com o que determina a Constituição Federal.
Esse processo tem provocado uma reação violenta de velhos e de novos atores que concentram terras e têm fortes influências sobre os poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e o Ministério Público.
No atual governo, os setores que comandam a expansão das frentes do capital no meio rural e sustentam o atual modelo de desenvolvimento para o campo estão cada vez mais fortalecidos. Além de manter em curso a política de desconstrução de direitos já conquistados, de perseguição e criminalização dos movimentos sociais e das populações camponesas, estão conseguindo impor na pauta do Congresso projetos que tem como objetivo aumentar o controle e a concentração da terra e apropriar das riquezas do solo e subsolo. Entre as principais medidas já aprovadas ou em processo de aprovação está a MP 458, convertida na Lei 11.952/09 que permite a legalização das terras griladas na Amazônia.
Como o governo aderiu a esse modelo econômico e se aliou politicamente a esses setores, o dinheiro público para o investimento em grandes obras tem procurado responder aos interesses do agronegócio, em detrimento do direito dos camponeses. Para cada real investido na agricultura familiar, são dez destinados ao agronegócio. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está em sintonia perfeita com as frentes de expansão do capital no campo, na medida em que centra os recursos na abertura de rodovias, na implantação de hidrovias, ferrovias, portos e na construção de barragens que possam estimular maiores investimentos do capital nacional e internacional em áreas rurais, principalmente, em direção à Amazônia.
Para garantir os acordos políticos com esses setores, o governo trata ainda de engavetar projetos e políticas de interesse dos camponeses e dos indígenas. Excluiu a reforma agrária das prioridades de governo, não assumindo inclusive o Plano Nacional de Reforma Agrária; não assumiu compromisso com a campanha do limite da propriedade da terra; adiou a proposta de mudanças nos índices de produtividade para as grandes propriedades; não potencializou a desapropriação por descumprimento da função social; não priorizou a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438 que autoriza o confisco das propriedades onde fora flagrado crime de trabalho escravo; não avançou na demarcação e homologação de terras indígenas e de territórios quilombolas; e não viabilizou a agricultura familiar e camponesa como alternativa de produção de alimentos para o país.
Embora que o conteúdo do III Programa Nacional de Direitos Humanos, afrontado pelos militares, ruralistas e empresas de comunicação, traga reflexões importantes ao reconhecer que o modelo do agronegócio é um sistema potencialmente responsável por violações de direitos humanos dos pequenos e médios agricultores, comunidades locais e povos tradicionais, este não contém nenhuma proposta de mudança legislativa ou constitucional que possa alterar as causas geradoras das violações dos direitos humanos no Brasil e potencializar os direitos dos trabalhadores rurais.

José Batista Gonçalves Afonso é advogado e agente da Comissão Pastoral da Terra, em Marabá, Sudeste do Pará; Airton dos Reis Pereira é professor da Universidade do Estado do Pará e colaborador da CPT em Marabá.

O TRE não vai divulgar, nós divulgamos! ID NOME CARGO PARTIDO ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE 1 ABE

O TRE não vai divulgar, nós divulgamos!

1


ABELARDO LUPION


Deputado


PFL-PR


Sonegação Fiscal

2

ADEMIR PRATES


Deputado


PDT-MG


Falsidade Ideológica

3


AELTON FREITAS


Senador


PL-MG


Crime de Responsabilidade e Estelionato

4


AIRTON ROVEDA


Deputado


PPS-PR


Peculato

5


ALBÉRICO FILHO


Deputado


PMDB-MA


Apropriação Indébita

6


ALCESTE ALMEIDA


Deputado


PTB-RR


Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

7


ALEX CANZIANI


Deputado


PTB-PR


Peculato

8


ALMEIDA DE JESUS


Deputado


PL-CE


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

9


ALMIR MOURA


Deputado


PFL-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

10


AMAURI GASQUES


Deputado


PL-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

11


ANDRÉ ZACHAROW


Deputado


PMDB-PR


Improbidade Administrativa

12


ANÍBAL GOMES


Deputado


PMDB-CE


Improbidade Administrativa

13


ANTERO PAES DE BARROS


Senador


PSDB-MT


Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha

14


ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO


Deputado


PSDB-SP


Crime de Responsabilidade

15


ANTÔNIO JOAQUIM


Deputado


PSDB-MA


Improbidade Administrativa

16


BENEDITO DE LIRA


Deputado


PP-AL


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

17


BENEDITO DIAS


Deputado


PP-AP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

18


BENJAMIN MARANHÃO


Deputado


PMDB-PB


Crime Eleitoral

19


BISPO WANDERVAL


Deputado


PL-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

20


CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS)


