Sou Bàbá Kytalamy, Afro - Religioso da Nação Vodun Jeje ( Tambor de Mina) Filho do Grandioso João de Guapindaia ( Afro - Religioso, Folclorista) Neto de Manoel Colaço, Filho de Oxóssy com Iansã ( Toy Vondereji com Fina Jóia). Tenho 26 anos de Santo, defensor da Liberdade de Cultos, luta contra intolerância de uma sociedade que não conhece suas raízes afro. Também sou Mestre em Cultura Popular ( Pássaro Junino - Reconhecido pelo Minc)
terça-feira, 27 de abril de 2010
A Cultura Popular perde um de seus grandes mestres
Mestre Biu Roque
A Cultura Popular perde um de seus grandes mestres
A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural lamenta a morte, ocorrida na última sexta-feira, de um dos maiores mestres da cultura popular brasileira. João Soares da Silva, mais conhecido como Biu Roque, tinha 76 anos e foi um dos mestres populares mais respeitados da Zona da Mata pernambucana. Mestre Biu, um dos contemplados no Prêmio Culturas Populares 2009 – Edição Mestra Dona Izabel, atuava como artista nos gêneros musicais tradicionais como o Coco de Roda, a Ciranda, o Maracatu Rural e as toadas de Cavalo Marinho.
Mestre Biu Roque, que nasceu no município de Condado e residia na cidade de Aliança, no Pernambuco, foi cortador de cana, começou a atuar como músico aos 8 anos de idade e liderava o grupo Cavalo Marinho Boi Brasileiro. Biu Roque também participava do Maracatu de Baque Solto Estrela Brilhante de Nazaré da Mata, e integrava o grupo Fuloresta liderado pelo cantor e compositor Siba.
“Ele era um músico muito especial, porque tinha uma voz única e uma grande precisão e potência musical”, afirma Sérgio Roberto Veloso de Oliveira, o músico Siba, que apesar de ser de Recife, trabalha há cerca de 20 anos com os músicos da região da Zona da Mata e tinha uma relação pessoal com o Mestre Biu. “Musicalmente eu aprendi muito com ele, mas ganhei, acima de tudo, um grande amigo”, recorda o artista.
Para o secretário da Identidade e da Diversidade, Américo Córdula, a perda do Mestre Biu, que participou do último Encontro dos Mestres do Mundo, realizado no mês de março, na cidade de Limoeiro, no Ceará, é muito significativa para o segmento de culturas populares. “É uma pena, mas a SID apoiará sempre a difusão da maestria de sua arte”, lamenta o secretário acrescentando que “com certeza, no céu, ele Mestre Salustiano, falecido recentemente, vão realizar uma grande sambada”.
A integrante do Colegiado de Culturas Populares, Joana Corrêa, também acredita que o falecimento do Mestre Biu Roque seja uma grande perda para a cultura brasileira. “Um mestre que sem dúvida viverá em nossa memória”. Rejane Nóbrega, artista, educadora, pesquisadora e também conselheira do Colegiado de Culturas Populares afirma ter ficado sentida com a morte do artista. “Ainda bem que sua voz e sua maestria vão ficar para sempre nas nossas memórias e nos nossos ouvidos”, finaliza ela, recitando alguns versos de uma de suas canções: “Maria, minha Maria / Meu doce da melancia / Vem ver o belo luar / Que a tua ausência reclama / Ô que noite tão preciosa / Não deve dormir quem ama”.
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