São inegáveis os avanços obtidos no último período a partir do fortalecimento da unidade da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e partidos progressistas, que se somam para pressionar por mudanças, construir uma nova sociedade e garantir a efetivação de um novo patamar de direitos.
De forma unitária, com marchas a Brasília, mobilizações e greves, as centrais sindicais conquistaram, entre outros importantes avanços, a política de valorização do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda, a ratificação da Convenção 151 da OIT - que estabelece a negociação coletiva no serviço público - e o seu próprio reconhecimento legal enquanto entidades representativas da classe.
No dia 1º de junho em Assembleia no Pacaembu, na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, as centrais apresentaram uma plataforma comum pelo fortalecimento do Estado, apontando propostas como a defesa das riquezas do pré-sal, da jornada de 40 horas semanais e a aprovação do projeto de combate à terceirização. Para a concretização desta pauta, será necessário envolver e mobilizar milhões de brasileiros, rompendo com o manto da invisibilidade da grande mídia, meio de contaminação da ideologia e dos mesquinhos interesses dos seus proprietários sobre os interesses da coletividade.
Prova disso é que, diariamente, os grandes jornais e as emissoras de rádio e televisão estampam sua contrariedade com a integração latino-americana, cujo êxito social e econômico se reflete na diversidade do nosso intercâmbio comercial e de uma maior independência frente aos EUA e à Europa. Caso o país seguisse o receituário tucano, ecoado por sua mídia, estaríamos mais vulneráveis à crise internacional, com menos condições de definir soberanamente o nosso próprio destino.
Recentemente, na busca incessante da paz, o governo brasileiro foi o pilar de um acordo com o Irã. Inconformado com tamanho protagonismo, esses mesmos jornais, rádios e tevês alinharam-se com os interesses belicistas dos Estados Unidos, afrontando o desejo de toda a Humanidade. Foi assim que passaram a reproduzir em seus editoriais, entrevistas e reportagens o complexo de inferioridade de quem não vê a grandiosidade de uma política externa independente, mas de quem quer o país de joelhos, subalterno, capacho das grandes potências imperialistas e de suas guerras de rapina.
O fato é que, ao longo de mais de uma década, resistimos, no Brasil e no mundo todo, à política neoliberal de entrega das nossas riquezas e privatização do patrimônio público, à perda de direitos, ao arrocho dos salários, à terceirização e à degradação das condições de vida e trabalho. Nos mantivemos de pé e, a partir da eleição do presidente Lula, começamos a virar aquela página sombria de traição ao povo e ao país, implementando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para dotar o país da infraestrutura necessária ao desenvolvimento, ampliando os espaços democráticos de participação popular com as inúmeras Conferências Nacionais de Educação, Cultura e Comunicação, abrindo a porta para os negros nas universidades públicas, combatendo a discriminação contra as mulheres com a Lei Maria da Penha, estimulando a participação da juventude e valorizando os aposentados e pensionistas, com reajustes superiores à inflação.
Agora é o momento de seguir em frente. Demos e tucanos se propõem a escrever com Serra, ministro de FHC, a reedição daquele desgoverno de triste memória, de criminalização dos movimentos sociais, que entregou a Vale do Rio Doce e tentou até privatizar a Petrobrás. Felizmente, o Brasil amadureceu e as forças políticas e sociais se encontram em melhores condições para fazer o enfrentamento político-eleitoral e derrotar os representantes do passado, construindo alianças para ir além das conquistas do presente rumo à efetiva emancipação nacional.
Ao lado da classe trabalhadora e de todo o povo brasileiro, vamos juntos descortinar um novo futuro de progresso, justiça e solidariedade.
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