quarta-feira, 14 de abril de 2010

Comunidades de terreiros serão mapeadas para políticas de segurança alimentar

Um mapeamento para identificar, reconhecer e apresentar dados para políticas públicas de segurança alimentar e nutricional e melhoria da qualidade de vida nas comunidades tradicionais de terreiro em Belém e na região metropolitana será lançado nesta terça-feira (13), durante o "I Encontro Paraense de Segurança Alimentar para Comunidades Tradicionais de Terreiros".

Lideranças da Região Metropolitana e a representante paraense do Conselho Nacional de Segurança Alimentar das Comunidades de Terreiros, Mãe Nalva de Oxum, liderança da Terra Firme, lançam as bases do Programa de Segurança Alimentar para as comunidades no Pará, junto com as representações de Brasília.

A promoção é do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), através da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR), por meio da Secretaria de Políticas para as Comunidades Tradicionais (Subcom).

Terreiros - Cerca de 3.200 terreiros são cadastrados em comunidades na Região Metropolitana de Belém, uma das regiões brasileiras mais representadas pelas comunidades afro-religiosas. Nem todas as comunidades têm situação jurídica regularizada, mas funcionam dentro dos limites de manifestação cultural e religiosa.

São essas comunidades que deverão ser mapeadas, para que o poder público possa direcionar projetos e políticas, respeitando o preceito da diversidade religiosa da sociedade brasileira, já que a liberdade de culto é uma garantia constitucional. O programa é dirigido às lideranças recorrentes no processo cultural (não ocidental) no Pará: Tambor de Mina, Umbanda, Candomblé (Nagô, Ketu, Angola, Jeje), Pajelança.

O governo do Pará apoia o evento e, por meio da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes), também participa da coordenação do Conselho Estadual de Segurança Alimentar, desenvolvendo projetos regionalizados dirigidos a comunidades carentes das regiões paraenses.

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