Sou Bàbá Kytalamy, Afro - Religioso da Nação Vodun Jeje ( Tambor de Mina) Filho do Grandioso João de Guapindaia ( Afro - Religioso, Folclorista) Neto de Manoel Colaço, Filho de Oxóssy com Iansã ( Toy Vondereji com Fina Jóia). Tenho 26 anos de Santo, defensor da Liberdade de Cultos, luta contra intolerância de uma sociedade que não conhece suas raízes afro. Também sou Mestre em Cultura Popular ( Pássaro Junino - Reconhecido pelo Minc)
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
NO TAMBOR DE MINA NÃO SE FAZ OLUBAJÉ
Quando se fala de tradicão se estabelece um dialogo entre o passado e o presente entre as práticas ritos e formas de expressão a partir de um contínuo fazer simbólico que reforça o sentimento de pertencimento. Assim a prática ritualística tem que ser fiel a sua gênese historica e mítica. No Maranhao as Casas de Tambor de Mina realizam a mesa de Toy Akossu chefe da família Danbirá do pateon de Odan Mina Djeje. Trata-se de um rito de oferta de alimento sacro Mina aos adeptos. NÃO SE TRATA DE OLUBAJÉ que é uma tradicao nagô ketu baiana. Vamos aqui ressaltar que o Tambor de Mina do Maranhão afora Casa das Minas é predominantemente nagô com grande influêcia djeje por isso Djeje-Nagô. Tal influência deu-se no período de estruturação das grandes casas em suas trocas de conhecimentos quando da necessidade de unir para proteger da opressao e isso conservou muita coisa. Claro que a junção não foi fusão e sim superposição baseada em respeito a ritos próprios. Assim 20 de janeiro ou 11 de fevereiro é o grande dia dos voduns jeje nos espaços dos terreiros tradicionais do Tambor de Mina. Assim no Tambor de Mina,seja no Maranhão ou em qualquer outro lugar a família de Toy Akossu não reconhece o OLUBAJÉ do candomblé. Nunca esse rito (olubajé) foi realizado nas casas de Mina do Maranhão , casa de Pai Jorge de Yemanja, Casa Fanti, e nem seus descendentes realizam. Pior que a deturpaçao do modelo ritual é a inserção de cânticos típicos do Olubajé do candomblé como aê aje um bò.... Neste sentido se faz esse esclarecimento com sentido de salvaguarda e proteção dos modos de ser e formas de expressão do Tambor de Mina nascido no Maranhão para o Brasil hoje um patrimonio cultural tradicional que deve ser acautelado e protegido "de inovações ou enxertos" descaracterizantes. NÃO SE FAZ OLUBAJÉ NO TAMBOR DE MINA pois não compõe sua estrutura ritual tradicional e bem viva. Vodùn adoji Akossu. (Neto de Azile - especialista em gestão do patrimônio cultural imaterial/Crespial/Unesci/Iphan e Vodùno do Tambor de Mina)
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