Em dólares, a valorização das ações da empresa na bolsa foi de 140% neste ano. Nos últimos 4 anos, seus lucros cresceram 556%. Desde que foi privatizada, em 1997, sua cotação na bolsa passou de US$ 10 bilhões para US$ 167 bilhões. Esses resultados garantiram à Vale o posto de 16ª maior empresa das Américas e 31ª do mundo, à frente de ícones, como a IBM, o banco de investimentos JP Morgan Chase etc.
Segunda-feira, 03/05/2010, 07h38
Noruegueses compram Albrás e Alunorte
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Multinacional Norsk Hydro, da Noruega, é a nova dona da Albrás, Alunorte e da Companhia de Alumina
A Vale surpreendeu ontem o mercado com a decisão de se desfazer de toda a sua área de alumínio, cuja cadeia produtiva completa está hoje concentrada no Estado do Pará. Através de release distribuído à imprensa, pela administração central no Rio de Janeiro, a mineradora anunciou a assinatura de um acordo através do qual transfere para a multinacional Norsk Hydro todas as suas participações na Albrás, na Alunorte e na Companhia de Alumina do Pará (CAP), a nova refinaria de alumina em fase de implantação no município de Barcarena.
A transferência se dá, conforme anunciou a mineradora, em conjunto também com seus respectivos direitos de exclusividade e contratos comerciais em vigor, por US$ 405 milhões em dinheiro e uma quantidade não especificada de ações ordinárias da Hydro. “Após oferta de ações a ser realizada futuramente pela Hydro, essa quantidade de ações deverá representar 22% do capital da Hydro. Além disso, a Hydro assumirá uma dívida líquida de US$ 700 milhões”, acrescentou a nota distribuída pela Vale.
Como parte dessa transação, a Vale criará uma nova empresa, denominada “Bauxite JV”, para a qual transferirá a mina de bauxita de Paragominas e todos os seus demais direitos minerários de bauxita no Brasil. Quando concluída a transação, a Vale venderá 60% da “Bauxite JV” para a Hydro, por US$ 600 milhões, em dinheiro. A parcela remanescente de 40% será vendida em duas parcelas iguais de 20% em 2013 e 2015. Cada parcela tem valor desde já fixado em US$ 200 milhões.
ACORDO
Pelos termos do acordo, uma vez finalizado, a Vale transferirá para a Hydro 51% do capital total da Albrás, 57% do capital total da Alunorte e 61% do capital total da CAP, bem como venderá 60% do capital total da “Bauxite JV”. Uma vez concluída a transação, a Vale deterá 40% de participação na “Bauxite JV”, que será integralmente vendida até 2015.
A participação da Vale na Hydro terá um período de lock-up de dois anos após a conclusão da transação, durante o qual a Vale não poderá vendê-la. Além disso, a mineradora terá direito a um representante no Conselho de Administração da Hydro, sujeito a aprovação pelos órgãos de governança da empresa norueguesa. Como parte da transação, a Vale não poderá aumentar sua participação além de 22%.
A conclusão da transação, aprovada pelos Conselhos de Administração das duas empresas, conforme esclareceu a Vale na nota que distribuiu à imprensa, dependerá “da satisfação de condições precedentes”. Entre estas, a aprovação pelos acionistas da Hydro, incluindo o governo da Noruega, e sócios da Vale nas empresas nas quais a participação será transferida para a Hydro. “Uma vez que todas as aprovações requeridas sejam obtidas, espera-se que a transação seja finalizada no quarto trimestre de 2010”, esclareceu a mineradora.
>> Derrota no leilão de Belo Monte seria motivo
A decisão de se desfazer dos seus ativos da área de alumínio foi tomada pela Vale menos de duas semanas depois de disputar e perder o leilão de concessão da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. O leilão foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 20 de abril. Tido como virtual vencedor, o consórcio Belo Monte Energia, liderado pela Vale e pela Andrade Gutierrez, acabou derrotado pelo consórcio Norte Energia, liderado pela Queiroz Galvão e com participação da Chesf em 49,98%.
