A presidente Dilma Rousseff conversou com jornalistas nesta tarde desta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, após nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ministro-chefe da Casa Civil. Lula vai substituir Jaques Wagner, que foi deslocado para a chefia de gabinete da Presidência.
Dilma destacou o compromisso de Lula com a estabilidade fiscal e afirmou que a experiência política de Lula foi fundamental para nomeá-lo ministro. "Compromisso de Lula com estabilidade fiscal é real, basta olhar a trajetória dele", disse a presidente.
A presidente disse que o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil fortalece o governo e ele terá os poderes necessários para ajudar o país.
“A vinda do Lula fortalece o meu governo. Ele vem, ele vai ajudar. Então, o presidente Lula, no meu governo, terá os poderes necessários para nos ajudar, para ajudar o Brasil. Tudo que ele puder fazer para ajudar o Brasil será feito. Nós vamos olhar a questão da retomada do crescimento, da estabilidade fiscal e do controle da inflação”, disse em entrevista no Palácio do Planalto.
Segundo Dilma, o ex-presidente chega ao governo com grande capital político. “Ele é um hábil articulador. Ele me deixa muito confortável. Nós temos seis anos de trabalho cotidiano, durante a segunda fase do governo dele. Estou muito feliz com a vinda dele”, acrescentou.
A presidente disse que a ida de Lula para o ministério é algo bastante importante e relevante devido à sua experiência política. Ela ressaltou o conhecimento do ex-presidente sobre as necessidades do país, o seu “compromisso com políticas estratégicas, que é necessário ter para que a gente tenha um desenvolvimento mais continental”.
“Vai ser um grande ganho para o meu governo. O presidente Lula tem uma trajetória que reputo muito expressiva também pelo seu compromisso com a estabilidade fiscal e o controle da inflação. Compromisso que não é meramente retórico. Ele se expressa em sua atuação muito significativa ao longo dos oito anos de governo dele”, afirmou.
A presidente classificou ainda como "especulações" as possibilidades de alteração na equipe econômica e de utilização das reservas internacionais internamente. Segundo ela, o acúmulo das reservas foi conquistado a "duras penas" e "com grande esforço" em seu governo e no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acrescentou que o assunto "jamais" entraria em pauta "a não ser" para resolver problemas de flutuações externas.
"Nós, ao longo desses 13, quase 14 anos, acumulamos reservas. Quando lula assumiu o governo, nossas reservas não davam para pagar os vencimentos e as dívidas. Continuamos firmes com nossas reservas", afirmou a presidenta.
Ao negar também a possibilidade de mudança na política econômica com a ida de Lula para o governo, Dilma reafirmou que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estão "mais dentro do que nunca do seu governo".
Dilma Rousseff garantiu que não há qualquer possibilidade de os ministros Nelson Barbosa e [Alexandre] Tombini deixarem o governo. A presidente também defendeu o "compromisso" de Lula com a estabilidade fiscal e o controle da inflação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário