sexta-feira, 26 de março de 2010

FUNARTE E MINC LANÇAM EDITAL DO CONEXÃO ARTES VISUAIS

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) e o Ministério da Cultura lançam edital que abre processo seletivo para a segunda edição do Conexão Artes Visuais. O programa viabilizará, com patrocínio da Petrobras, a realização de festivais, salões de arte, mostras, palestras, seminários, debates, oficinas, mapeamentos, publicações e exposições, entre outras ações de fomento às artes. Ao todo, 30 proponentes serão contemplados. Cada um deles receberá R$ 55 mil para colocar seu projeto em prática. As inscrições, gratuitas, estão abertas até o dia 08 de maio para pessoas físicas ou jurídicas de todo o país. O investimento total do programa é de R$ 1,65 milhão.
Por compreender as artes visuais como um campo de múltiplas manifestações, a Funarte/Ceav oferece ao proponente plena liberdade de escolher a temática e a linguagem de seu projeto, assim como a localidade em que ele será desenvolvido. Dessa forma, serão contemplados projetos que trabalhem com as mais variadas formas artísticas, como pintura, escultura, fotografia, desenho, objeto, performance, body art, instalação, intervenção urbana, poéticas visuais, cinema de artista, arte digital, grafite, site specific e animação. Serão aceitas também propostas que envolvam a circulação e o intercâmbio de obras e de profissionais da área. As atividades e os produtos gerados por meio do Conexão Artes Visuais serão oferecidos ao público gratuitamente.
A análise dos projetos inscritos caberá a uma comissão composta por cinco integrantes de notório saber sobre a produção nacional na área das artes visuais, um de cada região do país. Durante o processo seletivo, serão avaliadas: a excelência dos projetos, a qualificação dos profissionais envolvidos, a exequibilidade dos prazos propostos, a estratégia de planejamento das ações e a divulgação para o público alvo almejado.
Em 2007, a primeira edição do programa Conexão Artes Visuais viabilizou 35 projetos de fomento às artes visuais. Ao longo de dez meses, museus ampliaram seus acervos, produtores montaram seminários, oficinas e exposições, artistas produziram pesquisas e obras de arte. O programa promoveu assim a geração de empregos, o intercâmbio entre artistas, críticos e produtores e a formação de público. Mais de 290 ações gratuitas foram oferecidas gratuitamente em todo o país, para um público de 80 mil espectadores. Mais informações no portal www.funarte.gov.br

BOLETIM DA TEIA



Teia Cultural 2010
SID/MinC marca presença com diversas ações

As batidas do hip hop marcarão presença no Teia Brasil 2010 - Tambores Digitais. O primeiro edital do Prêmio Hip Hop será um dos focos das ações desenvolvidas pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) durante o evento que acontece em Fortaleza de 25 a 31 de março..


A SID/MinC montará um estande no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, local do evento, para divulgar o concurso, e realizará oficina de capacitação, nos dias 26 e 27, das 9h às 12h, no Cine 1 Unibanco Dragão do Mar, para os integrantes dos Pontos de Cultura do Hip Hop que tiverem interesse em participar da premiaçãoNesta edição,

o Prêmio Hip Hop homenageará o rapper Preto Ghóez e selecionará em cinco categorias diferentes, ações e experiências de fortalecimento deste segmento musical em todo o Brasil. Contemplará 135 ações com um total de investimentos de R$ 1,7 milhão. O edital é fruto da parceria entre a SID/MinC, com a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC), o Instituto Empreender e a Ação Educativa.




Vidas Paralelas
Pela primeira vez, o projeto Vidas Paralelas que atua nas áreas de saúde e cultura do trabalhador brasileiro, já implantado em 18 estados brasileiros, beneficiando 420 trabalhadores em todo o país, participará da Teia 2010. Durante todo o evento, uma exposição fotográfica digital itinerante mostrará o cotiano do trabalho de 24 categorias profissionais de trabalhadores formais e informais.
As fotos da exposição foram produzidas pelos próprios trabalhadores que, depois de participarem das Oficinas de Formação do Olhar, onde os trabalhadores aprendem a utilizar ferramentas da cultura digital como câmeras fotográficas, filmadoras e celulares com câmeras, passam a registrar imagens do seu dia a dia no ambiente de trabalho.
O projeto é desenvolvido em parceria pelo Ministério da Cultura, por meio da SID/MinC, Ministério da Saúde, Universidade de Brasília e Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador. No dia 28, das 9h às 12h, será realizada uma oficina sobre esse tema, no Mini Auditório. Saiba mais sobre o Vidas Paralelas.
Rede Indígena
A SID/MinC reunirá ainda os contemplados com a ação dos Pontos de Cultura em comunidades indígenas e instituições indigenistas de todo o Brasil, no âmbito dos programas Cultura Viva e Mais Cultura, e das ações da própria Secretaria e do Museu do Índio (Funai), para discutir as interfaces das políticas públicas de cultura com a questão indígena atual. O objetivo do encontro, que acontecerá no dia 26, das 14h30 às 17hs, na Tenda Mostra Artística, dentro das atividades do Teia das Ações, é a troca de experiências, a consolidação dos programas citados como políticas de estado, além do fortalecimento e da integração das redes de cultura indígena existentes em todo o país.
(Heli Espíndola-Comunicação/SID)

Ser Quilombola

Maria Helena Kalunga

Do que adianta ser livre e viver acorrentado ao passado?
Do que adianta ter pernas, se não pode andar, ter braços e poder voar?
Do que adianta ter sonhos e pagar por eles?
Do que adianta querer e não conseguir?
Do que adianta lhe dar asas e cortá-la novamente?
Do que adianta amar o próximo se me ensinam a odiá-lo?
Do que adianta ter leis, se não nos defendem?
Do que adianta aprender, se não posso ensinar?
Do que adianta ter cultura, se não poso preservá-la?
Do que adianta buscar, se não tem onde ir, ou não sei ir?
Do que adianta nadar e morrer na praia?
Do que adianta sorrir, se meu coração chora?
Do que adianta os sonhos, se não posso realizá-los?
Do que adianta me adianta querer ser alguém na vida, se a vida não deixa ser alguém?
Do que adianta ter tantas coisas no mundo, se não podemos tê-las também?
Do que adianta estudar, se não posso ter curso superior?
Do que adianta querer dar um futuro melhor para os meus filhos, se não posso dar?
É a vida de quem mora em um quilombo é assim:
Sonhar, sonhar, sonhar.
Querer, querer e querer.
Lutar, lutar e lutar.
Quem sabe um dia vencer.