Na nota que distribuiu ontem, a Vale fez referência a dificuldades de acesso a fontes de energia de baixo custo, sem no entanto deixar claro se foi esta ou não a principal razão que a levou a passar em frente os seus empreendimentos eletrointensivos da área de alumínio. Por outro lado, se a empresa tinha intenção de se desfazer desses ativos, não fica muito clara a razão pela qual ela tinha interesse em participar de um megaprojeto como o de Belo Monte.
A geração de energia, de qualquer forma, sempre foi definida como “prioridade” pela direção da Vale. Como grande consumidor, a empresa acredita que o ato de investir em projetos de geração de energia, para atender às suas operações, é o meio mais eficaz de proteção contra a volatilidade dos preços, contra eventuais riscos regulatórios e também de suprimento. Atualmente, 34% do consumo global de eletricidade da Vale é atendido por produção própria, com usinas no Brasil, Canadá e Indonésia.
Atualmente a Vale tem participação em oito usinas hidrelétricas de geração de energia em território brasileiro, com potência total instalada de 2.509 MW. A participação média da mineradora, sempre em parceria com empresas públicas e privadas, é de 39%. A expectativa da empresa, considerando os investimentos previstos, é de que até o final deste ano seus empreendimentos de geração de energia serão capaz de produzir 15 milhões de MW.
Ao se desfazer dos empreendimentos da área de alumínio, a Vale transfere o controle da Albrás, a primeira fábrica de alumínio primário da Região Norte do país, que no ano passado produziu 446 mil toneladas e gerou divisas da ordem de US$ 712 milhões. A mineradora abre mão também da Alunorte, que entrou em operação em 1995 e já é hoje a maior produtora de alumina do mundo. Depois de passar por três expansões, a refinaria saiu de um patamar de 1,6 milhão na sua fase inicial para uma capacidade instalada hoje de 6,3 milhões de toneladas.
>> Vale: difícil acesso a fontes de energia a baixo custo
De acordo com a nota emitida pela Vale, a administração ativa do seu portfólio de ativos é um dos pilares da estratégia para a criação de valor em base sustentável. “A Vale está bem posicionada no upstream da cadeia do alumínio, com ativos de classe mundial de bauxita e alumina. No entanto, nossa participação na indústria de alumínio primário é pequena, e sem potencial de crescimento devido à falta de acesso a fontes de energia de baixo custo. E energia é um fator fundamental para a competitividade nessa indústria”, acrescentou.
Ressaltou a nota da Vale que a Hydro é uma grande produtora de alumínio primário, “tendo acesso à energia com custos competitivos, expertise tecnológica e potencial de crescimento”. A combinação dos ativos da Vale e da Hydro, conforme frisou, “criará uma das maiores e mais competitivas companhias, uma produtora integrada de alumínio, com acesso a grandes reservas de bauxita, baixo custo de energia e know-how tecnológico”.
ACIONISTAS
A mineradora brasileira observou ainda que, dado que ela permanecerá exposta ao negócio de alumínio, através de uma participação acionária significativa na empresa combinada, acredita fortemente que essa transação “criará valor substancial” para os seus acionistas.
Uma fonte credenciada da Vale disse ontem, por telefone, que a Mineração Rio do Norte, que produz bauxita no município de Oriximiná, não foi incluída na transação – pelo menos por enquanto – porque ela é apenas coligada, mas não controlada pela Vale. Acrescentou que a decisão foi comunicada ontem mesmo ao Governo do Estado. O porta-voz da informação foi o diretor de alumínio da empresa, Ricardo Carvalho, que conversou com o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, e por telefone com a governadora Ana Júlia Carepa.
Ricardo Carvalho esteve reunido ontem, também, com os executivos da Albrás e da Alunorte, para lhes comunicar a decisão, e depois viajou com destino a Paragominas, onde, com o mesmo objetivo, participou de um encontro com os executivos da empresa que atuam no projeto de extração de bauxita.
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Norsk Hydro ASA (Hydro), é uma energia e uma empresa de alumínio. Ela está envolvida na produção de energia hidroeléctrica e da produção de alumínio primário e produtos de alumínio. A empresa opera sites de alumínio principal de produção na Europa, Canadá e Austrália, juntamente com uma ampla rede de instalações de refusão de alumínio. Ela está sediada em Oslo, Noruega. As operações da empresa estão espalhadas por 40 países na Europa, os E.U., Canadá, outras Américas, África, Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Atualmente, a empresa ocupa a segunda posição em termos de geração de energia elétrica na Noruega, e é o quinto maior produtor de mundos de metal de alumínio.
CAMINHO DAS PEDRAS:
PRIVATIZAÇÃO DA CVRD > CRESCIMENTO DA VALE > BONDADES AMBIENTAIS (fundo Amazônia) > CONTROLE MULTINACIONAL
legal!!!...(porque $ pra quem Belo Monte??????).................
um negócio ANUNCIADO: 13/01/2000
A Vale do Rio Doce Alumínio S.A. – (ALUVALE) e a Hydro Aluminium A.S (Hydro) implementaram hoje a participação da Hydro na Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A. (Alunorte), uma refinaria de alumina localizada no Estado do Pará, Brasil, através da aquisição, pela Hydro, de 25,25% das ações da Alunorte com direito a voto.
Esta transação representa um passo importante na reestruturação financeira e societária da Alunorte, que tem sido um objetivo expresso da Companhia Vale do Rio Doce ("CVRD"), controladora da Aluvale, desde a privatização, ocorrida em 1997. A referida transação possibilitará à Hydro retirar aproximadamente 380.000 toneladas de alumina por ano, melhorando significativamente a sua posição no mercado de alumina.
Aluvale e Hydro também assinaram hoje uma Carta de Intenções para expandir a capacidade da Alunorte em aproximadamente 50%, de 1.500.000 para 2.325.000 toneladas por ano. Os outros acionistas da Alunorte poderão participar desta expansão mas, de qualquer forma, Aluvale e Hydro garantem, desde já, a participação de até 50% cada. As empresas esperam que os trabalhos de implantação sejam iniciados ainda este ano.
Ademais, a fim de atender as necessidades de bauxita da Alunorte, Aluvale e Hydro fornecerão quantidade adicional de bauxita da Mineração Rio do Norte S.A. ("MRN"), que detém uma mina de bauxita no Estado do Pará, Brasil, para a Alunorte.
As transações acima descritas foram objeto de um Memorando de Entendimento (MoU) assinado entre Aluvale e Hydro no dia 8 de julho de 1999. Tais transações puderam ser concluídas agora uma vez que todas as condições precedentes contidas no MoU foram totalmente preenchidas.
Além disso, em novembro do ano passado, Aluvale e Hydro assinaram acordo de longo prazo para a venda de 1.000.000 toneladas de alumínio primário proveniente da Albras – Alumínio Brasileiro S.A. ("Albras"), um fábrica de alumínio localizada próxima à Alunorte, e onde a Aluvale detém participação. As entregas decorrentes deste contrato começarão no primeiro trimestre deste ano.
Aluvale e Hydro também estão discutindo um acordo de cooperação técnica na produção na produção de alumina e alumínio. Este acordo deverá incluir a Albras e as fábricas de alumínio da Hydro na Noruega, bem como as refinarias da Alunorte e de Alpart, na Jamaica, onde a Hydro detém participação.
A Aluvale é subsidiária integral da Companhia Vale do Rio Doce, a maior produtora e exportadora do mundo de minério de ferro. As operações integradas de alumínio da CVRD estão entre as maiores da América Latina em termos de volume. A Aluvale também é acionista majoritária das produtoras de alumínio primário Albras – Alumínio Brasileiro S.A. (51%) e Valesul Alumínio S.A.(54,5%), com uma capacidade total de 450.000 toneladas de alumínio primário.
A Hydro é subsidiária integral da Norsk Hydro ASA, a maior companhia industrial da Noruega, que tem como principais atividades petróleo e energia, fertilizantes e metais leves. A Hydro Aluminium Metal Products, divisão de alumínio primário da Norsk Hydro, é a maior fornecedora de produtos de alumínio em fundição na Europa e nos Estados Unidos, com uma capacidade de produção de alumínio primário de aproximadamente 740.000 toneladas nas plantas que detém total ou parcialmente na Noruega e na Eslováquia. Além disso, a Hydro possui acordos comerciais de longo prazo com várias empresas na Europa e nos Estados Unidos
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