Deputado


PMDB-MG


Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

21


CARLOS ALBERTO LERÉIA


Deputado


PSDB-GO


Lesão Corporal

22


CELSO RUSSOMANNO


Deputado


PP-SP


Crime Eleitoral, Peculato e Agressão

23


CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT)


Deputado


PL-PR


Crime Eleitoral

24


CIRO NOGUEIRA


Deputado


PP-PI


Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação

25


CLEONÂNCIO FONSECA


Deputado


PP-SE


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

26


CLÓVIS FECURY


Deputado


PFL-MA


Crime Contra a Ordem Tributária

27


CORIALANO SALES


Deputado


PFL-BA


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

28


DARCÍSIO PERONDI


Deputado


PMDB-RS


Improbidade Administrativa

29


DAVI ALCOLUMBRE


Deputado


PFL-AP


Corrupção Ativa

30


DILCEU SPERAFICO


Deputado


PP-PR


Apropriação Indébita

31


DOUTOR HELENO


Deputado


PSC-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

32


EDSON ANDRINO


Deputado


PMDB-SC


Crime de Responsabilidade

33


EDUARDO AZEREDO


Senador


PSDB-MG


Improbidade Administrativa

34


EDUARDO GOMES


Deputado


PSDB-TO


Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

35


EDUARDO SEABRA


Deputado


PTB-AP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

36


ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO


Deputado


PRONA-SP


Falsidade Ideológica

37


EDIR DE OLIVEIRA


Deputado


PTB-RS


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

38


EDNA MACEDO


Deputado


PTB-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

39


ELAINE COSTA


Deputada


PTB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

40


ELISEU PADILHA


Deputado


PMDB-RS


Corrupção Passiva

41


ENIVALDO RIBEIRO


Deputado


PP-PB


Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

42


ÉRICO RIBEIRO


Deputado


PP-RS


Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita

43


FERNANDO ESTIMA


Deputado


PPS-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

44


FERNANDO GONÇALVES


Deputado


PTB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

45


GARIBALDI ALVES


Senador


PMDB-RN


Crime Eleitoral

46


GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO)


Deputado


PL-PR


Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro

47


GONZAGA PATRIOTA


Deputado


PSDB-PE


Apropriação Indébita

48


GUILHERME MENEZES


Deputado


PT-BA


Improbidade Administrativa

49


INALDO LEITÃO


Deputado


PL-PB


Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda

50


INOCÊNCIO DE OLIVEIRA


Deputado


PMDB-PE


Crime de Escravidão

51


IRAPUAN TEIXEIRA


Deputado


PP-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

52


IRIS SIMÕES


Deputado


PTB-PR


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

53


ITAMAR SERPA


Deputado


PSDB-RJ


Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

54


ISAÍAS SILVESTRE


Deputado


PSB-MG


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

55


JACKSON BARRETO


Deputado


PTB-SE


Peculato e Improbidade Administrativa

56


JADER BARBALHO


Deputado


PMDB-PA


Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro

57


JAIME MARTINS


Deputado


PL-MG


Crime Eleitoral

58


JEFERSON CAMPOS


Deputado


PTB-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

59


JOÃO BATISTA


Deputado


PP-SP


Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

60


JOÃO CALDAS


Deputado


PL-AL


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

61


JOÃO CORREIA


Deputado


PMDB-AC


Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

62


JOÃO HERRMANN NETO


Deputado


PDT-SP


Apropriação Indébita

63


JOÃO MAGNO


Deputado


PT-MG


Lavagem de Dinheiro

64


JOÃO MENDES DE JESUS


Deputado


PSB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

65


JOÃO PAULO CUNHA


Deputado


PT-SP


Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato

66


JOÃO RIBEIRO


Senador


PL-TO


Peculato e Crime de Escravidão

67


JORGE PINHEIRO


Deputado


PL-DF


Crime Ambiental

68


JOSÉ DIVINO


Deputado


PRB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

69


JOSÉ JANENE


Deputado


PP-PR


Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral

70


JOSÉ LINHARES


Deputado


PP-CE


Improbidade Administrativa

71


JOSÉ MENTOR


Deputado


PT-SP


Corrupção Passiva

72


JOSÉ MILITÃO


Deputado


PTB-MG


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

73


JOSÉ PRIANTE


Deputado


PMDB-PA


Crime Contra o Sistema Financeiro

74


JOVAIR ARANTES


Deputado


PTB-GO


Improbidade Administrativa

75


JOVINO CÂNDIDO


Deputado


PV-SP


Improbidade Administrativa

76


JÚLIO CÉSAR


Deputado


PFL-PI


Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica

77


JÚLIO LOPES


Deputado


PP-RJ


Falsidade Ideológica

78


JÚNIOR BETÃO


Deputado


PL-AC


Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

79


JUVÊNCIO DA FONSECA


Deputado


PSDB-MS


Improbidade Administrativa

80


LAURA CARNEIRO


Deputada


PFL-RJ


Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

81


LEONEL PAVAN


Senador


PSDB-SC


Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão

82


LIDEU ARAÚJO


Deputado


PP-SP


Crime Eleitoral

83


LINO ROSSI


Deputado


PP-MT


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

84


LÚCIA VÂNIA


Senadora


PSDB-GO


Peculato

85


LUIZ ANTÔNIO FLEURY


Deputado


PTB-SP


Improbidade Administrativa

86


LUPÉRCIO RAMOS


Deputado


PMDB-AM


Crime de Aborto

87


MÃO SANTA


Senador


PMDB-PI


Improbidade Administrativa

88


MARCELINO FRAGA


Deputado


PMDB-ES


Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

89


MARCELO CRIVELA


Senador


PRB-RJ


Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica

90


MARCELO TEIXEIRA


Deputado


PSDB-CE


Sonegação Fiscal

91


MÁRCIO REINALDO MOREIRA


Deputado


PP-MG


Crime Ambiental

92


MARCOS ABRAMO


Deputado


PP-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

93


MÁRIO NEGROMONTE


Deputado


PP-BA


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

94


MAURÍCIO RABELO


Deputado


PL-TO


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

95


NÉLIO DIAS


Deputado


PP-RN


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

96


NELSON BORNIER


Deputado


PMDB-RJ


Improbidade Administrativa

97


NEUTON LIMA


Deputado


PTB-SP


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

98


NEY SUASSUNA


Senador


PMDB-PB


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

99


NILTON CAPIXABA


Deputado


PTB-RO


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

100


OSMÂNIO PEREIRA


Deputado


PTB-MG


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

101


OSVALDO REIS


Deputado


PMDB-TO


Apropriação Indébita

102


PASTOR AMARILDO


Deputado


PSC-TO


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

103


PAULO AFONSO


Deputado


PMDB-SC


Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa

104


PAULO BALTAZAR


Deputado


PSB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

105


PAULO FEIJÓ


Deputado


PSDB-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

106


PAULO JOSÉ GOUVEIA


Deputado


PL-RS


Porte Ilegal de Arma

107


PAULO LIMA


Deputado


PMDB-SP


Extorsão e Sonegação Fiscal

108


PAULO MAGALHÃES


Deputado


PFL-BA


Lesão Corporal

109


PEDRO HENRY


Deputado


PP-MT


Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

110


PROFESSOR IRAPUAN


Deputado


PP-SP


Crime Eleitoral

111


PROFESSOR LUIZINHO


Deputado


PT-SP


Lavagem de Dinheiro

112


RAIMUNDO SANTOS


Deputado


PL-PA


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

113


REGINALDO GERMANO


Deputado


PP-BA


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

114


REINALDO BETÃO


Deputado


PL-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

115


REINALDO GRIPP


Deputado


PL-RJ


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

116


REMI TRINTA


Deputado


PL-MA


Estelionato e Crime Ambiental

117


RIBAMAR ALVES


Deputado


PSB-MA


Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

118


RICARDO BARROS


Deputado


PP-PR


Sonegação Fiscal

119


RICARTE DE FREITAS


Deputado


PTB-MT


Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

120


RODOLFO TOURINHO


Senador