quinta-feira, 6 de maio de 2010

1º de Maio: SP comemora com Lula e Dilma. Para Serra restou Camboriú

Lula e Dilma estiveram nos três atos. Menos Serra, que foi para o interior de Santa Catarina”



São Paulo comemorou o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, com três grandes manifestações organizadas pelas Centrais Sindicais. Força Sindical e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) promoveram o ato na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte da capital; a CUT (Central Única dos Trabalhadores) organizou um ato no Memorial da América Latina, Barra Funda; CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e Nova Central encabeçaram a manifestação na avenida Marques de São Vicente, na Barra Funda.

FORÇA SINDICAL E CGTB

O presidente Lula e a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, participaram das três manifestações e foram recebidos com entusiasmo pelos trabalhadores. Na maior delas, que reuniu cerca de um milhão de pessoas na Praça Campo de Bagatelle, Lula destacou que em seus dois mandatos houve forte reajuste do salário mínimo, criação de empregos e ganho real para todos os trabalhadores. Dilma também salientou que “enquanto outros países tiveram desemprego por conta da crise, o Brasil criou milhares de empregos”.

Centenas de sindicatos e entidades populares participaram do ato da Força e da CGTB. Por volta das onze horas da manhã os dirigentes das duas centrais sindicais anunciaram para a multidão que lotou a praça a presença das autoridades que foram prestigiar a festa do trabalhador: o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), os senadores Aloizio Mercadante (PT), e Romeu Tuma (PTB), a ex-prefeita Marta Suplicy, dezenas de parlamentares, entre eles José Anibal (PSDB) e lideranças de vários partidos políticos e entidades, além de Lula, da primeira-dama Marisa Letícia e da ex-ministra Dilma Rousseff.

Em seu discurso, Lula falou das conquistas obtidas pelos trabalhadores durante o seu mandato e ironizou aqueles que diziam que ele não conseguiria governar o país porque “não falava inglês”. “Ah, eu fico feliz, eu fico feliz, companheira Dilma, quando a revista Time diz que eu sou a pessoa mais influente do mundo, porque a elite brasileira dizia que eu não tinha competência para governar porque eu não sabia falar inglês”, afirmou. “Eu não falo inglês, mas meu coração pensa brasileiro, meu coração pensa o povo brasileiro, a minha consciência pensa o povo brasileiro”, arrematou.

Dilma dirigiu-se aos trabalhadores ressaltando que os avanços obtidos com o governo Lula “abrem um novo tempo de esperança para os brasileiros”. “Em muitos lugares do mundo hoje é um dia de luta contra o desemprego, que se espalhou com essa crise. O Brasil é um dos poucos países do mundo onde comemoramos recordes e mais recordes de geração de emprego”, disse Dilma. Ela anunciou que “coisas muitos melhores estão vindo por aí”. “Diziam que se a gente aumentasse o salário mínimo, teria inflação e provamos que não. Provamos que era possível aumentar o salário mínimo e conter a inflação para ela não corroer o bolso dos trabalhadores”, discursou.

Aloizio Mercadante, Marta Suplicy, Michel Temer e o ministro Carlos Lupi também discursaram saudando os trabalhadores. O presidente da CGTB, Antônio Neto, defendeu a redução da jornada de trabalho e a ampliação dos direitos dos trabalhadores. Paulinho, presidente da Força Sindical, fez questão de dizer que todas as autoridades do estado foram convidadas para a manifestação. “Inclusive o prefeito Gilberto Kassab esteve hoje cedo conosco”, informou. “Convidei também o ex-governador José Serra, mas ele não veio. Sabem por que ele não veio? Porque ele não gosta dos trabalhadores. Ele tem medo dos trabalhadores”, disse. “Nunca nos recebeu para negociar nada”, acrescentou o sindicalista. (veja matéria nesta página). Serra deixou São Paulo e não compareceu a nenhum ato de comemoração pelo Dia do Trabalhador (ver matéria abaixo).

CUT

À noite, o ato organizado pela CUT, no Memorial da América Latina, discutiu a integração dos trabalhadores latino-americanos. Prestigiado por artistas como Milton Nascimento, que fez uma homenagem à Mercedes Sosa, Carlinhos Brown, Raíces de América e o cantor cubano Fernando Ferrer, o ato reuniu cerca de dez mil pessoas. Lula se emocionou ao falar sobre o orgulho de voltar a residir em São Bernardo do Campo após sair do governo. Ele disse que vai morar bem perto do sindicato que o projetou na política. Para Lula, será uma honra poder cumprimentar qualquer trabalhador com a certeza do dever cumprido. “O que mais vai me dar orgulho é que eu vou poder me levantar de manhã, encontrar qualquer trabalhador e dizer para ele “bom dia, companheiro”, porque eu fui leal àquilo que nós fizemos neste país”, disse. Dilma falou das conquistas que os trabalhadores brasileiros obtiveram com o governo Lula. Na política externa, ela destacou que com o governo atual o Brasil deixou “de estar de joelhos diante das potências do Hemisfério Norte e tem se inserido de maneira soberana nas relações políticas e econômicas”.

CTB, UGT E NOVA CENTRAL

A CTB, a UGT e a Nova Central também reuniram milhares de trabalhadores na Avenida Marquês de São Vicente. Recebida no ato aos gritos de “olê, olê, olá, Dilma, Dilma”, a ex-ministra Dilma Roussef discursou na festa.“Estamos reunidos num dia de comemoração e de luta”, ressaltou Dilma. “Temos o que comemorar. O salário mínimo hoje equivale a 300 dólares, quando o governo Lula começou valia menos que 100 dólares. O Brasil está crescendo e não só para os mais ricos, mas para todo o povo”, acrescentou. O presidente Lula, além de outras lideranças políticas e artistas também prestigiaram o encontro. Entre outras personalidades passaram pela manifestação da CTB, UGT e Nova Central o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, os deputados federais Aldo Rebelo, Carlos Zaratine e Roberto Santiago, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, o delegado Protógenes Queiroz, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi e o presidente da UNE, Augusto Chagas.

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